Alertas de Espaço Aéreo são emitidos com a escalada do conflito Índia-Paquistão, e especialistas em segurança alertam para os perigos de abates de aeronaves civis, em 11.05.25


Em post no dia 07 na plataforma on line da mídia, o editor-chefe da AIN Charles Alcock repercutiu efeitos da escalada do conflito Índia-Paquistão.

Alcok escreveu que o governo do Paquistão fechou seu espaço aéreo na madrugada do dia 07 em resposta à escalada do conflito militar com a Índia. O fechamento inicial de 48 horas já havia sido antecipado por diversas cias. aéreas regulares, que vinham evitando o espaço aéreo paquistanês, bem como algumas partes do noroeste da Índia, desde que a Força Aérea Indiana começou a bombardear o que alegou serem bases terroristas no Paquistão e em partes da Caxemira.

Com o início da Operação “Sindoor”, da Índia, na noite do dia 06, o governo do Paquistão proibiu todas as aeronaves com marca de sua nacionalidade em seu espaço aéreo. Na semana passada, o governo paquistanês fechou seu espaço aéreo para aeronaves com matrícula indiana, alegando ter “informações confiáveis” sobre uma ação militar iminente.

No dia 07, o governo do Paquistão divulgou que 57 vôos internacionais operavam no espaço aéreo do país quando os ataques aéreos indianos começaram.

Em 30 de abril, a Dyami Security Intelligence (especialista holandesa de inteligência de segurança e gestão de riscos, planos de previsão geopolítica, segurança em viagens de funcionários e serviços de segurança) emitiu um alerta solicitando aos operadores de aeronaves que não sobrevoassem o Paquistão e evitassem viagens para as regiões de Jammu e Caxemira. Naquela ocasião, a Autoridade de Aviação Civil do Paquistão já havia emitido uma Instrução fechando partes das regiões de informações de vôo de Lahore e Karachi.

Vários aeroportos no Paquistão foram fechados desde o início da ofensiva militar no dia 06. Entre outros, estão os aeroportos de Islamabad (OPIS), Lahore (OPLA), Sialkot (OPST), Gilgit (OPGT) e Skardu (OPSD).

Enquanto isso, a equipe de segurança da Osprey Flight Solutions alertou que o conflito armado Índia-Paquistão deve continuar, incluindo o uso de foguetes não-guiados e fogo de artilharia, lançamentos de mísseis guiados e ataques aéreos.

Após o Paquistão alegar ter abatido cinco caças indianos, a Osprey Flight Solutions (especialista britânica de segurança e avaliação de risco para operações aéreas) afirmou que novos abates devem ser esperados de ambos os lados, incluindo o uso de mísseis terra-ar.

Segundo a Osprey, nenhum dos principais órgãos reguladores da aviação civil emitiu até o momento avisos específicos de zona de conflito para todos os níveis de vôo sobre o Paquistão.

Em janeiro, a EASA alterou seu Aviso de Zona de Conflito (Conflict Zone Notice), limitando os avisos a duas áreas próximas à fronteira com o Afeganistão, mas não abrangendo os pontos focais do atual engajamento militar. Alemanha e França possuem avisos de zona de conflito abrangendo todo o espaço aéreo paquistanês, mas apenas até o FL260.

O novo conflito geopolítico no mundo, entre Índia e Paquistão, dois países com história de conflitos, foi desencadeado por um ataque em 22 de abril na parte da Caxemira administrada pela Índia, no qual 26 civis foram mortos. Segundo a Índia, o ataque foi cometido por militantes apoiados pelo Paquistão em uma área disputada.
[EL] – c/ fonte