Pesquisa de vendas de combustível por FBO em 2024 do ABSG – Aviation Business Strategies Group mostra vendas de combustível estagnadas em 2024, com causas-raiz a retração da atividade de vôo dos segmentos do transporte particular (-91) e por fretamento (-135), em 26.03.25
Em post no dia 25 na plataforma online da mídia, o editor-sênior da AIN Curt Epstein repercutiu que o ABSG – Aviation Business Strategies Group (Grupo de Estratégias da Aviação Executiva) divulgou a edição 2024 da sua Annual FBO Fuel Sales Survey (Pesquisa anual de vendas de combustível por FBO – provedores de serviços de suporte em aeroportos), lançada na véspera da Conferência de Planejadores e Despachantes da NBAA em Nova Orleans, entre os dias 25 e 27.
O ABSG vem conduzindo essa pesquisa desde 2014 para tomar o pulso do mercado de FBO.
Enquanto 7% dos entrevistados na pesquisa do ABSG deste ano indicaram que viram as vendas de combustível aumentarem em mais de 8% em relação a 2023, 13% dos entrevistados indicaram alta nas vendas entre 5% e 8%; na sequência, 22% dos pesquisados tiveram vendas com alta de 1% a 4%, na comparação ano x ano. Assim, 42% dos pesquisados reportaram alta de vendas. Outra parcela de 22% reportou vendas de combustível estáticas, a maior resposta nesta categoria na história da pesquisa. Por outro lado, 36% dos pesquisados reportaram queda nas vendas. Assi, no geral, 58% dos entrevistados viram uma redução ou nenhuma mudança em suas vendas de combustível — o mesmo total dessas categorias que os diretores do ABSG John Enticknap e Ron Jackson observaram nos resultados anteriores comparando 2023 com 2022.
“Após uma recuperação robusta nas vendas de combustível em 2021 após a pandemia, vimos uma deterioração gradual nas vendas de combustível na maioria dos mercados geográficos”, disse Enticknap. “Os resultados da nossa pesquisa recente indicam que a indústria entrou em um período de estagnação, onde os altos e baixos parecem estar se nivelando”, completou Enticknap.
Quando questionados sobre o que viam como fatores contribuintes para o “mal-estar” da estagnação de vendas (na parcela de 58%), os entrevistados listaram várias questões, como aeronaves maiores e mais eficientes capazes de tancagem, o aumento do custo de propriedade de aeronaves, o que força os clientes marginais a sair do mercado e o aumento do custo de adicionar mais espaço de hangar para expandir a receita na base de cliente.
“Além disso, vários entrevistados indicaram que houve uma desaceleração acentuada no tráfego de aeronaves do PART-91 [transporte particular], que tem sido em grande parte o ganha-pão de seus negócios”, explicou Jackson.
Dados da Argus International reforçam esta última hipótese: os vôos executivos diminuíram pelo segundo ano consecutivo. Em 2024, a atividade do segmento por fretamento (PART-135) caiu 3,5%, enquanto o segmento do transporte particular (PART-91) diminuiu 4,8%.
A pesquisa do ABSG também tenta avaliar a confiança dos entrevistados na economia, perguntando se acreditam que a economia está seguindo na direção certa. Na pesquisa deste ano, a maioria (43%) indicou que estava indecisa sobre a direção, enquanto 20% responderam negativamente.
Sobre o tópico de adicionar espaço de hangaragem, 52% dos pesquisados disseram que não construiriam hangares, enquanto 27% planejam adicionar hangares em grandes caixas ou comunitários, 8% disseram que aumentariam o número de hangares em “T” e os 13% restantes indicaram que pretendem adicionar ambos modelos.
Por fim, o ABSG pediu aos entrevistados que listassem suas cinco principais preocupações do setor. Entre as listadas estão [1] preocupações regulatórias e problemas de conformidade, [2] treinamento e rotatividade de pessoal, [3] aumento do custo de melhorias no aeroporto, [4] custos operacionais crescentes, como salário e seguro, e [5] relutância dos locatários em pagar aluguéis mais altos para sustentar o retorno do investimento em melhorias. [EL] – c/ fonte
