Apesar da chegada à Noronha no dia 06, não há previsão para o transporte da usina de asfalto para o serviço de recapeamento da pista do aeroporto da ilha, para o canteiro da obra, e a falta de cronograma e a indefinição para retomada da operação de jatos do transporte comercial preocupa setor do turismo, em 24.04.24


Fonte: g1 – 18/04/2024
A falta de um cronograma para execução da obra de recuperação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha preocupa representantes dos setores de turismo e da comunidade local.

No dia 17, o governo do Estado de PE informou que, apesar da chegada na ilha da usina de asfalto para o serviço de recapeamento, no dia 06, não há previsão para o transporte do equipamento  para o local onde vai acontecer o trabalho.

Uma “megaoperação” foi realizada no dia 08 para retirada da usina do navio. O material foi levado do porto para a Vila do Trinta.

A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura divulgou que o equipamento será transportado para o aeródromo “após a chegada em Noronha de maquinários que compõem a patrulha mecanizada [conjunto de equipamentos para pavimentação]”. A data da chegada desse material não foi informada.

“Todas as operadoras de turismo nos questionam quando o aeroporto terá o retorno de aviões de grande porte. A máquina de asfalto está na ilha e não tem previsão. É uma realidade que o serviço não estará concluído em agosto, quando a Gol, que só opera com Boeings, tem comercializado bilhetes”, disse o presidente do Conselho de Turismo (CONTUR), Hayrton Almeida.

O presidente do CONTUR também declarou que os cancelamentos de passagens prejudicam Noronha enquanto destino turístico. “Vai recomeçar o caos: a Gol vai fazer contato com os clientes para devolver dinheiro ou transferir a viagem para outro destino com alegação de que o aeroporto não estará pronto. Isso é péssimo para o destino Noronha”, Hayrton afirmou.

De acordo com o presidente da Associação dos Donos de Pousada, Ailton Flor, a situação atual demonstra que faltou planejamento para o transporte de usina de asfalto. Os possíveis cancelamentos também preocupam o setor turístico. “As companhias aéreas se planejaram para o retorno de aviões de grande porte no segundo semestre. A falta da conclusão desta etapa da obra é muito ruim para a ilha porque vão ocorrer cancelamentos”, contou Ailton Flor.

Ailton sugeriu que a produção de asfalto aconteça na própria Vila do Trinta, local do desembarque e onde está a usina. Ailton também falou que o governo deve encontrar uma estratégia para acelerar o trabalho de recuperação da pista do aeroporto.

O presidente da Assembléia Popular Noronhense (APN), Nino Alexandre Lehnemann, declarou que a demora para a execução da obra desgasta a imagem da ilha. “Quantos cancelamentos teremos novamente? Quanta publicidade negativa teremos novamente? Somos todos empresários e estamos amarrados. Vamos procurar o governo para saber do cronograma. Estão destruindo a imagem turística de Fernando de Noronha”, declarou Nino Lehnemann.

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