EASA publica SIB (Boletim de Informação de Segurança) de alerta para riscos de incêndio de baterias de lítio de transmissores ELT de certos fabricantes (HR Smith e Techtest Ltd.), em 18.03.20

A EASA publicou um boletim de informação de segurança (SIB – Safety Information Bulletin) relativos a transmissores-localizadores de emergência ELT dotados de bateria de lítio, de determinados fabricantes, quanto à vulnerabilidade de incêndio, direcionado para garantir que a presença de fogo (no caso de falha da bateria de lítio do transmissor) não se propague do compartimento da bateria para o material circundante.
Trata-se do SIB n˚ 2020-04, publicado em 16/03/2020.
https://ad.easa.europa.eu/ad/2020-04
Os ELTs específicos em questão são aprovados em modelos das fabricantes HR Smith e Techtest Ltd., instalados em vários aviões e helicópteros de pequeno e grande porte.
O SIB se aplica aos seguintes modelos de ELT:
[1] HR Smith (Technical Developments) Ltd.:
– ELT com PN 500-12 (autorização JTSO EASA 21.O.1160)
– ELT com PN 500-27 (autorização JTSO CAA O.00008)
[2] Techtest Ltd., comercializado como HR Smith:
– ELT com PN 500-32-2Y e conjunto de bateria A01477 (autorização ETSO EASA 21O.10068213)
– conjunto de bateria PN A0696Y.
Os ELTs objeto da SIB são conhecidos por sua ampla utilização, não limitados às especificações de certificação pelos regulamentos CS023 e CS-25 (para aviões) e CS-27 e CS-29 (para helicópteros), ou por regulamentos equivalentes, FAR (EUA) e JAR. Alguns desses ELT e baterias também podem ser adotados a bordo de uma aeronave por operador sem serem instalados como um elemento do projeto de Tipo da aeronave, conforme a certificação Tipo (TC ou STC).
Os ELTs e as baterias aplicáveis, em caso de fuga térmica (thermal runaway) podem liberar gases em chamas. Como este incêndio espontâneo eventualmente se autoextingue, o projeto permanece em conformidade com os critérios do Apêndice 1 de ETSO-C142a. No entanto, a presença de fogo pode afetar o desempenho de equipamentos próximos do ELT, especialmente quando o ELT está localizado próximo a equipamentos de segurança, como dispositivos de flutuação.
No momento, a preocupação com a segurança descrita neste SIB não é considerada uma condição não-segura que justifique a publicação a Diretriz de Aeronavegabilidade (AD/DA) com a indicação de ação, conforme preconizado pelo Regulamento (UE) 748/2012, Parte 21.A.3B.
A EASA faz três recomendações no SIB.
Para detentores de certificados de projeto Tipo (TC) ou de alteração de projeto, com certificado suplementar Tipo (CST), a EASA recomenda que considerem a presença de fogo além de gases quentes na avaliação do efeito de falhas de bateria ao nível da aeronave dos produtos que são aplicáveis ao SIB. Essa avaliação deve incluir explicitamente o efeito do choque de fogo ou gases quentes em qualquer equipamento de segurança instalado nas proximidades do transmissor/bateria, como botes salva-vidas, coletes salva-vidas ou sistemas de flutuação de emergência. A condição especial da EASA sobre “Instalações de bateria de lítio não recarregável” fornece considerações adicionais (também válidas para aeronaves CS-23, CS-27, CS-29) para realizar esta avaliação.
Para operadores de aeronaves que tenham qualquer ELT afetado ou bateria(s) embarcada que não faça parte do projeto de Tipo de aeronave aprovado, ou alteração de projeto de Tipo, conforme aplicável, a EASA recomenda que assegurem que a presença de fogo (no caso de falha da bateria de ELT) não pode se propagar para o material circundante próximo do ELT. [EL]