Honeywell segue expandindo seus negócios de licenciamento de processos e explorando novos caminhos para combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), em 27.06.25

No dia 05 de junho, a Honeywell, a Johnson Matthey, a GIDARA Energy e a SAMSUNG E&A anunciaram a formação de uma aliança tecnológica estratégica para trazer ao mercado uma solução global inovadora e completa para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF) a partir de biomassa e resíduos sólidos urbanos. A aliança reúne uma riqueza de expertise e capacidades diversificadas para ajudar os clientes a otimizar toda a cadeia de produção de SAF – da matéria-prima ao produto final.
Com a colaboração, as empresas planejam apresentar uma nova oferta tecnológica conjunta que alavanca o processo de produção Fischer-Tropsch (FT) e visa desbloquear opções abundantes de matéria-prima globalmente disponíveis para ajudar a atender à crescente demanda por SAF e apoiar a segurança energética. A abordagem conjunta visa agilizar os cronogramas dos projetos e fornecer aos clientes um ponto único de responsabilidade pela execução do projeto e garantias do produto, garantindo comunicação, coordenação e confiabilidade em todo o processo de produção de SAF.
Com os recursos das quatro empresas, espera-se que a solução integrada e modular reduza o tempo entre o estudo de viabilidade e a entrada em operação da instalação em mais de 15% e possa reduzir os gastos de capital em até 10%.
A solução inovadora que a aliança tecnológica planeja lançar no mercado é uma oferta não exclusiva projetada para clientes que buscam uma prestação de serviço completa, incluindo:
- a proficiência da GIDARA Energy em gaseificação e produção de gás de síntese para transformação de matéria-prima.
- a Johnson Matthey traz catalisadores e tecnologia avançados para gás de síntese em combustíveis.
- a tecnologia de processo e as soluções de automação digital da Honeywell.
- a expertise global da SAMSUNG E&A em engenharia, aquisição, construção (EPC – engineering, procurement, and construction) e gestão de execução de projetos.
A curto prazo, a colaboração visa ampliar o uso de métodos de gaseificação e produção de SAF FT, permitindo, ao mesmo tempo, o uso de biomassa e resíduos sólidos urbanos como matérias-primas. À medida que a indústria de SAF enfrenta as limitações das matérias-primas tradicionais, esse método de produção está se tornando cada vez mais importante, com a Agência Internacional de Energia relatando que os biocombustíveis produzidos a partir de resíduos e culturas energéticas não alimentares atenderão a mais de 40% da demanda total de biocombustíveis até 2030.
A nova aliança se baseia na sólida colaboração entre a Johnson Matthey e a Honeywell na área de combustíveis sintéticos para fornecer soluções de metanol para jatos e para o caminho do transporte de combustível.
Juntas, a Honeywell, a Johnson Matthey, a GIDARA Energy e a SAMSUNG E&A estão comprometidas em promover a inovação e liderar o movimento em direção a uma maior segurança energética global.
Os líderes das 4 empresas envolvidos na parceria deram declarações.
“O lançamento da nossa inovadora aliança SAF de ponta a ponta demonstra o poder da colaboração para atender às demandas energéticas mundiais”, afirmou Ken West, presidente e CEO da Honeywell Energy and Sustainability Solutions. “À medida que a demanda por SAF aumenta, a tecnologia para expandir as opções de matéria-prima disponíveis torna-se cada vez mais vital. Esta aliança abrangente oferece às refinarias uma abordagem estratégica para executar rapidamente sua visão”, completou West.
“A aliança visa os desafios comuns enfrentados pelos produtores de SAF e oferece um novo caminho a seguir, com maior velocidade e menor custo de capital. Reunir essa expertise de ponta é fundamental para apoiar nossos clientes na tomada de decisão final de investimento em seus projetos e pode ajudar a acelerar a implantação de SAF em todo o mundo”, afirmou Maurits van Tol, CEO da Catalyst Technologies – Johnson Matthey.
“Esta aliança exemplifica o que é possível quando expertise e ambição se unem. Ao unir nossas forças, estamos desvendando o valor dos resíduos para atender à crescente demanda por SAF”, afirmou Norbert Kamp, CEO da GIDARA Energy. “Não estamos apenas fornecendo uma solução técnica – estamos ajudando clientes e comunidades a concretizar o potencial dos resíduos como catalisadores para um futuro sustentado por fontes de energia mais limpas”, completou Kamp.
“Na SAMSUNG E&A, acreditamos que entregar soluções SAF de ponta a ponta exige mais do que inovação – exige alianças sólidas com fornecedores de tecnologia de classe mundial. Ao integrar essas tecnologias avançadas e alavancar nossa comprovada excelência em execução de engenharia, aquisição e construção [EPC], estamos construindo uma cadeia de valor SAF resiliente e escalável que impulsionará o futuro da aviação sustentável”, disse Hong Namkoong, presidente e CEO da SAMSUNG E&A.
