LABACE acontece no novo endereço no Aeroporto “Campo de Marte” (SP), em 07.08.25

O articulista-colaborador da AIN para a América do Sul Richard Pedicini, em post no dia 06 na plataforma online da mídia, repercutiu a abertura da feira de aviação latino-americana – LABACE 2025, acontecendo entre os dias 05 e 07 em São Paulo/Brasil. Na edição 2025, a feira estreou um novo endereço: o aeroporto para aviação geral “Campo de Marte” (SBMT), após ter sido sempre sediada no Aeroporto de Congonhas (SBSP).
A 20ª edição da LABACE é a primeira fora de sua sede de longa data no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, forçada por falta de espaço devido a obras para expandir a capacidade de passageiros para o transporte comercial do terminal.
Diversos ‘pilares’ da LABACE e da ABAG – associação brasileira da aviação geral e organizadora da LABACE, como a TAM Aviação Executiva e a Líder Aviação, foram forçados a se mudar de suas bases em Congonhas, com mais de 50 anos de existência, para dar lugar à expansão do terminal de passageiros.
A LABACE foi recebida de braços abertos nas instalações do PAMA – Parque de Material Aeronáutico da FAB no Campo de Marte” (PAMA-SP).
Pedicini escreveu que a LABACE 2025 foi aberta no dia 05 no Aeroporto Campo de Marte, um novo local para o evento, mas com energia amplificada, talvez impulsionada pelos números notáveis de crescimento do setor.
“Pela primeira vez, todos estão na casa dos dois dígitos”, disse Flávio Pires, CEO da ABAG, organizadora da LABACE, em seu discurso de abertura. “Os jatos executivos cresceram 18%, os turboélices 13%, os helicópteros a turbina 10%”, com a frota brasileira de jatos executivos atingindo 10.940 aeronaves em junho, falou Pires.
O comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, disse que a FAB estava orgulhosa em receber a feira no “berço da aviação civil em São Paulo” e também no local do primeiro vôo da Força Aérea. Damasceno também elogiou os planos para o Museu Paulista de Aviação, com inauguração prevista para 2027, incluindo aeronaves do acervo histórico da Força Aérea, bem como da coleção “Asas de um Sonho”, criada pelo fundador da TAM Rolim Amaro.
O público incluiu um impressionante encontro de oficiais generais (brigadeiros), e dezenas de outros oficiais de patente inferior que usavam reproduções de uniformes cáqui da Segunda Guerra Mundial enquanto distribuíam folhetos do museu. Uma tenda de campanha e aeronaves de combate da época atraíram visitantes para o fundo da vasta área de exposição; uma oficial descreveu seu uniforme como “licença poética”, já que as únicas mulheres na Força na época eram enfermeiras.
O presidente em exercício da ANAC, Adriano Pinto de Miranda, compareceu à feira e falou sobre a importância da aviação geral e executiva para o Brasil: alcançar áreas sem operações programadas.
Particularmente importante para a aviação executiva foi a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade de São Paulo, Rodrigo Goulart, que afirmou que uma das prioridades da administração é a preparação para receber eVTOL. No passado, houve pressões recorrentes sobre o Campo de Marte por parte de incorporadoras de olho em seus valiosos imóveis.
Os organizadores da feira observaram que a LABACE deste ano ocupa três vezes a área ocupada em Congonhas nos anos anteriores. Pedicini observou que, de fato, a edição de 2025 da exposição parece vasta, com aeronaves posicionadas para melhor efeito, em vez de para se adequar ao espaço disponível, como aconteceu em Congonhas. Uma única grande tenda envolve os hangares da Força Aérea – o auditório fica em um deles – e tem mais espaço livre do que nas edições anteriores da feira. [EL] – c/ fonte