FAB, PF, PC e PM interceptam avião procedente do Peru envolvido com tráfico de entorpecentes na região oeste do AM, em 31.07.24
Em nota postada no dia 29, a Polícia Federal divulgou que, no dia 28 (domingo), empreendeu uma ação em conjunto com o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE/PM) e o Departamento de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil (DRCO/PC), com apoio da FAB, que interceptou um avião voando em território brasileiro, no Estado do AM, que estava sendo utilizado para transporte de entorpecentes.
O avião “suspeito”, um monomotor modelo Cessna 172N, pousou numa pista clandestina em área de selva, onde os ocupantes do próprio avião, após o pouso, atearam fogo na aeronave e empreenderam fuga na mata.
Uma equipe se deslocou ao local com o apoio do esquadrão de helicóptero da FAB.
Na “pista”, o avião foi encontrado já todo queimado, também tendo sido descoberto um acampamento com diversos materiais, dentre ele três sacos de drogas, contendo 90 tabletes, sendo 60 de pasta base e 30 de clorídrico de cocaína, perfazendo aproximadamente 95 kg de substância entorpecente. O material apreendido foi encaminhado à Superintendência Regional da Policia Federal no Amazonas.
Em nota no dia 29, a FAB informa que interceptou, na manhã do dia 28 (domingo), na região oeste do Estado do AM, uma aeronave de pequeno porte modelo Cessna 172, que ingressara no espaço aéreo brasileiro oriunda do Peru sem autorização. Sob a coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), duas aeronaves de defesa aérea A-29 “Super Tucano” (para interceptação aérea do avião) e um helicóptero H-60 Black Hawk (para transferência de equipe de terra das polícias), foram empregados na missão, realizada em conjunto com a Polícia Federal (PF).
Durante a interceptação, foram seguidos os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). Foi tentado o contato-rádio com o piloto da aeronave interceptada, mas não se obteve resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como “Suspeita”, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico. Porém, o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a Defesa Aérea comandasse o Tiro de Aviso a fim de que houvesse o cumprimento das determinações em vigor. Após o Tiro de Aviso, a aeronave permaneceu sem cumprir as instruções informadas, o que a levou a ser reclassificada como “Hostil”. Na sequência, a aeronave fez um pouso forçado numa pista de terra no município de Barcelos (AM), cuja cidade dista 217 MN a noroeste de Manaus (e 465 a NE de Tabatinga, na tríplice fronteira – Brasil, Peru e Colômbia).
Os ocupantes queimaram a própria aeronave e se evadiram do local. Momentos depois, a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Amazonas chegou ao local a bordo um helicóptero da FAB, o H-60 Black Hawk. Na aeronave, foram encontrados 95 kg de pasta base de cocaína e clorídrico de cocaína.
De acordo com o chefe do Estado Maior do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), major-brigadeiro do ar João Campos Ferreira Filho, “A ação que culminou com o impedimento da continuação desse vôo faz parte da Operação Ostium, para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal”, disse o oficial-general.
Nota no portal do DECEA no dia 30 informa que a FAB interceptou, no dia 28, na região oeste do Estado do Amazonas, uma aeronave de pequeno porte do modelo Cessna 172, que ingressou no espaço aéreo brasileiro oriunda do Peru sem autorização.
O Quarto Centro de Operações Militares (COpM-IV), órgão do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA-IV) foi responsável pela supervisão da missão da aeronave interceptada por duas aeronaves A-29 “Super Tucano” da FAB.
A ação que resultou na interceptação da aeronave faz parte da Operação “Ostium”, uma operação conjunta entre a FAB e a Polícia Federal destinada a combater o tráfico de drogas e outros ilícitos transfronteiriços na região amazônica.
A nota divulga que, em todo o país, existem profissionais prontos e preparados para executar a sua missão. Os controladores de operações aéreas militares são responsáveis por executar a vigilância do espaço, 24 horas por dia, sete dias por semana, controlar a aeronave de alerta durante o vôo, além da defesa aérea permanente das áreas de interesse nacional.
Todo esse esforço se soma aos mecanismos já existentes da FAB, pois a Instituição possui estruturas e aeronaves cujo objetivo é a vigilância do espaço aéreo. Muitas delas estão estrategicamente alocadas em áreas fronteiriças e buscam interceptar todo tipo de tráfego ilícito que possa estar levando armas, contrabando ou drogas. Impede, assim, esse fluxo ilegal para o território brasileiro, evitando que ele alcance os grandes centros, sendo uma das maiores contribuições da FAB em prol da segurança do país.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é o responsável pelo planejamento, coordenação e execução das Ações de Força Aérea voltadas para a tarefa de controle aeroespacial, conduzindo os meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos voando no território nacional.