NASA testa tecnologia de vigilância de tráfego aéreo utilizando Pilatus PC-12 com equipamento de última geração para coletar dados ADS-B, em 11.02.25

Com a entrada de táxis-aéreos, drones de entrega e outras aeronaves de última geração no Sistema Nacional de Espaço Aéreo (NAS) do EUA, a capacidade dos sistemas de comunicar a localização de uma aeronave se tornará cada vez mais crítica para garantir a segurança do tráfego aéreo.
A FAA exige que as aeronaves façam isso em tempo real usando um sistema Automatic Dependent Surveillance-Broadcast (ADS-B) instalado.
A agência NASA está avaliando a capacidade de um sistema ADS-B de evitar colisões em um ambiente urbano simulado usando seu próprio avião Pilatus PC-12. Os pesquisadores estão analisando como o seu sistema ADS-B lida com as demandas de aeronaves de táxi-aéreo voando em baixas altitudes pelas cidades.
O desafio é que em áreas urbanas a cobertura do sinal pode ser irregular e em áreas densamente povoadas os sinais ADS-B podem ser perdidos devido à interferência ou distância. Como resultado, essas aeronaves tornam-se menos “visíveis” para o controle de tráfego aéreo (ATC), bem como outras aeronaves na área, aumentando a probabilidade de uma colisão.
Pesquisadores da NASA criaram uma zona de teste para simular condições em uma área de vôo urbano no seu Centro de Pesquisa de Vôo em Edwards, Califórnia – Armstrong Flight Research Center -, em setembro de 2024. Então os pesquisadores voaram o PC-12, com equipamentos de última geração instalados para testar e avaliar sistemas de comunicação, navegação e vigilância, em um padrão de grade sobre quatro estações ADS-B e coletaram dados de vários locais e configurações terrestres. Usando essa metodologia, os pesquisadores foram capazes de identificar onde ocorreram quedas de sinal das estações terrestres estrategicamente posicionadas em relação à altitude e distância da aeronave da estação. Esses dados serão usados para informar e orientar o posicionamento futuro de estações terrestres adicionais para melhorar a cobertura do sinal.
Brad Snelling, engenheiro-chefe da equipe de teste de veículos para o projeto Air Mobility Pathfinders (Desbravadores da Mobilidade Aérea), da NASA, explicou: “Como todas as antenas, aquelas usadas para recepção de sinal ADS-B não têm um padrão constante. Existem certas áreas onde o terreno bloqueará os sinais ADS-B e, dependendo do tipo de antena e das características do local, também há ângulos de elevação de vôo onde a recepção pode causar quedas de sinal. Isso significaria que precisamos colocar estações terrestres adicionais em vários locais para aumentar o sinal para futuros vôos de teste. Podemos usar os resultados do teste para nos ajudar a configurar o equipamento para reduzir a perda de sinal quando conduzirmos futuros testes de vôo de táxi-aéreo”. [EL]