EMBRAER posta resultado 2T21, em 13.08.21
EMBRAER volta ao lucro com recuperação da demanda por viagens
G1 – 13/08/2021
A fabricante de aeronaves EMBRAER registrou lucro líquido ajustado de R$ 212,8 milhões no segundo trimestre deste ano, no que representa o primeiro lucro recorrente da companhia desde o primeiro trimestre de 2018, com impulso da recuperação da demanda por viagens após a forte queda relacionada à pandemia de Covid-19.
Em igual período do ano passado, a EMBRAER havia reportado prejuízo de R$ 1,071 bilhão, em momento em que lutava para reestruturar operações para enfrentar a pandemia e o fracasso de um acordo de 4 bilhões de Dólares com a Boeing, destaca a Reuters.
O resultado ajustado exclui impostos diferidos e itens especiais. Já o lucro líquido atribuído aos acionistas totalizou R$ 438,1 milhões no 2º trimestre, contra prejuízo de R$ 1,68 bilhão no mesmo período de 2020 e prejuízo de R$ 489,8 milhões nos 3 primeiros meses de 2021.
A receita líquida ais que dobrou e atingiu R$ 5,9 bilhões no período entre abril e junho, com aumento de 107% em relação ao 2º trimestre do ano passado.
No 2º trimestre, a EMBRAER entregou 34 aeronaves, sendo 14 aeronaves comerciais (41%) e 20 executivas (59%) – sendo 12 jatos leves (35% ; 60%) e oito de maior porte. No semestre, as entregas totalizaram 56 aeronaves, sendo 23 jatos comerciais (41%) e 33 executivos (59%), sendo 22 jatos leves (39% ; 67%) e 11 de maior porte.
As entregas do 2T21 – de 34 aeronaves – responderam por 61% das entregas no semestre. A aviação comercial no 2T21 (com aumento de 64%, de 14 no 1T21 para 23 no 2T21) teve participação de 62% do semestre; a aviação executiva no 2T21 (com aumento de 65%, de 20 no 1T21 para 33 no 2T21) teve participação de 62% do semestre.
A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o trimestre em US$ 15,9 bilhões.
EMBRAER tem lucro líquido ajustado de R$ 212,8 mi no 2º tri de 2021, primeiro resultado positivo desde 2018, em receita líquida de R$ 5,922 bI no período, alta de 106,76% em base anual
InfoMoney – 13/08/2021
A EMBRAER (EMBR3) apresentou lucro líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) de R$ 212,8 milhões e lucro por ação ajustado de R$ 0,29. Este é o primeiro lucro líquido ajustado trimestral da companhia relatado desde o primeiro trimestre de 2018, com impulso da recuperação da demanda por viagens após a forte queda relacionada à pandemia de Covid-19. No segundo trimestre de 2020, o prejuízo líquido ajustado tinha sido de R$ 1,071 bilhão.
A receita líquida da companhia foi de R$ 5,922 bilhões no período, alta de 106,76% em base anual, com crescimento de dois dígitos em todos os segmentos de negócio.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 837,6 milhões, ante R$ 624,4 milhões negativos no mesmo período do ano passado, com margem ajustada de 14,1%.
No período, a geração de caixa livre ajustado somou R$ 215,7, milhões, ante dado negativo de R$ 2,533 bilhões em igual período de 2020. A dívida líquida é de R$ 9,207 bilhões, 6,63% inferior ante o mesmo trimestre de 2020.
Por segmento, a divisão de Aviação Comercial teve receita líquida de R$ 2,035 bilhões (34,4%), alta de 34,4% na base anual, enquanto a Aviação Executiva subiu 23,4% e somou R$ 1,385 bi (23,4%). A divisão de Serviços & Suporte teve alta de 26,6% na receita, para R$ 1,573 bi (26,6%).
A área de Defesa & Segurança registrou receita líquida de R$ 913 milhões (15,4%), alta de 15,4% ante igual período do ano anterior. O segmento Outros somou R$ 15,2 milhões, elevação de 0,2% na comparação anual.
