Operadora do Aeroporto Schiphol, em Amsterdam (Holanda), cortará 30% da oferta de movimentação de tráfego da jatos executivos a partir de abril de 2024, em 01.10.23


O Aeroporto Schiphol, em Amsterdã (Holanda), confirmou que os jatos particulares suportarão o peso das medidas para redução da movimentação de aeronaves no aeroporto – “porta” de entrada na Holanda – no próximo ano e que prosseguirá com a proibição da operação de aeronaves mais ruidosas.

Em comunicado divulgado no dia 28, a operadora do “Schiphol” declarou que, a partir de 31 de março de 2024, serão permitidos apenas 12 mil movimentos de aviação executiva em um período de 12 meses. Isso representa um corte de 30% na atual capacidade-limite de 17.000, com 7.200 movimentos (60%) do novo limite alocados para o período operacional do verão (que termina em 26 de outubro de 2024).

De um novo limite máximo geral de movimentos anuais de 460.000 (reduzido de 500.000), ao abrigo da nova declaração de capacidade de Schiphol, apenas 280.645 movimentos (61%) serão permitidos no próximo período de verão. Isto representa um corte de 12.400 vôos em comparação com o período de verão de 2023, que está chegando ao fim.

Na sua última declaração, a operadora do “Schiphol” reiterou o seu objetivo de eliminar toda a aviação privada no aeroporto e de introduzir um novo “recolher” (proibição) obrigatório de operação no período noturno.

A nova decisão segue indicações do governo holandês no início deste mês de que iria reduzir a oferta de movimentação de aeronaves nos planos revelados em abril passado para um novo limite geral de movimento anual para o “Schiphol” de 440.000 movimentos.

No dia 01 (setembro), reportagens dos meios de comunicação social nos Países Baixos sugeriram que o novo limite poderia ser limitado a 452.000 movimentos. Embora o limite geral de 460.000 movimentos anuais (após corte de 40.000 mov./ano, 8%, do limite anterior de 500.000 movimentos/ano). Ainda que da pouca diferença (1,7%), este novo limite confirmaria uma política restritiva junto ao corte já anunciado, inclusive especificamente na alta estação (verão), com impacto significativo, principalmente severo na aviação privada.

Adicionalmente à redução de movimentos, a operadora do aeroporto também publicou uma lista de 87 aeronaves (Tipo) de fabricação mais antigas classificadas de “não serem mais bem-vindas em Schiphol”; na lista, da aviação executiva, constam apenas modelos (bimotor turboélice) King Air e (jato bimotor) Gulfstream I. As companhias aéreas serão agora obrigadas a pagar cinco vezes as taxas de pouso normais para operar as aeronaves mais barulhentas e poluentes.

O Estado é o acionista maioritário do aeroporto de Schiphol, e está sob pressão política de governos estrangeiros, incluindo o EUA, para não implementar cortes de movimento de uma forma que possa comprometer o acesso a slots por parte de companhias aéreas internacionais. Ao mesmo tempo, grupos industriais, incluindo a EBAA – Associação Européia de Aviação Executiva, exigiram que a nova política planejada fosse suspensa até depois das eleições gerais da Holanda, em 22 de novembro, e enquanto se aguardam os desafios legais em curso.

O novo limite de 12.000 movimentos/ano para aeronaves executivas em Schiphol compara-se, em termos de aeroporto e demanda/vocação, com o limite atual de 50.000 movimentos anuais no Aeroporto de Farnborough, na área de Londres (Inglaterra). A administração do “Farnborough” iniciou um processo que visa aumentar a capacidade para 70.000 movimentos/ano. [EL] – c/ fontes