magniX apresenta DASH-7 que será utilizado na próxima fase do programa EPFD (de “vôo eletrificado”) da NASA, em 29.08.24


Em nota no dia 22, a magniX (de Everett, Washington/EUA) anunciou a lançamento no dia da próxima fase do programa EPFD – Electrified Powertrain Flight Demonstration (Demonstração de vôo por plataforma motora/trem de força eletrificada) da NASA ao revelar o quadrimotor de Havilland DHC-7 (DASH-7) que será retrofitado com seus motores elétricos – com dois motores magni-650, na posição externa, em combinação com dois motores a combustão convencionais, na posição interna.

O avião foi revelado em uma cerimônia em Seattle, em Washington, apresentando os logotipos da magniX, da NASA e da Air Tindi, operadora aérea que cedeu o avião.
A apresentação do avião foi o mais recente desenvolvimento do programa que alcançou marcos substanciais em 2024:

  • fevereiro: a magniX obteve com sucesso a Revisão Preliminar do Projeto (PDR – Preliminary Design Review), estabelecendo o projeto para a modernização do DASH-7 com os motores elétricos da magniX;
  • abril: um motor elétrico magni650 completou a primeira fase de testes nas instalações da NEAT – NASA Electric Aircraft Testbed (banco de testes de aeronaves eletrificadas da NASA) em Sandusky, no Ohio, confirmando as capacidades excepcionais do EPU magni-650 em altitudes de até 27.500 pés; e,
  • junho: os testes de vôo de base de dados do DASH-7 (com motorização original) 7 foram concluídos, gerando dados importantes de desempenho antes da modificação (remotorização) com a tecnologia magniX

Na próxima fase do EPFD, um dos quatro motores à turbina originais da aeronave (Pratt & Whitney Canada PT6A-50, de 1.120 SHP) será substituído por um “trem de força” (powertrain) elétrico magniX – EPU magni-650 (de 650 kW) -, para campanha de vôo de teste planejados para 2026.

A etapa seguinte será a substituição de um segundo motor à turbina original por outro “trem de força” magniX, para nova rodada de testes de vôo. Espera-se que esta configuração reduza o consumo de combustível em até 40%.

“A magniX e a NASA estão demonstrando que o vôo sustentável pode ser realizado com a tecnologia que temos disponível hoje”, disse Ben Loxton, vice-presidente de EPFD e sistemas de armazenamento elétrico (ESS – Electric Storage System) da magniX. “O programa EPFD está acelerando sua adequabilidade para entrada em serviço, priorizando a segurança e os mais altos padrões de desempenho”, completou Loxton.

“À medida que o EPFD faz progressos notáveis, a magniX e a NASA estão provando a viabilidade da propulsão elétrica para vôos comerciais”, disse Reed Macdonald, CEO da magniX. “Integrar nossos revolucionários motores elétricos em um avião regional como o DASH-7 representa um grande passo em frente na introdução de soluções elétricas no negócio da aviação”, falou Macdonald.

“Nós da NASA estamos entusiasmados com o potencial do EPFD para tornar a aviação sustentável e mais acessível a mais comunidades do EUA”, disse Robert A. Pearce, administrador associado da Diretoria de Missões de Pesquisa Aeronáutica da NASA. “A propulsão elétrica híbrida em escala de megawatts acelera o progresso do EUA em direção a sua meta de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, beneficiando todos os que dependem do transporte aéreo todos os dias”, discorreu Pearce.

Hanneke Weitering, editora de ciência e tecnologia (Science & Technology) da mídia AIN, escreveu artigo, no dia 23, relativo ao lançamento pela magniX da próxima fase do programa EPFD – Electrified Powertrain Flight Demonstration (Demonstração de vôo por plataforma motora/trem de força eletrificada) da NASA.

“O projeto Demonstração de vôo por plataforma motora/trem de força eletrificada [EPFD], em parceria com a NASA, é um programa significativo para tornar o vôo elétrico uma realidade”, disse o CEO da magniX, Reed Macdonald, durante a apresentação do DASH-7, no Aeroporto Internacional de King County (também conhecido como Boeing Field), em Seattle.

