Líder da ALPA diz que restrições operacionais devido à 5G são caóticas para pilotos, em 04.02.22


O líder da ALPA – Airline Pilots Association (a associação de pilotos de linha aérea), Joe DePete, testemunhou perante o Subcomitê de Aviação do Congresso do EUA para reiterar os efeitos do serviço 5G – e as respostas confusas ao mesmo – no setor aéreo.

Em seu discurso aos legisladores, DePete descreveu a resposta da agência federal americana de comunicações FCC como uma “abordagem de chaminé” referindo-se ao punhado de correções temporárias destinadas a ganhar tempo para uma solução coerente e de longo prazo.

Com a bandeira da ALPA, DePete esteve à frente da emissão de uma série de recomendações destinadas a resolver questões semelhantes no futuro, como aumentar os esforços da FAA para manter-se atualizada com as mudanças no espectro nacional de frequências e exigir que a FCC compartilhe publicamente o novo serviço de transmissão de dados mediante a emissão de uma nova licença, além de exigir maior colaboração da agência com outros órgãos reguladores.

DePete recomenda que a FAA tenha autoridade para rejeitar da FCC aplicações de espectro novas ou expandidas que possam afetar as operações da aviação até que a segurança seja totalmente verificada.

Essas medidas poderiam ter interrompido o fiasco da 5G antes mesmo de começar, pois a FAA poderia ter mais liberdade e amplitude para agir antes que as frequências fossem concedidas e colocadas em serviço, ou se envolver na infraestrutura 5G antes de sua instalação em todo o país. A suposição inicial da concessão da frequênc 5G Banda C – ou seja, que as frequências no papel funcionando em um ambiente estéril e hipotético não devem se sobrepor aos equipamentos operacionais da aviação – não levou em conta as condições do mundo real e abriu as portas para uma variedade de complicações improváveis, mas possíveis.

“A situação atual mostra claramente que a abordagem da FCC ameaça a segurança e também está forçando os pilotos a realizar extensas soluções alternativas no futuro próximo”, testemunhou DePete. “Para os pilotos, o novo serviço 5G injetou mais complexidade – e mais risco – em operações de vôo já complexas. Agora devemos analisar como as diretivas regulatórias relacionadas ao sistema 5G afetam os aeroportos de partida, chegada e alternativos. O aumento da carga de trabalho do piloto reforça a importância de ter pelo menos dois pilotos qualificados, treinados e descansados ​​em cada cabine de comando”, pontuou DePete. [EL] – c/ fontes