Cerimônia marca o início das obras de requalificação do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, pela operadora-concessionária PAX Aeroportos, em 03.08.25

Em nota no dia 29, a PAX Aeroportos, concessionária responsável pela operação do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), no Rio de Janeiro, divulgou que realizou no mesmo dia (29) cerimônia que marcou oficialmente o início das obras de requalificação da infraestrutura do terminal, localizado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

O evento contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

As obras fazem parte da Fase 1-B, previstas no contrato de concessão, e contemplam intervenções como:– implantação de novas áreas de segurança na extremidade da pista (RESA),
– nivelamento e reforço da pista de pouso e decolagem,
– modernização do sistema de luzes e sinalização,
– reorganização do pátio, e,
– construção de uma nova via de serviço.

O investimento desta fase é de R$ 115 milhões, dentro de um total superior a R$ 146,6 milhões previstos ao longo da concessão – equivalendo a 78% do total previsto.

A concessão do Aeroporto de Jacarepaguá , juntamente com Campo de Marte, em São Paulo – foi arrematada pela XP Asset Management por meio de um fundo de investimento em infraestrutura, na 7ª rodada de concessões de aeroportos federais (em agosto de 2022). A PAX Aeroportos foi criada, então, para operar os aeroportos e administrar o contrato de concessão. “Esse aeroporto é um investimento da população brasileira na infraestrutura nacional”, destacou Rafael Furlanetti, diretor institucional da XP, durante o evento.

A PAX Aeroportos é a concessionária responsável desde 2023 pela operação e infraestrutura dos aeroportos de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e Campo de Marte, em São Paulo. A concessionária assumiu a operação privada do Campo de Marte em 15 de agosto de 2023 e de Jacarepaguá em 1º de setembro de 2023, sucedendo a INFRAERO, pelo prazo de 30 anos.

Dedicados à aviação de negócios, os dois aeroportos estão localizados em áreas centrais das duas principais capitais do país e são usados principalmente para voos executivos. Jacarepaguá também concentra um volume expressivo de voos de helicópteros de grande porte para plataformas de petróleo localizadas na Bacia de Santos.

“Esse é um momento importante, que representa o reconhecimento do que já está em andamento e a materialização da nossa visão de futuro: uma aviação executiva mais moderna, uma infraestrutura mais eficiente e um serviço cada vez melhor para quem utiliza nossos aeroportos. Com mais de R$ 115 milhões em investimentos, reforçamos nosso compromisso com a excelência operacional e com o crescimento da aviação no país”, anunciou a PAX.

Durante o evento, o ministro Silvio Costa Filho destacou o potencial transformador do aeroporto: “Este pode ser um novo hub de desenvolvimento da aviação do Rio de Janeiro. À medida que Galeão e Santos Dumont crescem, este aeroporto também vai crescer. Além do papel offshore, poderá, em breve, ser um centro para rotas Rio–São Paulo e novos destinos próximos, fortalecendo o turismo de negócios e a economia da região”, afirmou.

O Aeroporto de Jacarepaguá desempenha um papel fundamental na aviação executiva e também na operação offshore para a Bacia de Santos. Atualmente, responde por 5% de todos os vôos de helicóptero com destino a plataformas de petróleo em operação no mundo. O aeroporto também concentra vôos executivos, táxi aéreo e rotas regionais operadas pela Azul Conecta.

Furlanetti ressaltou que o projeto é financiado por mais de 8 mil investidores Pessoa física, por meio do fundo de infraestrutura. “Esse aeroporto não é apenas um projeto de um investidor em busca de retorno. É um investimento da população brasileira na infraestrutura do país”, disse. Furlanetti também elogiou as políticas públicas que viabilizam projetos como este.

As intervenções nos dois aeroportos operados pela PAX estão sendo executadas pela EGTC Infra. “Para nós, as obras de Jacarepaguá e Campo de Marte celebram o início de uma parceria relevante e muito promissora com a PAX Aeroportos”, afirma Nathanael Mota, diretor comercial da empresa de engenharia.

Além dos investimentos obrigatórios, a PAX Aeroportos já realizou importantes melhorias no Aeroporto de Jacarepaguá, como a reforma do Terminal de Passageiros, com ampliação e revitalização do ambiente interno e a instalação de uma sala VIP em parceria com a Advantage. Essas intervenções foram fundamentais para melhorar a experiência dos usuários.