Weitering divulga que a NASA concedeu à magniX (com sede em Everett, em Washington), em 2021, um contrato de US$ 74,3 milhões para o desenvolvimento de um sistema de propulsão elétrica para o programa EPFD. A AeroTec, sediada em Seattle, parceira de longa data da magniX, também está apoiando o projeto e ajudará a integrar os motores elétricos à fuselagem em sua instalação de testes de vôo em Moses Lake, no Estado de Washington, onde a campanha de testes de vôo com o DASH-7 será baseada.

A cia. aérea regional canadense Air Tindi forneceu o quadrimtor turboélice DHC-7 de 45 anos, que os parceiros do programa EPFD transformaram em um “banco de testes” experimental, com uma nova pintura vermelha e branca com logotipos da NASA, magniX e AeroTec e com cauda com o esquema de pintura tradicional da Air Tindi.

Com a aeronave revisada para condições de vôo e transformada para “banco de testes”, a equipe agora se prepara para a próxima fase do programa, na qual trocará um dos quatro motores à turbina (turboélice) PT6A-50 originais por uma unidade de propulsão elétrica (EPU) magni-650, da magniX. Os testes de vôo com a substituição de um motor estão programados para começar em 2026. Na segunda fase da campanha de testes de vôo, a aeronave terá uma segunda unidade de propulsão elétrica (EPU) magni-650 – como os motores externos. A equipe no projeto espera que esta configuração proporcione uma redução de 40% no consumo de combustível e nas emissões em comparação com a configuração original de motores à turbina (turboélice).

“Vamos liderar a transição para o futuro da aviação sustentável com tecnologia que neste momento amadureceu, está sendo demonstrada e [está] funcionando”, disse Macdonald. “O resultado final que esperamos é a entrada em serviço e vôos comerciais”, Macdonald completou.

Macdonald disse que a magniX prevê que o primeiro vôo comercial de uma aeronave elétrica acontecerá no eBeaver, um DHC-2 Beaver que a magniX adaptou com uma unidade de propulsão elétrica em parceria com a operadora canadense de hidroaviões Harbour Air.

A magniX e Harbour Air realizaram o primeiro vôo mundial de um avião comercial convertido para motorização totalmente elétrica em dezembro de 2019. A Harbour Air pretende eletrificar toda a sua frota com os motores magniX. Em abril, a Harbour Air assinou uma carta de intenções cobrindo a compra de 50 unidades de propulsão magni-650.

Através de parceria público-privada, a NASA pretende acelerar a adoção de aeronaves elétricas e híbridas-elétricas na aviação comercial, especialmente quando se trata de facilitar o processo de certificação da FAA. Os aprendizados da NASA com o programa EPFD serão disponibilizados publicamente para beneficiar a indústria de aviação em geral – com exceção da propriedade intelectual da magniX em torno da EPU (Eletric Power Unit – unidade de potência elétrica) magni-650, disse Ben Loxton, vice-presidente do programa EPFD da magniX para a AIN.

A magniX concluiu a revisão preliminar do projeto para o retrofit do DASH-7 em fevereiro e, em junho, concluiu os testes de vôo de base com a configuração original da motorização Pratt & Whitney PT6, para compor base de dados da condição original para fins de comparação com a configuração remotorizada (com EPU magni-650). Depois de substituir os motores por EPU magni-650, os técnicos compararão os novos dados de vôo com os dados coletados durante os testes de linha de base para avaliar o desempenho do “trem de força”.

O EPU magni-650 completou a primeira fase de testes em abril nas instalações da NEAT – NASA Electric Aircraft Testbed (banco de testes de aeronaves eletrificadas da NASA) em Sandusky, no Ohio. Durante os testes, o EPU magni-650 foi submetido a 800 volts e seu desempenho térmico foi avaliado em condições ambientais equivalentes à altitude de até 27.500 pés.

A magniX está incorporando suas próprias baterias Samson no trem de força no programa EPFD.

O EPU magni-650 também impulsionou o histórico primeiro vôo do novo avião Alice, de nove lugares, totalmente elétrico, da Eviation, em setembro de 2022.

O EPU magni-350 (de 350 kW) também impulsionou o primeiro vôo totalmente elétrico de um helicóptero Robinson R44 modificado. As unidades magni-500 (de 500 kW) voaram em duas aeronaves: um Cessna 208B Grand Caravan e um DHC-2 Beaver.

Em 2022, a magniX anunciou planos para desenvolver células de combustível de hidrogênio para complementar o seu portfólio de soluções de energia sustentável para a aviação. [EL]

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