“Diferentes dinâmicas em jogo” com queda no primeiro semestre na atividade da aviação executiva globalmente, segundo a analista Argus, em 13.08.23


A atividade de aeronaves executivas experimentou uma mudança notável no primeiro semestre do ano, com quedas consistentes no mercado do transporte por fretamento (PART-135), um salto nas operações de compartilhamento e quase estabilidade do segmento do transporte privado (PART-91),  informou a Argus em sua recém-lançada Mid-year Business Aviation Review – Revisão da Aviação Executiva Semestral.

Segundo a provedora e analista de dados, globalmente, a atividade aérea da aviação executiva diminuiu 2,6% durante os primeiros seis meses em relação ao primeiro semestre de 2022.

“Estamos com seis meses de 2023 e diferentes dinâmicas estão em jogo no mercado de aviação executiva mais amplo, em comparação com os anos anteriores”, registrou a especialista em dados e segurança da aviação. “Não estamos mais vendo o crescimento consistente além do crescimento que prevaleceu nos dias pós-Covid”, seguiu a Argus.

A dinâmica combinada entre os três segmentos operacionais da aviação geral-executiva na América do Norte resultou um declínio de 3,7% do nível de atividade na base de comparação ano x ano (1S23 x 1S22). A Argus alertou que essa queda ocorre em um cenário de recordes registrados em 2022 mas aponta que ainda assim a atividade continuou forte, com média de cerca de 288.000 vôos por mês durante o primeiro semestre do ano, em comparação com 260.000 durante o mesmo período antes da pandemia de 2019 – uma diferença de 28.000 vôos em seis meses, 10,8%.

No 1S23, na América do Norte, por segmento, as operações de compartilhamento tiveram um aumento de 6,9% na base ano a ano, o transporte privado (PART-91) teve uma queda de 1,9% e o transporte por fretamento (PART-135) teve uma queda de 10%. Por categoria de aeronave, a diminuição de vôos foi generalizada – aeronaves de médio porte -5,5%, aeronaves leves -4,3%, turboélices -3,2% e jatos de cabine larga -1,1%.

No 1S23, a Europa tem visto um declínio consistente – queda de 11,9% na base de comparação ano a ano – mas a Argus vê sinais de estabilização. No futuro, Argus espera um nivelamento entre 5% e 10% na base de comparação ano a ano, uma estabilização em relação aos máximos pós-Covid.

Globalmente, a Argus está projetando que a atividade da aviação geral-executiva cairá 0,6% na base de comparação ano x ano na segunda metade de 2023. Ainda assim,isso representará um aumento de 13,4% em relação ao mesmo período de 2019. A Argus prevê que o tráfego reflita a atividade normal com picos neste mês e em outubro, desacelerando nos dois últimos meses do ano. [EL] – c/ fontes