Em post no dia 19 na plataforma online da mídia, a editora da revista mensal da AIN Kerry Lynch publicou um texto com um apanhado recente da continuidade de expansão da Honeywell nos seus negócios de licenciamento de processos e explorando novos caminhos (roteiros) – processos conforme matérias-primas – para combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), à medida que a demanda aumenta globalmente, numa de suas frentes de sustentabilidade.
Lynch explorou as recentes parcerias da Honeywell com a St1 Nordic e a Power2X para aumentar a disponibilidade de produção de SAF.
Em Gotemburgo (Suécia), a Refinaria St1 começou a utilizar a tecnologia da Honeywell para produzir SAF para cias. aéreas regionais, incluindo a Braathens Regional Airlines. Esta planta pode produzir até 200.000 toneladas de combustíveis renováveis anualmente, utilizando uma variedade de matérias-primas, incluindo óleo de cozinha usado, gordura animal e ácidos graxos de óleo natural tall oil (talol, ou óleo de pinho, subproduto da produção de celulose pelo processo Kraft, principalmente de árvores coníferas) de matéria de fábricas de papel e celulose. A biorrefinaria também produzirá biodiesel, bionafta e biogás liquefeito de petróleo.
Em Roterdã (Holanda), a Honeywell firmou uma colaboração estratégica de e-combustíveis com a Power2X. Com a parceria, a Power2X utilizará a tecnologia da Honeywell Universal Oil Products, que combina hidrogênio verde e carbono para criar e-methanol, que pode ser convertido em combustíveis sustentáveis.
Essas iniciativas estão entre as mais recentes de uma série de projetos que a Honeywell tem em andamento em toda a sua empresa para ajudar o setor a atingir suas metas de longo prazo de zero emissões líquidas. Ao todo, a Honeywell possui tecnologias em uso em mais de 70 instalações que produzem combustíveis renováveis.
De acordo com Willie Coetzee, diretor de relações governamentais da Honeywell para soluções de tecnologia sustentável, a Honeywell é uma das licenciadoras de processos mais antigas do mundo para tecnologias de energia. Coetzee afirmou que isso tem sido um facilitador fundamental no processo de refinaria de SAF.
Isso faz parte de um conjunto abrangente de esforços que a Honeywell tem explorado, trabalhando em parceria em tudo, desde aeronaves elétricas e eVTOLs até hidrogênio.
Na frente de licenciamento, a Honeywell tem se envolvido ativamente em vários modos de produção. “A Honeywell foi uma das pioneiras nisso”, disse Coetzee.
Quando a Honeywell lançou sua tecnologia de refino ecológico no mercado, ninguém se interessou, observou Coetzee. “Era o início dos anos 2000 e tivemos que engavetar o projeto por um tempo porque o mercado simplesmente não estava pronto”, Coetzee revelou, para emendar: “Finalmente, implementamos o projeto e obtivemos bastante sucesso, então o comercializamos”.
A gigante aeroespacial construiu uma base por meio de uma tecnologia tradicional de hidroprocessamento, convertendo gordura, óleos e graxas em combustíveis renováveis, incluindo SAF. “Mas também reconhecemos que é fundamental conseguir escalar a indústria e dar suporte ao mercado. É fundamental que viabilizemos outras vias de produção também”, disse Coetzee.
Com isso em mente, a Honeywell trouxe ao mercado tecnologias para converter modalidades de álcool, como etanol, e CO2, em SAF. E passou a licenciar essas tecnologias para parceiros em todo o mundo que podem produzir os combustíveis.
“Temos uma gama bastante ampla de clientes”, disse ele, desde grandes empresas integradas de energia, como a Total Energies, até empresas menores e mais direcionadas.
Coetzee enfatizou a importância de diversificar a base de combustíveis. “Cada matéria-prima tem seus prós e contras, seus desafios e oportunidades”, Coetzee disse, citando, por exemplo, que existe uma quantidade finita de óleos e graxas.
A política regional também é levada em consideração, acrescentou Coetzee. “Observando o EUA, as matérias-primas cultivadas em geral são bastante aceitas. Na Europa, as matérias-primas para alimentos e rações não são necessariamente aceitas. Portanto, lá, você está muito mais limitado a óleos residuais, gorduras residuais e esse tipo de coisa”, falou Coetzee.
