Novas exigências da FAA podem atrasar certificação do Gulfstream G700, anuncia a fabricante americana, em 29.04.22

A General Dynamics, controladora da Gulfstream Aerospace, alertou nesta quarta dia 27 que a certificação do novo jato cabine larga G700, planejada para o quarto trimestre, pode atrasar de três a seis meses devido a um novo requisito adicional requerido da FAA.
De acordo com a presidente e CEO da General Dynamics, Phebe Novakovic, a FAA exigiu da Gulfstream realizar uma validação linha por linha de software para o jato executivo, equipado com sistemas Fly-by-wire.
A divulgação de maior exigência da FAA reforça os temores da indústria sobre o maior escrutínio da FAA para futuras certificações de aeronaves após todo o problema que envolveu o projeto do B.737-MAX, relativamente ao seu sistema MCAS.
Novakovic não mencionou especificamente a Boeing, ao invés vez disso contornando a questão dizendo que o requisito extra demorado “é o resultado de eventos independentes de nós”.
Novakovic acrescentou que um atraso na certificação do G700 também terá um efeito indireto no derivado G800.
O primeiro vôo do G800 está planejado para o primeiro trimestre de 2023 – programado para ocorrer logo após a aprovação do G700 – enquanto a certificação sempre foi prevista para “seis a nove meses após o G700”. O atraso na certificação do G700 também interromperá o início das entregas do modelo, embora da possibilidade da Gulfstream vir aumentar a produção de outros modelos para compensar um déficit temporário, disse Novakovic, antecipando efeitos para resultados financeiros.
Em meio ao curso do programa, todos os testes estruturais do G700 estão completos e a certificação dos motores Rolls-Royce Pearl 700 do modelo pela FAA é esperada nos próximos meses, observou Novakovic. A produção de jatos G700 de clientes também está em andamento. Os cinco protótipos na campanha de testes de vôo já registraram 2.800 horas de vôo até o momento, de acordo com Novakovic. [EL] – c/ fontes