Após 1S23 fraco e 2S23 renovado, otimismo do mercado da aviação executiva em ascensão na Ásia-Pacífico, com os contrastes entre a Índia, com crescimento de frota e atividade aérea, e salto no otimismo, e a China, com forte retração da frota, em 10.01.24


A editora da revista especializada AIN Kerry Lynch escreveu post na mídia AIN on line, neste dia 09, cobrindo a atual cena da aviação executiva na região da Ásia-Pacífico (APAC), que experimentou em 2023 um aumento na motivação e intenções do mercado após um primeiro semestre sombrio, de acordo com o Asian Sky Group (ASG).

O otimismo do mercado recuperou entre 10% e 20% em várias partes da região no segundo semestre e “a maré mudou”, escreveu Jeffrey Lowe, no relatório trimestral Asian Sky Quarterly recentemente divulgado.

Lowe, proprietário e diretor da ASG, “pintou um quadro” sombrio para o primeiro semestre, com 27 dos pesquisados na região reportando sentimento que a situação econômica só iria piorar (essa indicação tendo aumento de 14% em relação a 2022).

“Quando você não tem uma ótima perspectiva para o futuro, geralmente não sai e compra um jato corporativo”, disse Lowe.

No período, o número de operadores que reportaram redução de vôos saltou de 10% para 26%.

“Aquela grande explosão nos vôos de jatos executivos que muitas outras regiões do mundo ainda não pareciam estar acontecendo na Ásia, pelo menos durante os primeiros seis meses de 2023”, Lowe comentou esta amostra.

Mas a dinâmica nos setores das viagens e de comércio e uma melhoria geral de 5% na situação econômica em toda a região contribuíram para o aumento do otimismo. Lowe advertiu, porém, que cada região tem uma economia diferente e que duas das regiões “representativas” – China e Índia – divergiram no seu ímpeto.

A frota de jatos executivos na Índia cresceu 0,7% em 2021 e 7,2% em 2022, enquanto na China diminuiu 1,7% e 11,2%, respectivamente.

Lowe acrescentou que a China perdeu cerca de um quarto (25%) de sua frota de jatos executivos nos últimos dois anos, com aeronaves vendidas para outros lugares devido às restrições da Covid, ao sentimento político ou à desaceleração econômica. Enquanto isso, a Índia alcançou o segundo lugar no mercado de jatos executivos da região no primeiro semestre, a China ficou em último lugar.

No terceiro trimestre, apenas 6% dos pesquisados indianos sentiram que as condições poderiam piorar, a marca mais baixa desde 2019 e melhor do que os 23% na Ásia-Pacífico.

O tráfego na Índia aumentou particularmente em agosto e setembro. A positividade na China ainda não se refletiu nas intenções de compra, mas influenciou os resultados do otimismo econômico.

O otimismo aumentou, no geral, de 73% para 77% em toda a região. O Sudeste e Nordeste da Ásia foram as únicas sub-regiões a registrar um declínio de motivação econômica, de 83% para 72%.

A ASG observou que um número crescente de empresas se deslocou para o sudeste asiático, em particular, e eram mais vulneráveis à fraca procura de produtos manufaturados, às condições climáticas adversas e à redução das colheitas agrícolas. Mesmo assim, Cingapura lidera a região na atividade de vôos, dado o aumento do número de empresas estrangeiras no país.

Cerca de 37,7% dos entrevistados em toda a região estavam interessados em comprar aeronaves usadas, um número parcialmente atribuído à falta de novas aeronaves disponíveis.

As aeronaves de grande porte continuam a ser a categoria preferida na China, no Oriente Médio e no Norte da África.

Enquanto isso, quase metade dos entrevistados prevê fretar uma aeronave nos próximos três anos. [EL] – c/ fonte