A conversão de etanol em combustível de aviação é outro exemplo que pode ser mais aceitável no EUA do que na Europa, Coetzee acrescentou. “Na região européia, a conversão de CO2 em combustível de aviação é algo que eles priorizam muito mais, então o que tentamos garantir, como empresa de tecnologia, é que possamos permitir que diferentes regiões, diferentes clientes e diferentes mercados produzam os combustíveis da maneira mais otimizada possível, de acordo com suas circunstâncias”, explicou Coetzee.
A biomassa é outra área em ascensão, de acordo com Coetzee. Resíduos agrícolas e florestais provavelmente se tornarão relevantes globalmente, Coetzee afirmou.
Apesar desse crescimento, o fornecimento de SAF ainda representa uma pequena fração do que é necessário globalmente. No entanto, Coetzee se mostrou animado com a capacidade que está entrando em operação. Ele observou que a produção de SAF atingiu cerca de 0,3% do total de combustíveis de aviação consumidos em 2024, totalizando cerca de um milhão de toneladas. “Temos instalações que operam nessa escala, uma única instalação, e elas têm um espaço”, disse ele. A instalação Power2X pode produzir 250.000 toneladas por ano sozinha.
“Se eu usar esses números da IATA, é um quarto da produção global de 2024 em uma única instalação, e nem é uma instalação grande”, apontou Coetzee. “Estamos chegando lá. O que estamos vendo agora é um pipeline de projetos realmente robusto. Acreditamos que, pelo menos do ponto de vista tecnológico e do pipeline de projetos, estamos em uma posição bastante favorável”, completou Coetzee.
Mais de 70 “pontos” licenciaram tecnologias da Honeywell para combustíveis renováveis, incluindo SAF. A questão é como viabilizar o mercado, acrescentou, trabalhando com o que pode e o que não pode ser usado regionalmente. “Isso às vezes se torna um gargalo maior do que a tecnologia em si”, observou Coetzee. Ele também acredita que o mercado aéreo está pronto para o SAF: “acredito que há uma tendência muito positiva no setor de aviação”, ele revelando que algumas cias. aéreas entraram em contato com a Honeywell e mantêm conversas regulares para ficarem permanentemente a par da dinâmica do mercado e dos envolvidos nos projetos. “Isso demonstra que elas estão realmente buscando garantir o fornecimento de forma bastante ativa”, observou Coetzee.
Em 15 de outubro de 2024, a Honeywell anunciou que a Refinaria St1 começou a utilizar a tecnologia EcofiningTM (da Honeywell) para produzir combustível de aviação sustentável (SAF). A biorrefinaria em Gotemburgo, na Suécia, fornecerá SAF para cias. aéreas regionais, incluindo a Braathens Regional Airlines.
A Honeywell divulgou que a produção de SAF com a tecnologia Ecofining também apóia o alinhamento do portfólio da Honeywell com três megatendências poderosas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação.
A planta de Gotemburgo da St1 produzirá 200.000 toneladas de combustíveis renováveis anualmente e pode utilizar matérias-primas flexíveis, incluindo óleo de cozinha usado, gordura animal e ácidos graxos de tall oil oriundo de fábricas de papel e celulose.
Além do SAF, a biorrefinaria produzirá biodiesel, bionafta e biogás liquefeito de petróleo.
A St1 declarou que os combustíveis produzidos na biorrefinaria reduzirão as emissões do tráfego rodoviário e aéreo em cerca de 500.000 toneladas de CO₂ anualmente, em comparação com os combustíveis fósseis.
“A biorrefinaria de Gotemburgo é um marco significativo em nosso roteiro de transição energética e um passo importante na jornada da St1 rumo a uma produção de energia mais sustentável. Com a tecnologia Ecofining da Honeywell, damos um passo importante em direção à concretização de nossa visão de nos tornarmos a principal produtora e vendedora de energia com baixo consumo de CO2”, disse Miika Eerola, chefe de refino, projetos e HSSE da St1, à ocasião do anúncio do início da utilização da tecnologia EcofiningTM.
A Honeywell destacou que o SAF produzido nas instalações da St1 apoiará a iniciativa ReFuelEU, da União Européia, que exige que o combustível de aviação contenha uma mistura de pelo menos 2% de SAF a partir de 2025. A porcentagem necessária aumentará gradualmente ao longo do tempo, chegando a 70% até 2050, contribuindo para a meta de neutralidade climática do Pacto Ecológico Europeu, que segue o mesmo cronograma.
A Honeywell promoveu que foi pioneira na produção de SAF com seu processo Ecofining, desenvolvido em colaboração com a Eni S.p.A. e utilizado na produção comercial de SAF desde 2016. E que a empresa agora oferece soluções em uma variedade de matérias-primas para atender à crescente demanda por combustíveis renováveis, incluindo SAF. Quando misturado ao combustível de aviação tradicional, o SAF pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 80% em comparação com os combustíveis fósseis convencionais.
