Secretaria de Aviação Civil (SAC) faz visita de “acompanhamento de investimentos” no Aeroporto de Confins (MG), dentro de uma rodada de vistorias nos principais terminais aeroportos brasileiros que operam sob regime de concessão, em 17.05.25

 

Em nota postada no dia 14 no seu portal institucional, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) divulgou que equipe da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) visitou o Aeroporto Internacional de Confins/Tancredo Neves (SBCF), na região metropolitana de Belo Horizonte/MG, para uma reunião de acompanhamento de investimentos.

A visita faz parte de uma rodada de vistorias que a SAC fará nos principais aeroportos brasileiros que operam sob regime de concessão.

O Aeroporto de Confins/Tancredo Neves é administrado pela BH Airport, cujo contrato de concessão (de 30 anos) se encerra em 2044. O Aeroporto de Confins/BH Airport é administrado por uma concessão formada pelo Grupo CCR e Zurich Airport, com  participação de 51%, e pela INFRAERO, com participação de 49%.

O terminal aéreo já investiu R$ 1 bilhão desde 2014, início da concessão, entre outras ações com a reforma do Terminal de Passageiros (TPS) 1 (iniciada em 2012, pela INFRAERO), a ampliação do terminal de passageiros com a construção de TPS-2 (contíguo ao TPS-1), que ampliou a capacidade do aeroporto para 32 milhões de passageiros/ano, a  pista de pouso e decolagem estendida (de 3.000 m. para 3.600 m., com aumento pela cabeceira 34), instalação de sistema ILS para pista 34, instalação de 17 pontes de embarque, acessos viários e melhorias no estacionamento, e apresenta uma das melhores recuperações de movimentação no período pós-pandemia.

O aeroporto pode ser utilizado regularmente por quaisquer aeronaves compatíveis com o RCD 4E ou inferior.

Operadores da aviação geral com o aeroporto como destino devem solicitar autorização à BH Airport em até 01 hora de antecedência da sua operação por preenchimento de formulário eletrônico através do site BH Airport, Após o recebimento da solicitação-formulário, o Centro de Operações Aeroportuárias (APOC) enviará para o e-mail cadastrado na solicitação à Autorização da Operação. Quando necessário, o APOC solicitará ajustes nas informações e essas deverão ser regularizadas em até no máximo 30 minutos antes da operação, caso contrário a solicitação será cancelada.

O secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, destacou o empenho do Governo Federal em garantir condições para que as concessionárias que gerenciam os terminais aéreos tenham capacidade de investir em melhorias na prestação do serviço aos passageiros. “Sabemos da importância do setor aeroviário como catalisador do desenvolvimento socioeconômico nacional e fazemos questão de acompanhar de perto como está a aplicação de recursos nos aeroportos, observando se o que é investido retorna em geração de emprego, de renda e em melhoria na qualidade do serviço que é oferecido”, analisou Franca.

Para o futuro, a gestão do aeroporto aposta nos resultados do estudo de vocação realizado em áreas do sítio aeroportuário que indicam quais tipos de investimentos podem ser realizados para transformar o aeroporto em um espaço multi-serviço.

“O conceito de Aeroporto-Indústria foi aplicado em Confins e aguardamos atualizações na regulamentação para destravar todo o potencial. Empresas que atuam no local recebem a matéria-prima importada, realizam a transformação na área do terminal e em seguida remetem para exportação, tudo no entreposto industrial e integrado com a Receita Federal; um modelo que precisa ser atualizado para se tornar cada vez mais atrativo aos investidores”, salientou Franca.

Além do entreposto industrial, a gestão de Confins apresentou à SAC a iniciativa “Aerotrópolis”. A proposta prevê a instalação de projetos no sítio aeroportuário que vão desde novos galpões logísticos e business park até a construção de outlet e supermercado.

“Em 2024 tivemos uma movimentação de 12,3 milhões de passageiros e temos capacidade para movimenta quase o triplo deste número, temos um bom potencial para ser explorado”, registrou o CEO da BH Airport, Daniel Miranda.

Em abril, o BH Airport divulgou que encerrou o 1T25 com recorde em movimentação de passageiros e carga.

No trimestre, foram 3,1 milhões de passageiros que circularam pelo aeroporto, representando um crescimento de 18% em relação ao mesmo período no ano passado (1T24). O resultado se destaca no cenário nacional: considerando a comparação do primeiro trimestre de 2025 sobre 2024, o setor em Minas Gerais cresceu duas vezes mais do que a média do mercado em outros Estados (8%).

Nos três primeiros meses do ano, foram 28.070 movimentos (pousos e decolagens), um aumento de 15% sobre 2024, cerca de 25% do movimento total de 2024.

No ano de 2024, foram 114.177 movimentos, colocando o aeroporto na quinta (5ª) posição no ranking nacional de movimentação de aeronaves, com aumento de 15,4% sobre o ano de 2023, com 98.958 movimentos, sexta (6ª) posição no ranking nacional; no ano de 2022, foram 91.218 movimentos, e sexta (6ª) posição no ranking nacional.

Em 2024, 94.011 movimentos (82%) foram na pista 16 enquanto 20.157 movimentos (18%) foram na pista 34. A pista 16/34 tem 3.600 m. sem restrição para distâncias operacionais de decolagem e pouso.

Nos três últimos anos (2022 a 2024), a aviação comercial responde por 98% da movimentação do aeroporto, com a aviação geral respondendo pelos 2% restantes.

O “Hub Logístico Multimodal” da BH Airport também fechou 1T25 com crescimento. Nesse período, o terminal recebeu mais de 7 mil operações de importação e exportação de cargas, um salto de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o valor das cargas importadas também aumentou significativamente: R$ 4,3 bilhões, um salto de 62% ao valor no 1T24, de R$ 2,7 bi.

O “Hub Logístico Multimodal” é o único recinto alfandegado de Minas Gerais com fiscalização disponível 24 horas. São 12 mil m² de área alfandegada, 300 m² de armazém de cargas perigosas; 3.131 m² de câmaras frias com setup personalizado de -18°C a +22°C e qualificação térmica; e 11 posições para estacionamento de aeronaves cargueiras. O terminal recebe cargas de diversos países no mundo e, entre os países de origem mais representativos estão Estados Unidos, China, Alemanha, Itália, Holanda e França. Entre os setores com maior demanda estão “Ciência da Vida”, com cargas como vacinas e medicamentos, mineração e automotivo.

Em 2024, o terminal recebeu mais de 30 mil operações de importação de cargas, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior.

Em andamento no aeroporto, as obras na área de restituição de bagagem devem tornar mais ágil o fluxo de passageiros durante o desembarque quando forem concluídos.

Por meio da concessionária, o Governo Federal investe R$ 8 milhões no trabalho de ampliação do espaço.