ALPA ‘arrepiando’ FCC e novo lobby do setor de telefonia móvel para rede 5G, em 10.02.22


Em mais um artigo no tema do “conturbado” advento da rede 5G Banda C no EUA postado na mídia de aviação AIN, em 09/02/22, intitulado “Rips FCC, Wireless Lobby Anew over 5G” (ALPA entra rasgando na FCC e em novo lobby da telefonia móvel para rede 5G), o veterano jornalista da indústria aeronáutica Mark Huber divulga uma nova linha de ação da ALPA após a participação da associação em audiência no Congresso, no sub-comitê do transporte da aviação que aconteceu na semana passada, para discussão do advento.

No novo artigo, Huber escreve que a ALPA (Air Line Pilots Association International) lançou, nesta semana, “fogo” e “artilharia” brando na Comissão Federal de Comunicações (FCC) e representantes da indústria sem fio na confusão ainda em curso relação ao problema de interferência da rede 5G Banda C em rádio-altímetros, e as questões de segurança relacionadas.

Por meio de uma carta, segundo Huber “ardente”, ao presidente do subcomitê, ao parlamentar Rick Larsen (D-Washington), o presidente da ALPA, Joe DePete, escreveu: “dado que a agência legalmente responsável pela supervisão da indústria de telecomunicações [a FCC] falhou completamente em prover informação crítica/essencial relevante para a segurança do sistema de espaço aéreo americano e o diálogo voluntário de empresas do setor privado não começou até o momento exato em que suas ações causaram danos catastróficos à segurança pública, é claro que há uma falha sistêmica de governança sobre o uso do espectro pela indústria sem fio, divulgação de informações, e licenciamento. Isso exige um redesenho da autoridade do governo sobre esses provedores, incluindo a concessão de agências afetadas, como a FAA, autoridade para rejeitar ou modificar aplicativos de espectro novos ou expandidos, bem como a capacidade de interagir diretamente com a FCC”.

Segundo Huber, DePete observou que “a FCC não apenas não atendeu às nossas preocupações, mas negligenciou deliberadamente o cumprimento de suas responsabilidades regulatórias e pedido aos licenciados de dados críticos necessários para planejar o lançamento da 5G, mantendo a segurança da aviação. Essa falha por parte da FCC resultou em incerteza, complexidade e aumento da carga de trabalho para cada vôo”. Ainda pelo articulista, DePete sustentou que a FCC nunca pediu à indústria de telefonia sem fio os dados necessários para conduzir a avaliação de mitigação de risco de segurança. DePete observou que o custo de modernização de aeronaves comerciais com rádio-altímetros resistentes a interferências custaria facilmente de US$ 100.000 a US$ 150.000 por aeronave e a FAA poderia levar até quatro anos para aprovar esse novo equipamento.

Mas os comentários mais severos de DePete foram reservados e endereçados para a CTIA, uma organização que representa as operadoras de telefonia móvel em Washington DC. “Parece que [as operadoras 5G Banda C] Verizon e AT&T estão começando a entender a necessidade de compartilhar dados para o avanço da segurança [da aviação], mesmo que sua associação comercial, CTIA, não”, apontou DePete, segundo Huber.

Na parte final do artigo, Huber escreveu que DePete alertou que novos estresses no sistema de espaço aéreo nacional podem exacerbar o problema da 5G no futuro. “Enquanto esperamos novos participantes no sistema de aviação – sistemas e drones de aeronaves pilotadas remotamente, mobilidade aérea avançada, aeronaves hipersônicas e operações comerciais espaciais – precisamos garantir que essas entidades também não sejam afetadas pela interferência da 5G. Uma revisão completa e mitigação de riscos dos sistemas usados ​​por essas partes interessadas também são necessárias antes de permitir que a 5G na Banda C continue a expansão”. [EL] – c/ fontes