Qatar Executive exibe G700 na EBACE e revela que o modelo, com operação prevista para ser iniciada em meados de junho, já mobiliza manifestações antecipadas de interesse de clientes, em 29.05.24


A Qatar Executive (QE) está exibindo um de seus novíssimos Gulfstream G700 nesta semana na feira de aviação executiva européia EBACE 2024, logo após – poucos dias – ter se tornado a primeira operadora de serviços comerciais do mundo do modelo.

A frota G700 do grupo de fretamento aéreo entrará em serviço comercial com quatro aeronaves em meados de junho, disse o CEO do Grupo Qatar Airways, Badr Mohammed Al-Meer, durante um evento de apresentação dos dois primeiros G700 da operadora – os aparelhos com registro de produção sn 87009 (com a matrícula A7-CHA) e sn 87012 (com a matrícula A7-CHB) — no dia 22, em Doha.

A cabine de passageiros do G700 adotada como “base” pela QE consiste em quatro áreas de estar individuais, incluindo uma cabine traseira privativa dedicada, com 15 assentos e capacidade para até sete camas – três camas de casal e quatro camas individuais.  O jato com a matrícula A7-CHA (sn 87009), que está em exposição na EBACE, tem uma configuração única e mais luxuosa com 13 lugares, transformando-se em três camas de casal e três camas individuais.

A subsidiária privada do Qatar Airways Group tornou-se a cliente de lançamento internacional do G700 em outubro de 2019, com um pedido de 10 aparelhos. As entregas deveriam começar em 2022, mas o demorado processo de certificação do modelo da FAA atrasou as entregas.

O “jato-chefe” da Gulfstream, o G700 obteve a certificação FAA em março e recebeu a homologação da EASA no início deste mês. A aprovação da Autoridade Geral de Aviação Civil do Qatar veio logo depois, liberando o QE para receber e operar comercialmente o do modelo.

A Qatar Executive (QE) planeja ter 7 jatos G700 em sua frota até o final do ano e todos os 10 em 2025.

“Estamos discutindo a finalização da entrega dos seis restantes com nosso parceiro agora e vendo se eles podem entregar mais cedo”, disse Al-Meer.

A Gulfstream está em processo de busca da aprovação do G700 por diversas outras autoridades nacionais de aviação, incluindo agências de aviação civil da China, Canadá e Reino Unido, disse o presidente da Gulfstream, Mark Burns, para a mídia AIN.

Al-Meer, que se tornou CEO do Grupo Qatar Airways em novembro, após mais de 10 anos como COO do Aeroporto Internacional Doha Hamad, descreveu o G700 como aeronave tecnologicamente avançada com sua cabine silenciosa, interior de couro personalizado e desempenho de alta velocidade como “o auge da excelência em aviação executiva”. “Com um alcance de até 7.750 milhas náuticas e voando a uma velocidade recorde, esses G700 conectarão rapidamente centros econômicos e destinos importantes como Doha-Nova York ou São Francisco-Tóquio”, destacou Al-Meer. Além disso, o G700 atende às metas de sustentabilidade do grupo, proporcionando “excelente eficiência ambiental [e] promovendo a aviação executiva sustentável”, disse Al-Meer.

Os vôos de traslado dos aparelhos G700 da QE das instalações da Gulfstream em Savannah, na Georgia, para Doha utilizaram uma mistura de combustível de aviação sustentável (SAF).

O Grupo Qatar Airways estabeleceu uma meta de uso de SAF de 10% até 2030.

A Qatar Executive (QE) já está recebendo manifestações antecipadas de interesse de clientes para fretamento de G700, disse Al-Meer, acrescentando que a procura por serviços executivos do Qatar é “muito elevada”. Esta procura aumentou desde a pandemia e “vem de todo o mundo”, observou.

A Qatar Executive (QE)  opera uma frota ‘flutuante’ e a maioria de suas aeronaves está baseada fora de Doha.

“Gostaria de ser o mais humilde possível, mas não sei – talvez compreendamos melhor este negócio de alto nível do que os nossos concorrentes. Construímos uma base de clientes muito leais”, disse Al-Meer.

Os G700 são uma adição – e não uma substituição – à frota da QE, composta por 15 jatos Gulfstream G650ER, dois Bombardier Global 5000 e dois Airbus ACJ319.

“Os G650 ainda são aeronaves novas e continuaremos voando com eles pelos próximos dois a três anos”, explicou Al-Meer. “Talvez numa fase posterior, consideremos atualizar o G650 para G800 ou talvez outro pedido de G700”, disse Al-Meer. [EL] – c/ fonte