Airbus avançando na meta de sustentabilidade, no desenvolvimento de tecnologia de célula de hidrogênio e com ações de descarbonização na APAC, em 03.03.24


Conforme post de Jennifer Meszaros, colaborada da AIN para Ásia, do dia 21, em meio à agenda da Singapore Airshow, na sua participação na feira aeronáutica asiática a Airbus destacou os seus esforços de sustentabilidade na região Ásia-Pacífico (APAC), em linha com sua busca por liderar a indústria no caminho para emissões líquidas zero de carbono até 2050.

Dirigindo-se aos repórteres durante um briefing durante a Singapore Airshow, a diretora de sustentabilidade da Airbus, Julie Kitcher, enfatizou a importância da colaboração da indústria e do governo ao mesmo tempo em que ela traçou o caminho da fabricante francesa para a descarbonização.

“Aeronaves com baixo consumo de combustível, melhorias na gestão e operações do tráfego aéreo e combustível de aviação sustentável irão combinar-se para proporcionar a maior parte das reduções iniciais antes de 2050”, disse Kitcher. “No curto e médio prazo, a compensação de carbono desempenhará um papel importante, começando com soluções baseadas na natureza e progredindo para soluções baseadas na tecnologia. O hidrogênio transformará a aviação a longo prazo”, prosseguiu na sua perspectiva.

Meszaros destacou que a Airbus estabeleceu uma meta ambiciosa de lançar no mercado o primeiro avião comercial movido a hidrogênio do mundo até 2035. E observou que a fabricante está atualmente estudando a utilização de células de combustível de hidrogênio com um sistema de propulsão de hélice, que geraria quase zero emissões.

“Há dois meses, as células de combustível de hidrogênio foram combinadas com sucesso pela primeira vez com o sistema de propulsão elétrica que acionará as hélices de nossa aeronave de demonstração”, disse Kitcher. “Esta é a aeronave que será usada para testar a viabilidade de nossos projetos e de nossa tecnologia tanto no solo quanto no ar. Nos próximos anos, tomaremos decisões importantes sobre o design da aeronave e a arquitetura de propulsão”, divulgou Kitcher.

A Airbus também está preparando as bases para estabelecer uma rede de produção e distribuição de hidrogênio verde na região Ásia-Pacífico, acrescentou Kitcher. “Estamos envolvidos em examinar a possibilidade de ter um centro de combustível de hidrogênio aqui em Singapura, e os resultados desse resultado serão partilhados em breve”, revelou Kitcher.

A Airbus utilizou 11 milhões de litros de uma mistura de 10% de SAF para as suas operações e entregas aos clientes em 2023,   e pretende neste ano atingir uma média de 15% de SAF na sua mistura de combustíveis. Até o final da década, a Airbus espera atingir 100% das capacidades SAF.

Apesar das ambições, Kitcher reconheceu que o custo e a disponibilidade do SAF continuam a ser um desafio. Ainda assim, Kitcher reconhece que estão sendo feitos progressos em toda a região Ásia-Pacífico (APAC), incluindo na Austrália, Índia, Japão, Malásia e Tailândia.

Para acelerar o avanço, a Airbus está colaborando com parceiros importantes na região APAC, como a Apeiron Bioenergy, com sede em Cingapura, fornecedora de produtos de bioenergia, desde matérias-primas baseadas em resíduos até o produto final e subprodutos. A Apeiron está presente em 10 países e oferece uma extensa cadeia de valor, com instalações de armazenamento, processamento e refinarias de biocombustíveis.

A Airbus continua ativa na região Ásia-Pacífico, trabalhando com o Aeroporto Internacional Tan Son Nhat, no sudeste do Vietnã, e com o Aeroporto Internacional de Tribhuvan, em Katmandu, no Nepal, em iniciativas de sustentabilidade.

Na Austrália, seus parceiros incluem a companhia aérea Qantas Airways, a empresa de bioenergia SAF Jet Zero Australia, o governo de Queensland e a empresa de tecnologia de combustível sustentável LanzaJet. [EL] – c/ fonte