No primeiro bimestre, WingX vê atividade de vôo da aviação executiva, com redução dos vôos globalmente de cerca de 3% em termo anualizado, em 09.03.24

A atividade global de vôos de aeronaves executivas nos primeiros dois meses de 2024 caiu cerca de 3% em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com dados divulgados pela provedora e analista de dados WingX.
CEO da WingX Richard Koe, disse aos participantes na conferência anual da BBGAA – British Business & General Aviation Association (associação de aviação geral-executiva britânica) que a Europa está em geral atrasada em relação à América do Norte, uma vez que as principais economias do continente enfrentam um crescimento fraco e consequências contínuas da guerra da Rússia com a Ucrânia.
Durante 2023, quando Koe descreveu a atividade da indústria como “fervente” após o excepcional desempenho pós-Covid em 2022, a WingX registrou taxas de crescimento de tráfego mais fortes na Ásia (aumento de 28%), África (aumento de 26%) e América Latina (aumento de 16%). No entanto, estas regiões ainda representam, coletivamente, menos de 10% da atividade global.
Embora os níveis de tráfego tenham diminuído no ano passado na Europa (queda de 7%) e na América do Norte (queda de 4%), Koe indicou que esta última região (América do Norte) parece ter perspectivas mais fortes para 2024. “A Europa voltou agora aos níveis de atividade de 2019 e não sustentou a mudança radical vista em outros lugares após a pandemia”, comentou Koe.
Nos dois anos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a WingX registou um declínio de 16% na atividade diretamente atribuível às consequências das sanções econômicas contra indivíduos e instituições associadas à administração Putin. Koe observou que um número significativo de jatos executivos anteriormente registrados na Rússia migraram para a Turquia e o Oriente Médio, acrescentando que é difícil rastrear como a propriedade dessas aeronaves pode ter mudado no processo.
Na Europa, os dados da WingX mostram que as operações de gestão de aeronaves representam agora a maior parte da atividade de vôo. O próximo maior segmento são os departamentos de vôos corporativos, embora estes estejam a diminuir em escala, enquanto a atividade de propriedade fracionada está a aumentar num continente que continua a registar muitas flutuações sazonais na procura.
Nos últimos quatro anos, Koe e a sua equipa observaram a aviação executiva a preencher lacunas na rede de transportes da Europa que tinham sido abertas pelo encerramento do serviço aéreo regional. Koe disse aos participantes da conferência que o número de rotas regionais em todo o continente diminuiu de mais de 2.500 em 2019 para cerca de 1.240 em 2023.
Na opinião de Koe, as cias. aéreas regulares estão agora concentrando-se mais em setores mais longos e evitando aeroportos menores. Embora o custo dos vôos de aeronaves privadas limite a medida em que a indústria pode fornecer alternativas, Koe concluiu que as aeronaves elétricas e híbridas-elétricas em desenvolvimento que oferecem opções de mobilidade aérea regional poderão ter um impacto no futuro. [EL] – c/ fonte