Wright Eletric intensifica testes de solo para motor elétrico de 2,5 MW, concebido para conversão de converter aviões comerciais e aeronaves militares de 100 lugares para propulsão elétrica, em 06.05.24


A Wright Electric começou a testar em solo o sistema de propulsão elétrica que está desenvolvendo para aeronaves na categoria de 100 assentos. A empresa americana anunciou, em 25 de abril, que os engenheiros começaram o trabalho de desenvolvimento com sua célula de teste de motores elétricos de aeronaves Wright (WEAETC – Wright Electric Aircraft Engine Test Cell) em sua sede em Albany, em Nova York (EUA).

A nova célula de teste avaliará o motor Wright 1A ,de 2 MW, com um turbofan Lycoming LF-507-F e uma hélice de uma aeronave militar Lockheed C-130 Hercules.

Numa segunda fase de testes em solo, a empresa começará a trabalhar no motor WM-2500, de 2,5 MW, com um drive (acionador) personalizado integrado, que está sendo desenvolvido com o apoio do programa ARPA-E Ascend do governo do EUA.
O fundador e CEO da Wright, Jeffrey Engler, disse para a mídia de aviação AIN que sua equipe está se concentrando no motor LF-507 porque este é o motor da Família existente de aviões regionais BAe 146 que a Wright considera um modelo adequado para conversão para propulsão elétrica. A Wright também vê potencial para eletrificar a amplamente utilizada aeronave de transporte militar Lockheed C-130 Hercules.

Os testes de solo com a unidade WEAETC têm como objetivo avaliar a saída elétrica dos motores 1A e WM-2500 e estabelecer sua capacidade de converter torque em empuxo. Esses testes podem continuar por um ano ou mais, à medida que são feitos os preparativos para o táxi e os testes de vôo com uma aeronave. O WEAETC terá outras aplicações à medida que Wright avança futuras iterações de seu sistema de propulsão e nova tecnologia de bateria.

“O uso de um módulo de fan comprovado reduz significativamente o risco da campanha de testes e nos permite comparar diretamente o perfil acústico e a assinatura térmica da unidade de propulsão elétrica e sua versão turbofan clássica”, disse Peter Kurowski, líder de propulsão de Wright. “A campanha bem-sucedida de testes em solo abrirá as portas para um teste de vôo”, acrescentou Kuroski.

A Wright testou recentemente seu motor elétrico para mais de 1 MW e agora está se preparando para realizar testes de altitude usando o avião plataforma de testes para aviação elétrica da NASA.

A Wright pretende apoiar operações comerciais de zero carbono com aviões comerciais de corredor único cada vez maiores para setores de até 800 milhas, ao mesmo tempo proporcionando melhores custos operacionais e menor ruído.

A Wright está agora em discussões com possíveis parceiros para confirmar os preparativos para os testes de voo. Além da ARPA-E, seus parceiros já incluem os fornecedores de manutenção, reparo e revisão de aeronaves CFS Aero, Avalon Aero e Executive Jet. [EL] – c/ fontes