NAV Brasil divulga a implementação do procedimento “Decolagens Paralelas Dependentes” no Aeroporto de Guarulhos/SP, em 05.11.24
Em nota no dia 31 no seu portal, a NAV Brasil divulgou que, a partir do dia 04, controladores de tráfego aéreo da Torre de Controle do aeroporto de Guarulhos/SP (SBGR) poderão otimizar as decolagens do aeroporto por meio de um novo procedimento denominado “Decolagens Paralelas Dependentes”, uma inovação operacional que permitirá a partida de um maior número de vôos em um menor intervalo de tempo e que representará um novo marco de eficiência para o aeroporto.
Essa iniciativa faz parte do Projeto AGILE, criado pelo DECEA em 2017, que visa aumentar a eficiência e a segurança nas operações aéreas, desde a redução do tempo de táxi até a otimização do fluxo de pousos e decolagens. Outros ganhos imediatos dessa iniciativa são: diminuição no consumo de combustível das aeronaves, melhoria no gerenciamento do tráfego aéreo, economia de tempo para todos os envolvidos, bem como a significativa redução da emissão de CO2 na atmosfera.
O coordenador do Projeto AGILE no aeroporto de Guarulhos, o major aviador Alexandre Gonçalves de Carvalho, explica que, “devido à separação entre os eixos das pistas [no aeroporto de Guarulhos] ser inferior a 760 m., não se pode aplicar os critérios já previstos em regulamentação nacional para Decolagens Paralelas Independentes, operação que ocorre no Aeroporto de Brasília [SBBR]”.
“Estamos confiantes de que essa conquista trará benefícios diretos para os usuários, proporcionando maior agilidade nas operações e reforçando a segurança operacional, que é sempre a nossa prioridade”, destaca Aderlei Nunes de Lima, gerente da Dependência da NAV Brasil em Guarulhos.
Para implantar essa medida, o efetivo da NAV Brasil na Torre de Guarulhos passou por treinamento operacional em ambiente simulado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA).
Segundo o controlador Daniel Affonso Rego Ramos, com mais de 25 anos de experiência naquela localidade, esse inédito procedimento de decolagem “poderá ser utilizada em momentos de maior desbalanceamento entre pousos e decolagens, onde as duas pistas poderão ser utilizadas de maneira quase simultânea, para agilizar o fluxo de saídas”.
Ao parabenizar a equipe da NAV Brasil em Guarulhos, o gerente de Serviços de Navegação Aérea, Makson Rocha Lima, reforça que o novo procedimento “está em conformidade com os mais rigorosos padrões internacionais de segurança e gestão de tráfego aéreo, assegurando operações ainda mais seguras e eficientes”, e destaca que os profissionais da Torre de Guarulhos passam a contar com mais uma importante ferramenta para manter a excelência na prestação dos serviços de navegação aérea geridos pela NAV Brasil.
Com duas pistas paralelas (10/28), de 3.700 m. e de 3.000 m., separadas entre os eixos 375 m., o aeroporto de Guarulhos é o mais movimentado do Brasil.
Conforme dados do CGNA, em 2024, até junho, Guarulhos operou 139.794 movimentos (pousos e decolagens) – uma média/mês de 23.299 movimentos. Até setembro (com 24.109 movimentos, 1° no ranking nacional), operou 216.083 movimentos – uma média/mês de 24.009,22 movimentos.
Em setembro, com 24.109 movimentos, 1° no ranking nacional (à frente de Congonhas, com 19.254 mov., e de Brasília, com 13.077 mov.), no dia de maior movimentação foram 866 movimentos (pousos e decolagens), com média/dia de 803 movimentos.
Em 2023, Guarulhos registrou 276.809 movimentos, com alta de 12,9% sobre a movimentação de 2022, na primeira posição do ranking nacional, à frente de Congonhas, com 232.374 movimentos, e de Brasília, com 148.776 movimentos, e de Campinas, com 126.113 movimentos. A movimentação média diária foi de 759 movimentos (versus 672 mov./dia em 2022). A movimentação por pistas (10/28) e cabeceiras, somando 274.100 movimentos (99% da movimentação total):
– pista 10L/28R = 102.752 mov. (37,5%) cabeceira 10L e 31.833 mov. (11,6%) cabeceira 28R, somando 134.585 mov. (49,1%).
– pista 10R/28L = 105.887 (38,6%) cabeceira 10R e 33.628 mov. (12,3%) cabeceira 28L, somando 139.515 mov. (50,9%).
Os dados revelam balanceamento no uso das pistas e cabeceiras. E a predominância das cabeceiras 10 (com 76,1% da utilização) sobre as cabeceiras 28 (23,9%).