Rolls Royce opera o turbofan Pearl 10X em vôo pela primeira vez, em 06.04.24

No dia 03, a fabricante inglesa Rolls Royce divulgou que iniciou, com sucesso, a campanha de testes de vôo de seu mais recente motor aeronáutico para o mercado de aviação executiva, o Pearl 10X, instalado no seu avião-plataforma de testes de vôo dedicado – um Boeing 747-200 da fabricante de motor.

O Pearl 10X foi o motor selecionado pela fabricante de aeronaves francesa Dassault para equipar exclusivamente sua nova aeronave, que será o seu principal produto, o jato cabine larga de ultralongo alcance Falcon 10X.

O primeiro vôo e o início dos testes de vôo é um marco importante para a Rolls-Royce e o programa Pearl 10X, com a estratégia da fabricante de se concentrar no crescimento do mercado de aviação executiva, conforme descrito na edição do ano passado no evento Capital Markets Day  (“Dia do Mercado de Capitais”).

O Pearl 10X é o mais novo membro da Família de motores-turbofan para aviação executiva Pearl, de última geração, e o primeiro motor Rolls-Royce a equipar um jato executivo Dassault. A escolha do Pearl 10X pela fabricante francesa de aeronaves como seu novo produto de ponta é mais uma prova da posição da Rolls-Royce como fabricante líder de motores na aviação executiva.

Com base da Rolls Royce em Tucson, no Arizona (EUA), pilotos e engenheiros de testes de vôo fabricante testarão o Pearl 10X  nos próximos meses. O programa de testes de vôo incluirá verificações de desempenho e manuseio do motor em várias velocidades e altitudes, reacendimentos (reacionamento) em vôo, testes do sistema anti-gelo de nacele do motor e testes de vibração do fan em várias altitudes.

O avião-plataforma de testes de vôo dedicado – um Boeing 747-200 da fabricante de motor – está equipado com cinco motores a campanha de testes, compreendendo o Pearl 10X junto com um Trent 1000 e três RB211. Com equipamentos de teste embarcados, os vôos podem coletar até 20 GB de dados de desempenho por dia.

Até agora, o programa de desenvolvimento em solo incluiu testes rigorosos do novo combustor ALM de emissões ultrabaixas, que é compatível com combustível de aviação 100% sustentável [SAF] e da nova caixa de redução-engrenagem [gearbox], que permite uma maior extração de energia adicional. O motor, que ultrapassou os níveis de empuxo desejados no primeiro teste, será o motor de aviação executiva mais potente do portfólio da Rolls-Royce.

O programa está avançando rapidamente e acumulou com sucesso mais de 2.300 horas de testes, tanto no demonstrador Advance 2 quanto na configuração do motor Pearl 10X.

Philipp Zeller, vice-presidente sênior da Dassault, Aviação Executiva, falou: “Estamos entusiasmados em entrar nesta importante próxima fase do programa de desenvolvimento de motores com o início de nossa campanha de testes de vôo. Todos os testes concluídos até o momento confirmam a confiabilidade do motor e mostram que ele atenderá aos requisitos de desempenho para alimentar o carro-chefe da Dassault, o Falcon 10X”.

O Pearl 10X (de 18.000 lbf.) é a terceira unidade no programa turbofan Pearl da Rolls-Royce – o Pearl 15 motoriza os jatos Bombardier Global 5500/6500 e o Pearl 700 motoriza os jatos Gulfstream G700/G800. O Pearl 10X apresenta o núcleo do motor Advance2, o núcleo mais eficiente disponível no setor de aviação executiva, e combina-o com um sistema de baixa pressão de alto desempenho, resultando em um empuxo superior de mais de 18.000 lbf. Comparado com a última geração de motores de aviação executiva Rolls-Royce, o Pearl 10X oferece uma eficiência 5% maior, ao mesmo tempo em que oferece excelente desempenho de baixo ruído e emissões. O resultado é um motor que oferece uma combinação líder de mercado de potência e eficiência. Esta combinação permitirá que clientes e operadores tenham acessibilidade premium nos aeroportos e voem em conexões de longo alcance, ao mesmo tempo que poderão viajar perto da velocidade do som.

Os testes de vôo do Pearl 10X começam com a previsão da Dassault de lançamento (apresentação) do Falcon 10X neste ano, com entrada em serviço prevista para 2027, dois anos além do cronograma original. [EL]