“Por mais de uma década, nossa tecnologia Ecofining tem sido inovadora no setor de energia renovável”, disse Barry Glickman, vice-presidente e gerente geral da Honeywell Sustainable Technology Solutions. “Em parceria com a St1, temos orgulho de apoiar a transição energética global e a iniciativa ReFuelEU da União Europeia, fornecendo uma tecnologia comprovada para a redução das emissões de CO2”, divulgou a Honeywell.
À ocasião do anúncio do início da utilização da tecnologia EcofiningTM pela St1, já eram mais de 50 “pontos” no mundo licenciando as tecnologias SAF da Honeywell, com refinarias projetadas para exceder uma capacidade combinada de mais de 500.000 barris de combustível renovável por dia quando estiverem totalmente operacionais.
Além do SAF, o portfólio de combustíveis renováveis da Honeywell também inclui a tecnologia Ethanol to Jet e methanol-to-jet eFining, que converte hidrogênio verde e dióxido de carbono em eletrocombustíveis – e-fuels.
Em 17 de dezembro de 2024, a empresa líder em moléculas verdes Power2X anunciou uma colaboração estratégica com a Honeywell para implementar a tecnologia de processamento de methanol-to-jet eFining, da Honeywell, no seu projeto eFuels Rotterdam — um centro de produção e armazenamento em larga escala para combustível de aviação sustentável (eSAF) e combustíveis sintéticos de ultrabaixo carbono no Porto de Roterdã, na Holanda.
A unidade de Roterdã utilizará hidrogênio verde produzido localmente e metanol importado, produzido a partir de hidrogênio verde e carbono biogênico, como matéria-prima para a criação de eletrocombustíveis (eFuels).
Esses eletrocombustíveis são uma classe de combustíveis sintéticos que podem ajudar a substituir parte dos combustíveis fósseis.
Os eletrocombustíveis combinam hidrogênio verde (ou seja, hidrogênio produzido a partir de energia renovável e água) e dióxido de carbono para criar eMethanol, que pode então ser convertido em combustíveis sustentáveis, como eSAF ou outros combustíveis sintéticos de fácil aplicação.
O projeto com a Power2X e a Honeywell destaca como a tecnologia está moldando o futuro da aviação e da transição energética, duas megatendências alinhadas ao portfólio da Honeywell.
“Acelerar a transição energética exige o desenvolvimento de ativos energéticos de última geração em escala industrial e a implantação de tecnologia de ponta para desbloquear novas cadeias de valor, fornecendo energia limpa onde ela é mais necessária”, disse Occo Roelofsen, CEO da Power2X, à ocasião do anúncio do início da utilização da tecnologia EcofiningTM. “Nossa colaboração com a Honeywell no eFuels Rotterdam marca um avanço significativo na produção de Combustíveis de Aviação Sustentáveis no coração da Europa”, completou Roelofsen.
A unidade de produção da Power2X terá capacidade para produzir mais de 250.000 toneladas por ano de eSAF, um combustível sintético não fóssil feito de hidrogênio verde. A tecnologia eFining (da Honeywell) desempenhará um papel central na produção, permitindo a conversão de metanol em eFuel com baixas emissões e alta eficiência.
“O mundo precisa de um maior suprimento de combustível de aviação sustentável para ajudar a descarbonizar o setor”, disse Barry Glickman, vice-presidente e gerente geral de soluções de tecnologia sustentável da Honeywell. “A tecnologia eFining da Honeywell utiliza hidrogênio e dióxido de carbono, duas matérias-primas abundantes e de baixo carbono, para produzir SAF que ajuda as companhias aéreas a cumprir os ambiciosos mandatos europeus de combustível”.
O eFining pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 88% em comparação ao combustível de aviação convencional. Quando misturado ao combustível de aviação convencional, o eSAF é um combustível de substituição imediata que não requer alterações na tecnologia da aeronave ou na infraestrutura de combustível.
O Regulamento Europeu de Aviação ReFuelEU já determinou o aumento do uso de SAF, incluindo eSAF, a partir de 2030. Em consonância com essa determinação, a instalação da Power2X é um ator crucial na transição energética da Europa, pois tem potencial para fornecer 40% do volume de eSAF necessário quando entrar em operação, por volta da virada da década.
A Power2X é uma empresa líder em moléculas verdes, comprometida em criar ativos energéticos de última geração em escala mundial e em apoiar outras empresas em sua jornada de descarbonização. A empresa se concentra em hidrogênio limpo e seus derivados, incluindo amônia, metanol e combustível de aviação sustentável (SAF). A Power2X também atua como consultora, apoiando terceiros no desenvolvimento de projetos. [EL]