Comissária da União Européia rebatendo pedidos de ações de inibição e restrição da operação de jatos executivos, em 09.06.23
A comissária de transportes da União Européia, Adina Vālean, disse que sua divisão não pretende introduzir medidas inibidoras e restritivas de operações de jatos executivos como parte de ações para redução da emissão e da “pegada” de carbono da aviação.
A comissária posicionou-se assim numa coletiva de imprensa no dia 01, após uma reunião dos ministros dos transportes dos Estados-membros da União Européia, em Luxemburgo, na qual autoridades e representantes da Bélgica e da Irlanda indicaram que seriam a favor de regulamentações ambientais mais rígidas para vôos do transporte aéreo privado, apoiando políticas semelhantes defendidas pelos governos da Áustria, França e Holanda.
Adina-Ioana Vālean (55 anos) é política romena e comissária de transportes da União Européia desde 2019.
Durante a reunião (no dia 01), os ministros dos transportes dos 27 Estados-membros da União Européia discutiram questões como o impacto ambiental dos vôos por jatos do transporte privado.
“Esta forma de viagem aérea tem uma pegada de carbono per capita excessiva e, portanto, está sujeita a críticas”, disseram os ministros austríaco, holandês e francês, numa declaração escrita conjunta. “Em vista disso, pedidos recentes de ação, como o estabelecimento de proibições de viagens em jatos particulares, são compreensíveis e precisam ser tratados de maneira adequada”, manifestaram-se os três ministros.
A ministra da proteção climática da Áustria, Leonore Gewessler, descreveu a aviação privada como um “hobby para os super-ricos” e pediu cobrança de taxas por vôo direcionadas. Essa posição foi repetida pelo ministro dos transportes francês, Clement Beaune, que exigiu “uma abordagem mais sóbria” para tributar vários meios de transporte, após sua recente iniciativa de proibir todos os vôos domésticos na França para os quais um serviço de trem de menos de 2,5 horas esteja disponível.
Vālean disse que nenhum outro regulamento será introduzido antes do final do mandato da atual comissão, em 30 de junho. Nesse ponto, a presidência da União Européia será rotativa para estar sob a liderança da Espanha até o final de 2023, seguida pela Bélgica no primeiro semestre de 2024. A Hungria assume a presidência durante o segundo semestre de 2024.
O primeiro-ministro da hungria, Viktor Orban, já descreveu as políticas da União Européia para combater a mudança climática como “uma fantasia utópica”. [EL] – c/ fonte
