MPOR prevendo alta de 12% da movimentação de passageiros na edição 2025 do Festival Folclórico de Parintins (AM), atendida por operação especial a carga de vários órgãos de governo, em 13.06.26

O Aeroporto Júlio Belém (SWPI), em Parintins (AM) se prepara para uma operação especial durante o 58º Festival Folclórico da cidade, um dos maiores eventos culturais do país. Entre os dias 25 de junho e 1º de julho, a expectativa é de que mais de 20 mil passageiros passem pelo terminal. O número a ser recorde equivale um crescimento de quase 12% em relação ao mesmo período de 2024, quando 17.882 passageiros utilizaram o aeroporto.
Localizada a 370 km (198 MN) a leste de Manaus, Parintins tem cerca de 102 mil habitantes.
O aumento expressivo na movimentação exige infraestrutura reforçada e operações ainda mais eficientes.
Durante o Festival, período em que Parintins se transforma no “epicentro” da cultura amazônica, o aeroporto intensifica sua operação para receber turistas de todas as regiões do Brasil e do exterior.
Para o período do Festival, a malha aérea reforçada tem o apoio da ANAC, INFRAERO, demais órgãos do Governo Federal e de companhias aéreas, assegurando que o terminal opere com segurança, agilidade e eficiência diante do aumento no fluxo de passageiros.
O CINDACTA-IV, unidade subordinada ao DECEA, prepara uma estrutura especial para prover os serviços de navegação aérea durante o Festival de Parintins. A missão, realizada pelo DECEA, por meio do CINDACTA-IV, visa garantir a proteção do espaço aéreo do município para que turistas e torcedores possam viajar em segurança durante o período festivo.
No dia 22 de maio, o DECEA divulgou que o CINDACTA-IV realizou, à véspera (21), uma reunião para definir ações que serão executadas durante a Operação Parintins 2025, que terá duração de 12 dias, com início no dia 19/06 e finalizará após o festival, no dia 01/07.
Participaram também da reunião o prefeito de Parintins, Mateus Assayag, o Capitão S. Carvalho, da Casa Militar, o vereador de Parintins Telo Pinto, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, além de representantes dos Bois-Bumbás Caprichoso e Garantido, da transportadora aérea Azul Linhas Aéreas, do aeroporto Júlio Belém, localizado no município de Parintins, de empresas de táxi-aéreo (RBAC-135) do Amazonas.
“A reunião de coordenação serviu para informar aos participantes as regras que estarão em vigor no período do festival. O aeródromo normalmente opera com três movimentos aéreos semanais, mas no período festivo pode chegar a quase 100 movimentos diários”, destacou o chefe da Divisão Técnica do CINDACTA-IV, tenente-coronel engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima.
A equipe do CINDACTA-IV chegará à Ilha a partir do dia 09 de junho, a fim de coordenar a instalação de todos os equipamentos necessários para o sucesso da operação.
Durante o encontro foi esclarecido que os controladores passarão por um treinamento simulado no CINDACTA-IV. Em seguida, desembarcarão na ilha no dia 16 de junho, quando será finalizado o treinamento in loco, e a partir do dia 19, data do início da operação, todos os profissionais envolvidos estarão prontos para prestar o serviço aos aeronavegantes, garantindo a segurança do espaço aéreo na região.
Foi tratado também sobre os Avisos aos Aeronavegantes (NOTAM), que terão informações essenciais para a segurança e regularidade da navegação aérea, com todas as alterações ou restrições que estarão em vigor durante o festival.
Relação de (12) NOTAM expedidos atendendo o Festival:
- G0970/25N – regra de tempo de permanência de aeronave no pátio
- G0975/25N – regra de horário de provimento e tipos de serviços de meteorologia de aeródromo.
- G0976/25N – regra de implantação da Torre Parintins – horário de provimento de serviços de controle de tráfego aéreo de aeródromo e Área de Controle (CTR Parintins).
- G0981/25N – regra de implantação de serviço de controle de tráfego aéreo de aeródromo/movimento de aeronave solo – horário de provimento do serviço
- G0983/25R – instalação de sistema AVASIS na cabeceira 06.
- G0984/25N – implementação de procedimento de controle de fluxo de aeronaves decolando de Parintins (SWPI), com destino de [1] Manaus/Eduardo Gomes (SBEG), [2] Manaus/Base Aérea de Ponta pelada (SBMN), [3] Manaus/Flores (SWFN), [4] Tefé (SBTF) e [5] Santarém (SBSN), que voarem acima FL145 (ie, em regra IFR), por meio de 5 rotas preferenciais (sendo duas para Manaus, duas para Tefé e uma para Santarém).
- G0985/25N – implementação de procedimento de controle de fluxo de aeronaves decolando de [1] Manaus/Eduardo Gomes (SBEG), [2] Manaus/Base Aérea de Ponta pelada (SBMN), [3] Manaus/Flores (SWFN), [4] Tefé (SBTF) e [5] Santarém (SBSN), com destino de Parintins (SWPI), que voarem acima FL145 (ie, em regra IFR), por meio de 5 rotas preferenciais (sendo duas para Manaus, duas para Tefé e uma para Santarém).
