Aeroporto de Macaé, no litoral norte do RJ, anuncia investimento de R$ 160 mi para construção de novo terminal de passageiros, para ficar pronto em 2023, junto com a ampliação do atual terminal, em 11.05.21


O aeroporto de Macaé (SBME), no litoral norte do RJ, receberá investimento de R$ 160 milhões para construção de um novo terminal de passageiros e ampliação do terminal já existente. O anúncio foi feito na manhã desta terça (11), em coletiva de imprensa realizada no aeroporto, pela ASeB Concessionária Aeroportos do Sudeste do Brasil S.A (da Zurich Airport Brasil), operadora do aeroporto por concessão de 30 anos, desde 2019.

A área construída terá 6.000 m², com uma arquitetura proporcionando a contemplação da paisagem e privilegiando iluminação natural, com acabamento em madeira e forro com acústica.

As obras de construção do novo terminal devem começar no próximo ano, segundo a concessionária, e a expectativa é de entrega em 2023.

Para o CEO da Zurich, Ricardo Gesse, o novo terminal vai beneficiar o desenvolvimento da região. “O aeroporto de Macaé é hoje o principal do Brasil no atendimento de operações offshore. Com o novo terminal, o setor terá uma infraestrutura ainda melhor, com a maior capacidade de pátio da região, além de outros benefícios”, disse Gesse.

Atualmente, 90% das operações no aeroporto são referentes ao setor de petróleo/gás offshore, da bacia de Campos.

“É um novo momento no desenvolvimento de Macaé. O projeto completo e com um conceito de aeroporto moderno traz uma conexão ainda maior com a cidade. Agora, é trabalhar para ofertar vôos comerciais com passagens mais baixas e possibilitar que ainda mais negócios se instalem na região”, disse o prefeito de Macaé, Welberth Rezende.

Para o Macaé Convention & Visitors Bureau, a ampliação é uma oportunidade de atrair novos públicos para a cidade. “Hoje, nosso turismo de lazer é majoritariamente rodoviário. Com o aeroporto, temos perspectiva de ampliar esse cenário. É um momento não só de esperança, mas de confiança no potencial que a cidade possui”, disse a presidente Isabela Tuñas.

Com a criação do novo terminal e ampliação do atual, aeronaves de maior porte poderão pousar e decolar no espaço, possibilitando vôos com mais passageiros. As obras de aumento de área de terminal de passageiros integram um plano de ações que também compreende aumento da capacidade de pátio e extensão da atual pista, ampliando sua capacidade de receber aeronaves comerciais de grande porte.

Atualmente, os vôos comerciais com destino a Macaé podem operar com aeronaves de até 70 passageiros, cuja capacidade poderá ser aumentada.

Informações aeronáuticas:
O Aeroporto de Macaé (22º20’34S”/041º45’50”W, a 85 MN a NE do RJ), juntamente com o aeroporto de Vitória/ES (a 150 MN a NE de Macaé), integrou o Bloco Sudeste, na concessão para iniciativa privada no leilão da 5ª rodada de concessões, realizado no dia 15 de março de 2019. O bloco foi arrematado pela Zurich Airport Latin America por R$ 437 milhões, com ágio de 830% em relação ao lance mínimo inicial.

A Zurich Airport também opera o aeroporto de Florianópolis, em Santa Catarina.

Na Portaria nº 3.813/SIA, de 10/12/2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 12/12/2019 (seção 1, página 125), vigorando a partir de 20/12/2019, a Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária (da ANAC) concedeu Certificado Operacional de Aeroporto (COA) provisório à ASeB Concessionária Aeroportos do Sudeste do Brasil S.A. como operadora do Aeroporto de Macaé (OACI SBME/ANAC-CIAD RJ0004). Conforme a Portaria, o aeroporto certificado operará com as seguintes especificações operativas:
I – Geral:
(a) Código de referência: 2C;
(b) O aeroporto pode ser utilizado regularmente por quaisquer aeronaves compatíveis com o código de referência 2C ou inferior;
(c) Tipo de operação por pista/cabeceira:
      cabeceira 06: VFR / IFR – Não-precisão – diurna/noturna
      cabeceira 24: VFR / IFR – Não-precisão – diurna/noturna
(d) Categoria Contraincêndio do Aeródromo – CAT: 3 (três);
(e) Autorizações de Operações Especiais: Operações da aeronave ATR-72.
II – Restrição a classes e tipos de aeronaves: não há
III – Restrição aos serviços aéreos: não-aplicável
IV – Restrições operacionais: operações da aeronave ATR-72 somente em Condições Meteorológicas Visuais (VMC) e com ACN, compatível conforme regulamento, com PCN.

