Airbus começa a trabalhar em projeto de APU de aeronave de grande porte alimentada por H2, em 28.06.23


A Airbus avaliará uma Unidade de Energia Auxiliar (APU – Auxiliary Power Unit) alimentada por hidrogênio para aeronaves de grande porte, fornecendo uma alternativa de queima limpa para APU tradicional (que utiliza combustível fóssil – QAv).

A ação será concluída no escopo da divisão Airbus UpNext, começando com um demonstrador de solo para verificar a eficácia da energia não propulsiva por meio do uso de células de combustível de hidrogênio. Os engenheiros da Airbus esperam poder construir uma “APU verde” com saída suficiente para todas as funções usuais, como ar condicionado, iluminação de bordo e como fonte de energia elétrica para aviônica. O projeto será baseado nas instalações da Airbus na Espanha, começando com um A330 de teste equipado com seu sistema de célula de combustível HyPower. Se tudo correr bem nos testes de solo, a UpNext pode incorporar uma aeronave de produção para usar como demonstrador de vôo.

Uma vez que a APU de hidrogênio será um projeto novo (“folha limpa”) de várias maneiras, a Airbus poderá incluir um conjunto de recursos de design modernos e atualizações para melhorar a segurança, confiabilidade operacional e operação estável em vôo. A Airbus não esclareceu se o hidrogênio líquido está ou não entre as opções para futuro próximo, mas declarações iniciais e esquemáticos apresentados sugerem o projeto será baseado em H2 na forma gasosa, comum.

“Esses testes marcarão uma nova etapa em nossa jornada de descarbonização e programa ZEROe por meio de uma ambiciosa demonstração de vôo que chegará ao ar até o final de 2025”, disse Michael Augello, CEO da Airbus UpNext. “Queremos demonstrar a operacionalidade e a integração do sistema, incluindo o reabastecimento da aeronave com hidrogênio. Demonstraremos este sistema em condições realistas, subindo a 25.000 pés e voando por uma hora com 10 kg de hidrogênio gasoso a bordo. No entanto, não podemos fazer isso sozinhos e nossa cooperação com o governo espanhol e parceiros externos serão os principais facilitadores dessa série de testes”, completou Augello. [EL] – c/ fonte