- G0995/25N – implantação de CTR Parintins, com área circular de raio de 27 MN do aeródromo, da superfície ao FL145, como Espaço Aéreo Classe D, e fixos de posições de controle para tráfego partindo e aproximando do aeródromo.
- G1024/25N – implementação de procedimentos de chegada/aproximação com rotas especiais para tráfego de aeronaves VFR (com alt. máx. de 1.500 pés AGL), para ingresso na CTR Parintins
- G1086/25N – regra de código transponder 7600 e prosseguimento de vôo para aeródromo alternativo para caso de falha de comunicação com Torre Parintins de aeronave com destino de Parintins
- G1127/25N – regra de compulsoriedade de contato com Centro (ACC) Amazônico por aeronave com destino de Parintins (SWPI).
- G1210/25N – informação da classificação de “Aeroporto Coordenado” – com regras específicas para operação no aeródromo condicionada com a disponibilidade de atendimento em função da infraestrutura instalada no aeródromo, sendo requerida pedido de atendimento, com antecedência mínima de 04h30m e máxima de 120 horas (5 dias) da hora desejada da operação, à Central Integrada de Slots (CIS), do CGNA/DECEA.
A Operação Parintins 2025, coordenada pelo tenente-coronel Luiz Mário de Arruda Victório Júnior, contará com militares divididos em 2 equipes: técnica e operacional. Serão 12 profissionais técnicos das especialidades elétrica e eletrônica e 15 controladores de tráfego aéreo que trabalharão numa escala ininterrupta com turnos de 12 horas, cujo objetivo é prestar serviço contínuo às empresas aéreas e aeronavegantes que vão operar no Festival. Estarão envolvidos na operação também profissionais das áreas administrativa e logística, somando 38 militares.
A expectativa é que haja a movimentação de mais de 1.000 vôos nos dias que antecedem o 58º Festival Folclórico de Parintins.
No ano passado, cerca de 980 vôos foram registrados ao longo dos 12 dias da operação.
Em 2024, durante a 57º Festival Folclórico de Parintins (de 28 a 30 de junho), foram replicadas diversas ações pelo CINDACTA-IV, como a implementação e execução dos serviços de Controle de Aproximação (APP), de Torre de Controle (TWR), de Sistema de Comunicação (VHF e SITTI) e de Estação Meteorológica de Superfície Tática (EMS-T), considerados imprescindíveis para a segurança das operações aéreas. No total, participaram da operação 35 militares, envolvendo as áreas técnica e operacional. Profissionais das especialidades de controle de tráfego aéreo, elétrica, eletrônica e engenharia prestaram um serviço contínuo às empresas aéreas e aos aeronavegantes durante o evento.
Em 12 dias de operação, foram registrados 980 tráfegos aéreos controlados, considerado mais de 20% de crescimento em relação ao último festival realizado em 2023. Mais de 12 mil passageiros foram transportados durante o período do evento.
No dia 01 de julho, foram contabilizados 172 movimentos aéreos, sendo o maior registro na história do aeródromo. “Atingimos um novo recorde em 57 anos de festival, marca que enaltece ainda mais o trabalho do corpo técnico, administrativo e operacional do CINDACTA-IV”, ressaltou o coordenador da missão, tenente-coronel aviador Luiz Mario de Arruda Victorio Junior.
No período de ativação do APP e da TWR, 64% das aeronaves que pousaram no aeroporto de Parintins utilizaram o Procedimento por Aproximação de Performance de Navegação Requerida (RNP) sob regras de vôo por instrumentos. Tais recursos viabilizaram a ordenação dos vôos para o aeródromo, provendo agilidade e eficiência no fluxo dos vôos.
O aumento da demanda aérea em Parintins acompanha a expansão da aviação regional no Brasil.
Em 2024, o terminal amazonense registrou mais de 40 mil passageiros — crescimento de 3,1% em relação aos 38.875 contabilizados em 2023, segundo dados do Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Para o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, Parintins desempenha um papel estratégico no desenvolvimento da região Norte, impulsionado por seu potencial turístico. “Investir na infraestrutura do aeroporto tem impacto direto no crescimento do município e de toda a região, pois permite oferecer serviços de melhor qualidade a quem utiliza o terminal aéreo, além de fortalecer o turismo como motor de desenvolvimento econômico e social”, destacou Franca.
Para o secretário nacional de Aviação Civil (SAC/MPOR), Tomé Franca, Parintins desempenha um papel estratégico no desenvolvimento da região norte, impulsionado por seu potencial turístico. “Investir na infraestrutura do aeroporto tem impacto direto no crescimento do município e de toda a região, pois permite oferecer serviços de melhor qualidade a quem utiliza o terminal aéreo, além de fortalecer o turismo como motor de desenvolvimento econômico e social”, destacou Franca.
