Apesar da expansão do mercado de aviação executiva, os estoques de aeronaves permanecem mal resolvidos, avalia a consultoria Brian Foley, em 04.01.22
O mercado de aviação executiva frenética normalmente impulsionaria os participantes e investidores envolvidos no setor, mas os resultados gerais foram mistos, disse o analista Brian Foley, da Brian Foley Associates.
“Desde que as restrições de bloqueio de pandemia foram suspensas e passageiros abastados emergiram de seus bunkers, a indústria de aeronaves privadas está rompendo-se”, disse Brian Foley, citando operadores de aeronaves executivas norte-americanos que tiveram crescimento de atividade de 21% com relação aos níveis pré-pandêmicos, e o estoque de aeronaves executivas usadas caindo de 3% a 4%, e taxas book-to-bill [encomenda:entrega/faturamento] atingindo 2:1.
“Toda essa atividade de vôo e vendas normalmente beneficiaria os participantes do estoque do mercado. E embora isso seja em grande parte verdade, houve algumas exceções”, disse o analista. “Os investidores que previram o potencial de aumento das vendas de jatos executivos foram se saíram muito bem em 2021”. Brian Foley observou que as ações da General Dynamics, controladora da Gulfstream, aumentaram 40%, da EMBRAER 160% e da Bombardier 250%. No entanto, nem todos viram esse impulso. “O mercado de ações não tem sido tão gentil com as empresas mais jovens, muitas vezes com empresas envolvidas em objetivos especiais”.
Apesar da receita recorde e do forte crescimento na base de membros, a Wheels Up registrou prejuízos, fazendo com que alguns investidores questionassem se o negócio é escalonável, disse Foley. O resultado: a Wheels Up “democratizou as perdas com papéis do investidor com uma queda [no preço das ações] de mais de 50% no ano”, afirmou o analista.
Além disso, a florescente indústria de mobilidade aérea urbana “teve um início difícil”, observou Foley com a Archer Aviation, Lilium e Joby Aviation vendo as ações despencarem cerca de 40%. Além disso, os ativos públicos no setor de aviação executiva são limitados e muitos também envolvem organizações com maior presença em outros aspectos da aviação, incluindo o lado do transporte comercial, que ainda está 30% abaixo dos volumes de vôos pré-pandêmicos.
“Embora o futuro seja brilhante para a indústria da aviação geral, com o mercado endereçável expandindo-se permanentemente, nem todas as empresas de serviço público serão capazes de executá-lo e capitalizá-lo”, concluiu Foley. [EL] – c/ fontes
