FAA adiciona aprovação de mais modelos de aeronaves do transporte comercial por rádio-altímetros para operação em baixa visibilidade em aeroportos do EUA em áreas de 5G, em 20.01.22
Nesta quarta dia 19, a FAA concedeu novas aprovações de aeronaves do transporte comercial por rádio-altímetros para operação em baixa visibilidade em aeroportos do EUA com áreas adjacentes de rede 5G Banda C, aumentando o contingente para quase 62% da frota comercial americana. A mudança segue com a expansão das “zonas tampão” (buffer zones) de segurança em torno de algumas localidades de maior preocupação.
A FAA também ampliou o número de aeroportos disponíveis para aviões com rádio-altímetros previamente liberados para operação de aproximação/pouso em condição de baixa visibilidade.
Com a nova aprovação, a FAA adicionou outras 3 combinações.
Agora, a maioria das aeronaves de transporte registradas no EUA está liberada, incluindo modelos Boeing 717, 737, 747, 757, 767, 777, MD-10/-11 e Airbus A300, A310, A319, A320, A330, A340, A350 e A380.
A FAA destaca que “fez progressos durante as últimas duas semanas para reduzir com segurança o risco de atrasos e cancelamentos, pois os fabricantes de rádio-altímetros avaliam os dados das operadoras de telecomunicação sem fio para determinar a robustez de cada modelo/equipamento. Este trabalho mostrou que alguns rádio-altímetros são confiáveis e precisos nas áreas de 5G; outros devem ser adaptados ou substituídos”.
“Reconhecemos a importância econômica da expansão da 5G e apreciamos as provedoras de comunicação móvel que trabalham conosco para proteger o público aéreo e a cadeia de suprimentos do país. O complexo espaço aéreo do EUA lidera o mundo em segurança por causa de nossos altos padrões de aviação, e manter esse compromisso à medida que as empresas sem fio implantam a 5G”, disse o secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg.
A polêmica segue uma vez que avisos da indústria de uma variedade de partes interessadas – da GAMA à NBAA, pelo segmento da aviação geral – enfatizam a necessidade de uma ação rápida e decisiva para corrigir o problema de possível interferência e a confiabilidade de recursos de bordo para navegação de aviões e que, a despeito, todo o trabalho de qualquer importância parece ter sido concluído apenas após vários adiamentos da ativação da rede 5G.
Nesta quarta, na segunda rodada de aprovações, a FAA aprovou outros três modelos de rádio-altímetros para operação aérea uso em aeroportos com torres de telefonia celular próxima, onde as empresas de telecomunicações americanas AT&T e Verizon planejam ativar a rede 5G Banda C 5G. As novas aprovações permitem para 62% da frota comercial do EUA a operação (aproximação/pouso) em condição de baixa visibilidade nesses aeroportos determinados.
Na segunda (17), a FAA já havia liberado cerca de 45% da frota para execução de aproximações e pousos com baixa visibilidade em muitos dos aeroportos depois de aprovar dois modelos de rádio- altímetro instalados em uma “grande variedade” de aviões Boeing e Airbus. A combinação de aprovação de aeronaves e rádio-altímetros ‘abriu’ pistas em até 48 dos 88 aeroportos mais diretamente afetados pela interferência da rede 5G Banda C, divulgou a FAA. No entanto, esta aprovação não foi o suficiente e cias. aéreas internacionais que voam modelos de aeronaves afetadas, como o Boeing 777, suspenderam o serviço para várias cidades do EUA antes de um novo acordo da AT&T e da Verizon para novo adiamento da implantação da rede 5G Banda C, pela terceira vez, na data que estava prevista para a ativação, em 19 de janeiro.
Da lista de aeronaves comerciais aprovadas, dentre os modelos da Boeing (B.717, 737, 747, 757, 767 e B.777), o B. 787 Dreamliner continua sendo um modelo visivelmente ausente. A FAA emitiu nesta quarta (19), uma Diretiva de aeronavegabilidade (AD) para todas as três variantes do B.787 depois de determinar que, durante pouso, certos sistemas de aeronaves podem não fazer a transição adequada do modo Air (em vôo) para Ground (no solo) ao pousar em certas pistas. Como resultado, os pilotos podem experimentar um desempenho de desaceleração degradado resultando uma maior distância de pouso requerida ao normal devido ao efeito na implantação do reversor de empuxo (thrust reverser), na implantação do freio aerodinâmico em solo (speed brake) e no aumento do empuxo em regime Idle (idle thrust).
Além dessa combinação de rádio-altímetros x aeronaves comerciais, uma nova definição de zona de segurança – buffer zone (zona de amortecimento, ou zona cíclica) – anunciada pela FAA na terça (18) em torno de pistas próximas à implantação da 5G expandiu ainda mais o número de aeroportos disponíveis para aviões com os rádio-altímetros previamente aprovados para realizar operações em condição de meteorologia de baixa visibilidade.
Em um comunicado divulgado nesta quarta (19), a FAA também registra que continua trabalhando com os fabricantes para entender como vários sistemas de controle de vôo usam dados de rádio-altímetro. [EL] – c/ fontes