Para o gestor do aeródromo, Jean Jorge Rodrigues, os investimentos no terminal vão além do aspecto técnico. “A cada ano, a movimentação de passageiros cresce significativamente. Investir no pleno funcionamento do aeroporto é essencial não apenas para garantir a segurança de quem embarca e desembarca, mas também para impulsionar o turismo, que movimenta a economia local e garante emprego e renda para muitas famílias de Parintins”, afirmou Rodrigues.
O aeroporto de Parintins será incluído na primeira fase do Programa AmpliAR, iniciativa do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) que prevê a transferência da gestão de aeroportos regionais à iniciativa privada, por meio de um modelo simplificado e competitivo. As concessionárias vencedoras dos lotes do leilão previsto para 2025 poderão incorporar esses ativos aos seus contratos, com contrapartidas como a extensão dos prazos de concessão.
A expectativa é que o novo modelo estimule investimentos contínuos na modernização da infraestrutura aeroportuária, melhore a qualidade dos serviços prestados e promova maior integração da aviação regional à malha aérea nacional.
Aeródromo de Parintins (AM) poderá retomar operações com aviões a jato, com ANAC suspendendo restrições mediante cumprimento de condicionantes que garantam a segurança das operações aéreas
Em 09 de dezembro de 2024, a ANAC informou que, após inspeção aeroportuária realizada no período de 23 a 24 de outubro, foram identificadas não-conformidades críticas no aeródromo de Parintins relacionadas principalmente à manutenção da infraestrutura aeroportuária.
Entre as principais irregularidades constatadas estavam defeitos graves na pista (pouso e decolagem) e no pátio de estacionamento de aeronaves, como trincas, desagregação e presença de material solto na superfície.
As condições verificadas na pista de pouco e decolagem foram classificadas como representando riscos significativos às operações aéreas, podendo ocasionar danos aos motores, pneus e fuselagem das aeronaves, especialmente as de asa fixa com motores a reação.
Apesar das ações corretivas de pavimento apresentadas pelo operador do aeródromo, como a previsão de recapeamento da pista até 02 de outubro de 2025, as medidas propostas não foram consideradas suficientes para mitigar os riscos no curto prazo.
Além das condições da pista, outros problemas identificados incluem falhas na manutenção dos auxílios visuais, sistema de drenagem e áreas verdes, bem como riscos associados à presença de resíduos sólidos próximos ao aeródromo, que aumentam a possibilidade de riscos de incidentes aeronáuticos envolvendo aves.
Diante do cenário apresentado, e com base nos regulamentos vigentes (RBAC nº 153, de Operação, Manutenção e Resposta à Emergência, e nº 139, de Certificação Operacional de Aeródromo), a ANAC decidiu pela aplicação de restrição operacional ao aeródromo, visando garantir a segurança das operações aéreas, com medida sujeita à reavaliação conforme a evolução das ações corretivas implementadas pelo operador aeroportuário (município de Parintins).
Em nota postada no dia 25 de abril, a ANAC informou que, após coordenação de medidas de recuperação da infraestrutura do aeródromo de Parintins (SWPI), no AM, foi suspensa medida cautelar, imposta em dezembro de 2024, que proibia a operação de aeronaves a jato no local. A suspensão está condicionada ao cumprimento, pelo operador aeroportuário, de exigências previstas quanto a questões de segurança operacional, entre elas: recuperação do pavimento da pista de pouso e decolagem e tratamento adequado do aterro de resíduo sólidos (lixão) no sítio do aeródromo.
Parte das inconformidades encontradas durante inspeção realizada em outubro de 2024 já foi implementada, como recuperação superficial do pavimento, cobrimento do lixão e coleta de lixo nas imediações do aeródromo, e revitalização de sinalizações.
Na nota, a ANAC informa que, nos próximos dias, receberá representantes da prefeitura de Parintins para orientar sobre o gerenciamento conjunto de risco em suporte às operações das companhias aéreas.
Entre as principais irregularidades constatadas durante inspeção de 2024 constavam defeitos graves na pista de pouso e decolagem e no pátio de estacionamento de aeronaves, como trincas, desagregação e presença de material solto na superfície, trazendo riscos para a segurança das operações de aviões a jato. Nessa situação, essas aeronaves estavam sujeitas a danos aos motores, pneus e fuselagem.
Paralelamente à suspensão da medida cautelar, o aeródromo de Parintins, em conjunto com as companhias aéreas, deverá apresentar o Gerenciamento de Risco Conjunto nos termos Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 139 até 31/05/2025. Esse documento prevê realização de ações de identificação de perigos, elaboração e apresentação das análises de risco com medidas mitigadoras que reduzam o risco às operações aéreas em níveis aceitáveis, e celebração de acordo operacional entre operadores aéreos e aeroportuário antes do início das operações comerciais com aviões a jato, além da apresentação do Plano de Gerenciamento de Segurança Operacional (PGSO).
A operador do aeródromo de Parintins (município) deverá ainda notificar periodicamente a ANAC sobre o estado das ações em andamento, bem como do avanço das obras, para que seja possível o acompanhamento das medidas em implementação dentro do cronograma estabelecido e a verificação do cumprimento dos requisitos normativos vigentes.