EASA e partes interessadas no setor dos combustíveis da União Européia examinam o impacto ambiental não relacionado com o CO2 – com a expectativa de que os combustíveis fósseis ainda permaneçam por décadas, são necessárias mudanças na formulação, em 30.04.24


Prevendo-se que o combustível de aviação convencional de querosene aeronáutico (QAv/JET-A) seja uma força motriz na aviação nas próximas décadas, a EASA e as partes interessadas da indústria européia estão examinando como as mudanças na sua formulação poderiam ajudar a mitigar os impactos ambientais das emissões não-CO2.

Embora grande parte da atenção no setor dos combustíveis para aviação se concentre nos combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF), os participantes no primeiro Fórum das Partes Interessadas dos Combustíveis para Aviação da União Européia, na semana passada, em Cologne, na Alemanha, examinaram outras mitigações de emissões não relacionadas com o CO2 que poderiam ser derivadas de mudanças na composição de querosene aeronáutico (QAv/JET-A).

No evento patrocinado pela EASA, que contou com a participação de 60 partes interessadas da indústria, Maria Rueda – diretora de estratégia e gestão de segurança da agência européia de segurança na aviação – reconheceu que, mesmo com o uso crescente de SAF, o JET-A (de base fóssil) ainda representará uma parcela considerável do combustível de aviação nas próximas décadas.

Como resultado, o fórum considerou outros métodos que poderiam diminuir o impacto da aviação no ambiente.

“A pesquisa mostrou que a composição do combustível tem um impacto direto na quantidade de emissões não-CO2 produzidas”, disse Rueda. “Essas emissões não-CO2 e seu impacto no clima e na qualidade do ar localmente estão ligados à quantidade de aromáticos e enxofre presentes nos combustíveis”, detalhou Rueda.

A EASA foi incumbida pelo Parlamento da União Européia de estabelecer um programa-piloto sobre padrões de combustível de aviação e certificação de segurança com o objetivo de propor opções para requisitos viáveis e eficazes de aromáticos/enxofre para minimizar os impactos climáticos não relacionados ao CO2 até o final do ano. Foi também incumbida de promover soluções inovadoras a longo prazo para melhorar significativamente a qualidade dos combustíveis através de alterações às especificações dos combustíveis até ao final de 2025.

O próximo fórum está previsto para o quarto trimestre. [EL] – c/ fonte