Bombardier revela operadora iniciante (startup) de operação compartilhada americana Bond como a cliente de pedido para 50 aeronaves em mix Challenger 3500 e Global 6500, com opção para mais até 70 jatos, em 31.10.25
Em post no dia 14 (out.) na plataforma online da AIN, a editora da revista mensal da mídia Kerry Lynch repercutiu que a operadora iniciante (startup) americana Bond revelou planos de lançar uma operação de propriedade compartilhada com uma frota de aeronaves Bombardier Challenger 3500 e Global 6500, em um contrato previamente anunciado de US$ 1,7 bilhões para 50 aeronaves. Incluindo opções para até 70 aeronaves adicionais — potencialmente incluindo também o modelo Global 8000 —, o valor total pode chegar a US$ 4 bilhões.
O pedido foi divulgado originalmente em junho, mas a Bombardier não revelou o cliente na ocasião.
O acordo também inclui um contrato de serviços no qual a rede de serviços da Bombardier no EUA dará suporte às aeronaves e fornecerá recursos de manutenção no local, dedicados à frota da Bond. “Este acordo vai além de um pedido de aeronaves. Ele representa uma colaboração de serviços inédita e exclusivamente integrada”, afirmou Éric Martel, presidente e CEO da Bombardier.
A Bond planeja iniciar as operações em 2027.
O lançamento da operação da Bond é apoiado por US$ 320 milhões em financiamento preferencial de capital e dívida, liderado por fundos de crédito e contas administradas pela empresa global de investimentos KKR, com US$ 30 milhões em financiamento de capital de um grupo de sócios fundadores.
A Bond anunciou a conclusão do financiamento no dia 14, na abertura da feira-convenção da aviação executiva americana – NBAA-BCE 2025, durante exposição estática da Bombardier no Aeroporto Executivo Henderson (em Las Vegas/Nevada).
Liderada pelo presidente e CEO do grupo, Bill Papariella, ex-CEO da Jet Edge e fundador da Aero Ventures, a Bond terá como alvo “viajantes privados premium que valorizam a exclusividade acima da escala”, afirmou a empresa ao detalhar seus planos.
A Bond, que denomina o serviço de “Fractional 2.0”, divulgou que a operação terá a primeira frota fracionada composta 100% por aeronaves de médio e grande porte, criando uma categoria voltada para viagens de longa distância. Outro diferencial, segundo a Bond, é que todos os vôos contarão com um comissário de bordo.
“Não estamos construindo para escala. Estamos construindo para os poucos selecionados que esperam perfeição no serviço a cada vôo”, disse Papariella.
As características do programa Bond incluem um limite de 10 proprietários por aeronave, o menor entre todos os provedores de propriedade compartilhada, segundo a operadora; uma frota exclusiva reservada apenas para proprietários de propriedade compartilhada, sem acesso a cartões de vôo ou fretamento, maior capacidade de reserva com aeronaves pré-posicionadas para atender à demanda máxima dos clientes, associação vitalícia com “um design inteligente e eficiente em termos de capital”, e “os pilotos mais bem pagos e experientes”.
Quanto à escolha dos jatos Bombardier, Papariella acrescentou: “Nossa relação com a equipe da Bombardier se estende por muitos anos, desde meu trabalho anterior no mercado de peças de reposição na Jet Edge, e pude constatar em primeira mão a cultura, a consistência e a mentalidade de serviço que tornam a Bombardier excepcional. Essa relação não se resume apenas a aeronaves — trata-se de valores compartilhados e um compromisso de longo prazo em redefinir a confiabilidade e o cuidado na aviação privada”.
Falando para repórteres no dia 24 durante a programação da NBAA-BACE 2025, Papariella acrescentou, na divulgação da Bond: “Acho que provavelmente fechamos o negócio mais rápido da história da aviação e dos mercados de capitais para a compra de uma frota. A visão não era apenas criar mais um programa de propriedade compartilhada de aeronaves. Acho que todos concordamos que a demanda por propriedade compartilhada no último ciclo fala por si só. Ela foi dominada por um grupo de pessoas que fizeram um trabalho absolutamente fenomenal aperfeiçoando esse modelo”.
Para a KKR, isso dá continuidade a um relacionamento já existente com Papariella, tendo anteriormente fornecido várias rodadas de financiamento para a Jet Edge, que acabou sendo vendida para a Vista. Além disso, a KKR adquiriu a Atlantic Aviation e liderou o financiamento da aquisição da West Star Aviation pelo Greenbriar Equity Group. [EL]
