ACSF ampliando programas para uma maior rede de segurança entre operadores aéreos de todos os portes, em 12.04.22


A entidade ACSF – Air Charter Safety Foundation/Fundação de Segurança da Aviação por Fretamento (ACSF) continua expandindo sua busca e meta na aplicação de novos programas e iniciativas para elevação do nível na segurança operacional para operadores menores e maiores.

Falando durante simpósio da ACSF em Daytona Beach, na Flórida (EUA), no dia 05, o chaiman da entidade, e também vice-presidente de operações de vôo e diretor de operações da Pentastar Aviation, Robert Rufli disse que a liderança da “teve algumas reuniões estratégicas nos últimos anos para tentar ajudar a Air Charter Safety Foundation a começar a se concentrar em diferentes áreas”.

Rufli expressou a necessidade de ter um alcance mais amplo, observando que existem cerca de 2.000 – principalmente pequenos – operadores regidos pelo regulamento PART-135 que devem se preparar para a obrigatoriedade de sistemas de gerenciamento de segurança (SMS). “Precisamos ajudá-los a entender como fazê-lo [SMS] e como fazê-lo corretamente”.

Rufli enfatizou que o SMS é mais uma forma de arte do que um processo e disse: “não queremos que esses [operadores] tenham apenas um processo, queremos que eles tenham um SMS eficaz. Então é isso que queremos fazer. Queremos chegar ao nosso setor e alcançar os operadores menores e realmente ajudá-los”.

A ACSF lançou no ano passado uma ferramenta de SMS que é aplicável para operações de todos os portes e é oferecida gratuitamente aos clientes que participam do programa ASAP – Aviation Safety Action Plan (Plano de Ação de Segurança na Aviação) da entidade que administra para operadoras em conjunto com a FAA.

A próxima direção para o ACSF, disse Rufli, é o monitoramento de dados de vôo (FDM – Flight Data Monitoring). “Vemos isso como a próxima grande coisa na indústria que pode realmente causar um impacto”, disse Rufli. “Nós só queremos ser seu guardião”.

O presidente da ACSF, Bryan Burns, afirmou que a entidade já começou o teste beta de um programa FDM neste ano com três operadores e o objetivo é coletar dados e abri-lo amplamente, como tem feito com o programa ASAP.

Além disso, a ACSF está começando a trabalhar a nível acadêmico para construir dados sobre os quais desenvolver o que Rufli chamou de reportes do estado da indústria. “Você não conserta nada a menos que você meça”, observou Rufli, acrescentando que esses relatórios podem destacar os principais problemas de segurança.

Junto com isso, a ACSF, trabalhando em conjunto com a NATA – National Air Transportation Association (Associação do Transporte Aéreo Nacional), organizou sua primeira Mesa Redonda de Segurança da Aviação Executiva, em fevereiro. A mesa redonda reuniu profissionais de segurança do setor para mergulhar fundo nas questões que precisam ser abordadas. “Vocês nos deram suas ideias e nosso próximo passo é levá-las a mesas de debate de operadores regionalmente. Vamos tentar colocar os pequenos operadores nas salas e ouvir quais são seus problemas”, disse Rufli, que ainda observou que as sessões regionais também servirão como meio de educar os operadores menores sobre as ferramentas disponíveis para SMS e outras iniciativas-ferramentas de segurança.

O vice-presidente da ACSF e ainda COO da Magellan Jets, Todd Weeber, incentivou os participantes a aparecerem e ajudarem a entidade a “bater de porta em porta” para trazer os operadores do transporte pelos regulamentos PART-91 e PART-135 para esses eventos. Weeber enfatizou a importância porque o público em geral não discerne entre uma operação entre as duas modalidades do transporte (PART-91 e -135) quando ocorre um acidente.

Enquanto esses novos esforços estão em andamento, a ACSF continua a desenvolver seu programa ASAP, que fornece um canal não-punitivo para o reporte de infrações e deficiências de segurança. Esses reportes são revisados ​​e usados ​​para resolver problemas e os dados são acumulados para descobrir problemas de segurança mais sistêmicos. Lançado em 2012, o programa ASAP agora abrange 209 empresas que respondem por 254 certificados, informou Rufli. Isso representa 60% de todos os certificados participantes no país, destacou Rufli, acrescentando que esse contingente também inclui as operações do transporte de serviço aéreo público regular (PART-121). “Temos um grande recurso para [operadores]”, disse Rufli, para emendar: “Eu não posso falar o suficiente sobre o quanto ASAP realmente causou um impacto”. Rufli citou, como exemplos, casos em que o controle de tráfego aéreo mudou procedimentos chegadas como resultado de relatórios ASAP. “Há todos os tipos de coisas acontecendo por causa do ASAP. É extremamente importante”.

Burns deu ainda maior ênfase, observando que 90% dos relatórios ASAP são de fonte única e disse que este tipo de informação nunca poderia ter sido desenterrado sem o programa.

Além disso, a ACSF está ganhando força com sua colaboração com a FAA e a NATA no esforço de combater o fretamento ilegal. A fundação de segurança gerencia uma linha direta de ação contra o fretamento ilegal como parte desse esforço. “Está aumentando”, comentou Rufli, observando que a União Européia já entrou em contato com a ACSF para saber como iniciativa é administrada.

Com essas iniciativas em andamento, Rufli disse aos participantes do simpósio que a ACSF permanece aberta a outras ideias para ajudar a avançar em sua missão, que ele disse que “é realmente apenas promover o mais alto nível de segurança para a indústria. Queremos ser pensadores avançados”. [EL] – c/ fontes