A EMBRAER também divulgou suas estimativas financeiras e de entregas para 2021. No ano, a projeção é de receita líquida consolidada entre US$ 4 bilhões a US$ 4,5 bilhões, com margem EBIT ajustada de 3,0% a 4,0%, margem EBITDA ajustada de 8,5% a 9,5% e Fluxo de caixa livre entre US$ (150) milhões e zero, sem fusões e aquisições ou desinvestimentos. A fabricante prevê que as entregas de jatos comerciais fiquem entre 45 e 50 aeronaves e a de jatos executivos entre 90 e 95 unidades, somando 135 a 145 aeronaves (140), com aviação comercial (47,5) respondendo por 34% e a aviação executiva (92,5) por 66%.
EMBRAER tem primeiro lucro desde 2018 e ações sobem mais de 7% – e para analistas, melhor ainda está por vir
InfoMoney – 13/08/2021
Com um dos melhores desempenhos do Ibovespa no ano, a EMBRAER (EMBR3) registrou seu primeiro lucro líquido ajustado trimestral desde 2018, de R$ 212,8 milhões entre abril e junho de 2021. O resultado reflete a retomada da demanda por viagens após a forte queda relacionada à pandemia de Covid-19.
A receita líquida da companhia foi de R$ 5,9 bilhões no período, alta de 106,76% em base anual, com crescimento de dois dígitos em todos os segmentos de negócio.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 837,6 milhões, ante R$ 624,4 milhões negativos no mesmo período do ano passado, com margem ajustada de 14,1%.
O balanço foi bem recebido por investidores, com forte alta das ações na Bolsa brasileira nesta sexta (13). Os papéis EMBR3 encerraram o pregão com alta de 7,3% na B3, negociados a R$ 20,79.
No ano, a companhia apresenta ganhos de 119% na Bolsa até ontem, ante alta de 1,41% do Ibovespa – a terceira melhor performance do índice, abaixo apenas de Braskem (BRKM5) e Cia Hering (HGTX3), com ganhos de 138,2% e 125%, respectivamente.
Em comentários após a divulgação dos resultados, analistas do mercado financeiro ressaltaram os números positivos e acima do esperado, contribuindo para uma manutenção da recomendação de compra por casas como Itaú BBA e Bradesco BBI.
De acordo com o time de análise do BBA, a EMBRAER anunciou uma combinação poderosa de fortes entregas e receitas, diluição de custos fixos e despesas, bem como revisões positivas da base de custos no segmento de Defesa.
Isso levou o lucro antes dos juros e tributos (EBIT), a receita líquida e a geração de fluxo de caixa livre da companhia de volta a um território positivo, marcando o segundo trimestre como um ponto de inflexão, na avaliação dos analistas.
A EMBRAER também anunciou uma orientação construtiva para 2021, com projeção de receita entre US$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, fazendo com que as projeções atuais do banco pareçam um tanto conservadoras. Para os analistas do banco, além de bater as estimativas, o melhor ainda está por vir.
Na avaliação do Itaú, após um 2020 desafiador, a divisão comercial da EMBRAER deverá se recuperar em meio a uma retomada no tráfego aéreo, com os jatos E175 mantendo sua liderança no mercado comercial nos EUA, e com a próxima geração dos jatos E2 ganhando tração. O time de análise espera, contudo, que a divisão de aeronaves executivas seja retomada antes da comercial, que deve alcançar os patamares de 2019 apenas em 2023.
O Itaú BBA tem recomendação outperform (acima da média do mercado) para as ações da EMBRAER negociadas nos EUA e preço-alvo de US$ 21.
Uma interpretação positiva dos resultados também foi feita pelo Bradesco BBI, que destaca o aumento de margem bruta nas divisões de aviação comercial, executiva, bem como na área de defesa e manutenção de serviços. Segundo os analistas, os dados reforçam a visão do banco de que a nova equipe de gestão foi capaz de reduzir a estrutura de custos, aumentar a produtividade e melhorar o desempenho em todas as unidades de negócios.
Durante a teleconferência com o mercado, o BBI ainda destacou o plano estratégico da companhia de dobrar de tamanho até 2026. Além disso, estão no radar as negociações para a fusão entre EVE e o SPAC Zanite estão em andamento, enquanto a EMBRAER já operou o primeiro voo teste com um protótipo e deve apresentar publicamente em breve seu modelo Evtol.
O Bradesco BBI manteve sua recomendação de compra para os papéis da companhia negociados nos EUA, com preço-alvo de US$ 21.