Outras melhorias estão em andamento, como a construção de um hotel dentro do parque aeroportuário e a criação de novas áreas de convivência, como o futuro Boulevard, voltado à circulação e bem-estar de passageiros e visitantes, que vai aumentar a integração do espaço do aeroporto com a cidade.

O sítio aeroportuário engloba:
– área patrimonial de 1.287.729,35 m² (1,288 milhões m²).
– pista de pouso e decolagem (031/21), em elevação de 10 pés, de 30 x 900 m., asfaltada (resistência de pavimento PCN 10 e resistência de subleito baixa), para operação VFR diurna/noturna. A pista é dotada de luzes de extremidade, luzes laterais ao longo a pista a cada 60 cm, e mais as luzes de pistas de taxi. As duas cabeceiras são dotadas de sistema de luzes de indicação de rampa de aproximação PAPI (com ângulo normal de 3° e MEHT de 27 pés para pista 03 e de 26,97 pés para pista 21).
– estacionamento de aeronaves com 50 posições.
– pátio de aeronaves com 46.900 m².

A operação do aeroporto dedicado à aviação geral é composta por vôos executivos, vôos (diários) de Ponte-aérea operados pela Azul Conecta (com modelo Cessna Caravan) para Congonhas (SBSP) e vôos offshore (do setor petróleo-gás). Atualmente o horário de operação do Aeroporto é das 08:00 às 01:00Z (05:00-22:00LT).

Conforme ROTAER, operações fora do horário de funcionamento do aeroporto serão possíveis apenas para:
– operações comerciais de transporte aéreo regular, de transporte aeromédico (MEDEVAC), de segurança pública (SEGP) e de cobertura jornalística.
– balizamento noturno mediante coordenação prévia com o COA – Centro de Operações Aeroportuárias.

Operadores da aviação geral que necessitem de reserva de posição de pátio são requeridos de obrigatoriamente autorização prévia de 24 horas de antecedência, por email. O parqueamento é limitado ao tempo máximo de 3 horas; para permanência acima do tempo, operadores da aviação geral devem consultar COA – Centro de Operações Aeroportuárias, previamente, por telefone.

O aeroporto opera vôo VFR diurno/noturno, com serviço de controle de tráfego aéreo de aeródromo (operado pela NAV Brasil) com expediente diariamente de 09:15-00:45Z (06:15-21:45LT); operações fora do horário de funcionamento do órgão ATS devem ser requeridas à operadora aeroportuária com antecedência mínima de 03 horas.

O aeroporto opera vôos VFR Especial – com teto de 1.300 pés para asa fixa e de 700 pés para asa rotativa.

A circulação de aeronaves de/para o aeroporto se desenvolve por corredores de vôo visual (REA), na TMA-RJ.

Em dados do CGNA, o Aeroporto de Jacarepaguá/Roberto Marinho (SBJR) teve em 2023 um total 81.517 movimentos, com alta de 17% sobre 2022 (69.726 mov.), colocando o aeroporto na oitava posição do ranking brasileiro aeroportuário por movimentação aeronaves. A aviação geral respondeu com 77.826 mov. (95,5%), com alta de 12,3% sobre 2022, a aviação comercial atuou 3.215 mov. (3,9%).

A movimentação mensal máxima foi de 7.853 mov./mês (sendo 7.446 mov. da aviação geral), a movimentação mínima foi de 5.916 mov./mês (sendo 5.609 mov. da aviação geral); a média mensal foi 6.793 mov./mês (aviação geral com média de 6.485,5 mov./mês).

Em 2024, o Aeroporto de Jacarepaguá/Roberto Marinho (SBJR) teve 82.398 movimentos, um ligeiro aumento de 1,1% sobre 2023, com o aeroporto mantendo a oitava posição do ranking brasileiro aeroportuário por movimentação aeronaves. A aviação geral respondeu 76.398 movimentos (92,7%), com redução de 1,8% sobre 2023, a aviação comercial atuou 5.502 movimentos (6,7%), com alta de 71%.

A movimentação mensal máxima foi de 8.153 movimentos (aviação geral com 7.609 mov., ou 93,3%), a movimentação mínima foi de 6.155 movimentos (aviação geral com 5.685 mov., ou 92,4%); a média mensal foi de 6.866,50 movimentos (aviação geral com média de 6.366,5 movimentos, ou 92,7%).

No acumulado no ano, no 1S2025, o aeroporto soma 56.423 movimentos (média de 9.403,8 mov./mês), versus 40.053 movimentos (média de 6.675,5 mov./mês) – 48,6% do total do ano -, com alta expressiva de movimentação de 40,9%.