Seneca II tem incidente em aterrissagem por falha de trem de pouso, sem indicação de pane, em Paranavaí, no PR, em 23.04.22


Fonte: g1 – 10/04/2022
Um avião bimotor Seneca II teve um incidente de pouso por falha de trem de pouso no aeródromo de Edu Chaves, em Paranavaí, no noroeste do Paraná (a 35 MN a noroeste de Maringá e 75 MN a W-NW de Londrina), na manhã deste domingo dia 10.

Conforme relato do piloto, no momento da aterrissagem o trem de pouso não funcionou e o avião arrastou pela pista por alguns metros. Segundo ainda informou o piloto, não houve indicação no painel de falha do trem de pouso, por isso, o susto dos dois ocupantes ao perceber que o trem de pouso não havia funcionado.

Os dois ocupantes da aeronave não sofreram ferimentos.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi comunicado e autorizou a retirada do avião da pista. O avião foi removido para um hangar.

A aeronave procedia de Tatui, interior de São Paulo, com destino de Paranavaí. O aeródromo público de Tatuí (SDTF) – com pista asfaltada de 30 x 1.300 m., para operação VFR diurna – dista 255 MN (em rota direta) a leste do aeródromo público de Paranavaí/Edu Chaves (SSPI), com pista (13/31) de 30 x 1.500 m., asfaltada (resistência de pavimento PCN 13), em altitude de 1.555 pés, para operação VFR diurna.

No momento, no aeródromo público de Paranavaí (SSPI), estão proibidas operações de pouso de aeronaves civis turbojato (motorização à reação), exceto por necessidade de emergência médica ou de transporte de valor mediante prévia coordenação com a operadora do aeródromo, o município/prefeitura de Paranavaí.

Atualização: de acordo com o piloto (cmte.) do avião, o trem de pouso apresentou problema na hora de aterrissar e o “bico” bateu no chão, se arrastando por alguns metros, o que provocou danos na fuselagem e hélices. “Houve uma pane no trem de pouso. Não estava travando, apesar de ter acendido no painel as três luzes verdes, indicando que estava tudo normal”, explicou.

Nenhum dos ocupantes da aeronave se feriu.

O piloto ainda informou que havia saído de manhã da cidade de Tatuí (SP) com destino de Paranavaí.

O avião incidentado é o EMBRAER/Neiva EMB-810C Seneca II prefixo PT-EUV (registro produção sn 810233, fabricação 1978). O avião é de propriedade e operado por Pessoa Física, registrado na categoria do transporte de serviço público não-regular/Taxi-aéreo (TPX/RBAC 135), com último registro de compra/transferência em janeiro passado. O avião está aprovado para capacidade de até cinco passageiros e MTOW de 2.073 kg, para operação IFR diurna/noturna. O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) foi emitido em julho de 2012 e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) tinha validade até abril de 2023.

Atualização [fonte: g – 16/04/2022] – o piloto que sofreu o incidente de pouso foi preso ao regressar ao aeródromo, no cumprimento pela Polícia de um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. Depois da prisão, o piloto foi encaminhado para a delegacia de Paranavaí.

Conforme a Polícia, o mandado de prisão por tráfico de drogas foi expedido pela Justiça do Amazonas.

A aeronave passou por reparos e permanecia em um hangar do aeródromo.

Atualização: o CENIPA listou a ocorrência no painel SIPAER, como incidente grave com “trem de pouso”, registrado no dia 10/04, às 12:40Z (09:40LT).

Segunda súmula factual inicial, o avião EMBRAER/Neiva EMB-810C Seneca II prefixo PT-EUV (registro produção sn 810233, fabricação 1978) decolou do Aeródromo de Tatuí (SDTF), neste município de SP, com destino ao Aeródromo “Edu Chaves” (SSPI), no município de Paranavaí, no PR, por volta das 11:00Z (08:00LT) a fim de realizar vôo particular com dois pilotos à bordo. Por volta das 12:40Z (09:40LT), durante a realização do pouso ocorreu um recolhimento inadvertido do trem de pouso auxiliar. A aeronave teve danos leves, os dois pilotos saíram ilesos.

No tocante da investigação aeronáutica, o avião foi retido para análise e perícia.

O aeródromo “Edu Chaves” (SSPI), no município de Paranavaí/PR, dista cerca de 255 MN a oeste do Aeródromo de Tatuí (SDTF), com Londrina/PR quase em rota (direta SDTF-SSPI) – o ponto do travês distando 75 MN de Paranavaí (SSPI).

Elm elevação de 1.555 pés, o aeródromo “Edu Chaves” (SSPI) fica no limite da TMA-Londrina (Espaço Aéreo Classe “D” – FL045 até FL145) e na FIR Curitiba/SBCW.

Na TMA-Londrina, ficam os aeroportos de Maringá (SBMG) e de de Londrina (SBLO).

O aeroporto de Maringá (SBMG), a 1.801 pés, dista 35 MN a sudeste (circundado pela CTR Maringá – de raio de 5 MN, Espaço Aéreo Classe “D” – da superfície a 4.500 pés – e pela FIZ Maringá – de raio de 15 MN, Espaço Aéreo Classe “G” – da superfície a 3.500 pés. O aeroporto de Londrina (SBLO), a 1.867 pés, dista 76 MN a leste-sudeste (circundado pela CTR Londrina – de raio de 15 MN, Espaço Aéreo Classe “D” – da superfície a 4.500 pés).

Um vôo de Tatuí (homologado para operação VFR) com destino do “Edu Chaves” (SSPI), este sendo um aeródromo homologado para operação VFR, numa rota direta, a menos de uma operação em regra IFR em segmento intermediário da viagem (com PLN “Z”) e de manter-se até próximo do destino à altitude acima do “teto” das REAs, ficará sujeito à chegada via estes corredores, voando pelos corredores “G”, “D” e “B” (caso desde o ingresso na TMA) ou, como uma opção, voando por cima as REAs desde o ingresso na TMA para interceptar a  posição visual “Santa Fé” (interseção das REAs “B” e “N”), à altitude de 5.500 pés e seguir deste ponto pelo corredor “B” até o “Edu Chaves” (SSPI), um segmento de cerca de (37 MN), condicionado à aprovação de órgão de controle de tráfego aéreo local (APP-Londrina). Estas duas alternativas de rota resultariam uma distância voada de 267 MN ou 256 MN.