A nova Portaria revogou a Portaria nº 3.343/SIA, de 28/10/2019, publicada no DOU de 30/10/2019 (seção 1, página 44), de renovação do COA para a INFRAERO (operadora anterior).

Na Portaria nº 3.766/SIA, de 17/12/2020, publicada no DOU de 18/12/2020 (seção 1, página 81), a Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária concedeu a renovação por 12 meses o Certificado Operacional de Aeroporto (COA) provisório à ASeB Concessionária Aeroportos do Sudeste do Brasil S.A. como operadora do Aeroporto de Macaé. A nova Portaria entrou em vigor em 19/12/2020.

Conforme ROTAER, o aeroporto (ao NMM – 8 pés) tem pista (06/24) de 30 x 1.200 m., de asfalto, com resistência de pavimento PCN 19 e resistência de subleito baixa. As duas cabeceiras são dotadas de sistema de indicação de rampa PAPI. As distâncias “declaradas” são:
– pista 06: TORA/ASDA/TODA = 1.200 m. e LDA = 1.200 m.
– pista 24: TORA/ASDA = 1.100 m / TODA = 1.200 m. e LDA = 1.200 m.

O aeroporto tem homologação para operação VFR e IFR diurna e noturna. O aeroporto opera 24H, sendo controlado parte do dia, de 09:00-21:00Z (06:00-18:00LT), e operando com serviço de informação de tráfego aéreo de aeródromo (com AFIS/Rádio) entre 21:00-09:00Z (18:00-06:00LT), diariamente, ambos serviços da INFRAERO. O circuito de tráfego é à altitude mínima de 1.500 pés (para aeronaves CAT A, B e C). As operações IFR contam com procedimentos de navegação convencional (por auxílio VOR/DME “MCA” – 22º20’40,2S/041º46’08,4W) e navegação por satélite (com procedimentos GNSS-RNAV e RNAV-RNP), para as duas cabeceiras.

ROTAER informa a existência de quatro obstáculos, sem iluminação, sendo 03 chaminés (juntas, em um conjunto) a NE e uma torre de rádio-transmissão, todos juntos do eixo prolongado da pista:
[1] chaminé não-iluminada com elevação de 94,24 m. (309 pés), nas coordenadas 22º17’21”S/041º43’31”W – a 3,9 MN do aeródromo, no RM 057º (ou a 4,1 MN na radial VOR MCA 060º)
[2] chaminé não-iluminada com elevação de 101,50 m. (333 pés), nas coordenadas 22º17’22”S/041º43’25”W – a 3,9 MN do aeródromo, no RM 058º (ou a 4,2 MN na radial VOR MCA 061º)
[3] chaminé não-iluminada com elevação de 101,50 m. (333 pés), nas coordenadas 22º17’22”S/041º43’23”W – a 3,9 MN do aeródromo, no RM 059º (ou a 4,2 MN na radial VOR MCA 061º)
[4] torre de rádio-transmissão não-iluminada com elevação de 116,59 m. (383 pés), nas coordenadas 22º22’34”S/041º47’29”W – a 2,5 MN do aeródromo, no RM 241º (ou a 2,3 MN na radial VOR MCA 237º), sendo um obstáculo “alto” considerando sua posição e perfil vertical de aproximação.
Esta torre [4] com elevação de 116,59 m./383 pés (375’/114,3 m. AAL) dista 2,1 MN da cabeceira 06, desviada em cerca de 3º do eixo prolongado da pista (06/24), uma distância transversalmente de 203,5 m. -, por exemplo, cerca de 342 pés abaixo de ponto numa rampa de aproximação (da pista 06) usual de 3º. Por exemplo, o procedimento VOR pista 06, com perfil com curva-base, tem segmento de afastamento na radial 201ºº até 8 DME, para um segmento de aproximação no curso 051º (RDL 231º), curva-base para direita nivelada a 1.700 pés, com FAF (a 5 DME) à altitude mínima de 1.650 pés. Na Aproximação final (com rampa de 3º/5,2%), no través do obstáculo/torres (a 445 m. de distância), na rampa prevista, a aeronave deverá estar à altitude mínima de 1.076 pés (ie, 347 pés acima do topo do obstáculo).

Vista geral da área do aeroporto, com os obstáculos plotados:

O tempo máximo de permanência no pátio (parqueamento) de aeronaves é de 04 horas. Operadores de aeronaves não-cadastrados junto à operadora aeroportuária deverão consultar previamente a capacidade do pátio de estacionamento ao centro de controle operacional (CCO). Em caso de operações de aeronaves não-baseadas no aeroporto entre 22:00-10:00Z (19:00-07:00LT), a operadora aérea deverá contatar previamente a operadora aeroportuária.