Operações da aviação executiva na América do Norte e Europa em julho continuam desaceleração – com redução de atividade de 0,3% na América do Norte e de 6,2% na Europa -, mas atividade global sustenta alta de 0,9%, pelos dados da Argus, em 12.08.24
Conforme post de Kerry Lynch, editora da revista mensal AIN, no dia 07, a atividade aérea da aviação executiva nos mercados da América do Norte e Europa continuou uma tendência decrescente em julho, mas floresceu em outras partes do mundo tanto que as operações globalmente terminaram com alta de 0,9% na comparação ano x ano (YoY), de acordo com o último relatório da provedora de dados por rastreamento Argus International.
Os dados do relatório Argus TraqPak mostram que a atividade na América do Norte caiu 0,3% no comparativo anual, enquanto na Europa os vôos diminuíram 6,2%.
Na América do Norte, os vôos turboélice terminaram julho no lado positivo, com um aumento de 1,1%, graças a um ganho de 7% nos vôos de operação compartilhada e a um aumento de 4,7% nos vôos do transporte por demanda (por fretamento) PART-135 nessa categoria de aeronave. Da mesma forma, os vôos de jatos médios aumentaram 2,8%, à medida que vôos de operação compartilhada aumentaram 13,9% com essas aeronaves. No entanto, a atividade de vôo envolvendo jatos de cabine larga caiu 8,9% em relação ao ano anterior, e os jatos leves tiveram redução de 0,5%, embora os vôos de compartilhamento tenham aumentado 7,1% (cabine larga) e 16,5% (jato leve).
Por segmento de transporte, a atividade fracionária na América do Norte aumentou 13,5%, mas os vôos do transporte privado (PART-91) diminuíram 4,3%. A atividade de vôos fretados (charteres) parece estar se estabilizando após uma série de quedas no período, caindo apenas 1,1% em julho.
“Embora a indústria estivesse basicamente em status quo, é importante notar que a atividade de vôos charteres [fretados] reduziu suas perdas durante o mês, com o segmento conseguindo produzir um ganho em vôos com turboélice”, disse Travis Kuhn, vice-presidente sênior de software da Argus “A atividade de cabine larga foi de longe o maior ponto de interrogação do mês, com um grande declínio nos vôos pelos [segmentos] PART- 91 e PART-135 para a categoria”, apontou Kuhn.
Mesmo com os Jogos Olímpicos iniciados em julho, a atividade européia caiu, principalmente devido a uma queda anual de 15,6% com vôos de turboélice e uma queda de 8,7% envolvendo jatos de cabine larga. As operações em jatos médios também caíram, mas apenas 1,2%, enquanto a atividade de jatos leves teve uma alta de 0,6% no mês.
Quanto ao restante global, os vôos de aeronaves executivas aumentaram 26,1% em relação ao mês de julho do ano passado, graças a um salto de 45,9% nas operações de turboélice e de 22% na atividade de jato de médio porte. Os vôos de jatos leves também aumentaram 16,7% e os jatos cabine larga permaneceram relativamente estáveis em 1% em julho, em relação ao ano anterior.
“Olhando para o futuro, prevemos que agosto será bastante semelhante a julho, com uma ligeira diminuição em relação a agosto de 2024”, projeta Kuhn. A Argus prevê que os vôos da aviação executiva em agosto diminuirão 0,5% na América do Norte e 0,4% na Europa. [EL] – c/ fonte