DECEA presta serviço ATC em Parintins/AM, em caráter temporário, na temporada de festival folclórico anual na localidade, em 12.07.22

No último dia 04, o DECEA postou notícia de divulgação de uma recente ação empreendida do CINDACTA-IV de prestar serviços de controle de tráfego aéreo, de informação de meteorologia e “Informações Aeronáuticas”, em caráter temporário, em parte do mês de junho, no Aeroporto Júlio Belém (SWPI), em Parintins/AM, durante a temporada de festival folclórico anual na localidade.

Conforme a notícia, em março de 2022, a prefeitura municipal de Parintins e a Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas solicitaram apoio à FAB para prover a segurança do espaço aéreo na localidade, devido à expectativa do intenso fluxo de aeronaves para o Festival Folclórico de 2022 – após dois anos de cancelamento por causa da pandemia Covid-19.

Neste cenário, o CINDACTA-IV (Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) iniciou o trabalho ainda em março, com a primeira visita das equipes técnica e operacional ao Aeroporto Júlio Belém (SWPI), na qual foram indicadas ações de aprimoramento de Torre de controle, do sistema de fornecimento de energia da pista, do pátio, da sinalização e do sistema de combate à incêndio. Após a realização de todos os ajustes pela prefeitura de Parintins, a equipe do CINDACTA-IV iniciou, em 07 de junho, as instalações de todos os equipamentos de comunicação, telefonia e meteorologia necessários ao controle do tráfego aéreo, que foram disponibilizados para a aviação local após o vôo de homologação do GEIV.

No período de 17 a 30 de junho, o CINDACTA-IV prestou os serviços de Controle de Tráfego Aéreo – por meio de Torre de Controle (TWR) e do Controle de Aproximação (APP), prestação de informação de meteorologia e Informações Aeronáuticas, para a manutenção da segurança das operações aéreas. Tais recursos viabilizaram a ordenação temporal dos vôos para o aeroporto de Parintins, provendo agilidade e eficiência no fluxo de aeronaves.

O DECEA disponibilizou o procedimento de aproximação por instrumentos para o aeroporto de Parintins (RNP APCH RWY 06), disponível desde o dia 19/05/2022, que além de elevar a segurança também agilizou operações durante o festival deste ano.

Adicionalmente, durante todo o festival – de 24 a 26 de junho – foi implementado o serviço de slot, que consiste em janelas temporais de operação para aeronaves, estabelecidas antes do planejamento dos vôos para Parintins, a exemplo do que é praticado nos grandes aeroportos do país, em função do elevado fluxo de aeronaves.

Como resultado da missão, foram registrados os seguintes números:

• 635 tráfegos controlados (cerca de 55% de crescimento em relação ao último festival, realizado em 2019) – recorde histórico de movimentos em Parintins;
• 79% das aeronaves que pousaram em SBPI, durante o período de ativação do APP e da TWR, utilizaram o procedimento RNP APCH;
• 116 movimentos aéreos (em 27 de junho), o maior registro na história do aeródromo SWPI; e,
• zero ocorrência de Incidente de Tráfego Aéreo e Irregularidade de Tráfego Aéreo.

O aeroporto de Parintins (SWPI) dista 200 MN a leste de Manaus/AM (SBEG) e 120 MN a oeste de Santarém/PA (SBSN). O aeroporto é operado pelo Estado do AM, com homologação para operação VFR diurna/noturna. Em elevação de 85 pés, o aeroporto tem pista (06/24) de 30 x 1.800 m., de asfalto, com resistência de pavimento PCN 33 e resistência de subleito média. A pista é dotada de sistema de luzes de balizamento, não contando com sistemas de indicação de rampa de aproximação. O aeroporto não opera com serviços de controle de tráfego aéreo ou de informações de tráfego aéreo de aeródromo, mas a operação conta com serviço de informação por ERAA (Estação de Radiodifusão Automática de Aeródromo).

Conforme restrição vigente, a pista 24 não é operacional para pouso enquanto a pista 06 não é operacional para decolagem, devido a aterro controlado próximo da cabeceira 24 (setor NE). ROTAER também informa a presença aviária nos arredores do aeroporto – [1] de concentração de pássaros (urubus) no setor de aproximação das cabeceiras (THR) 06 e 24 e [2] de concentração de pássaros nas imediações da pista (06/24).

ROTAER informa a existência de três “Obstáculos de Aeródromos”, a nordeste do aeródromo, com duas torres metálicas muito próximas (185 m.), quase que no eixo estendido da pista (06/24 – RM 064º/244º), sendo:
[1] torre metálica, não-iluminada, elevação de 303 pés (218 pés/66,5 m. AGL), com locação nas coordenadas 02º38’37,85”S / 056º44’57,83”W (um ponto a 2 MN no RM 058º do ARP, ou 2 MN da cabeceira 24 no RM 061º). Transversalmente do eixo prolongado da pista, este obstáculo está separado de cerca de 194 m. O topo do obstáculo com relação à cota da cabeceira 24 implica um perfil de 1,03º (1,79%). Por exemplo, uma aproximação para pouso na cabeceira 24, com rampa usual de 3º (5,24%) e cruzamento de cabeceira a 50’ (padrão), implicaria passagem no través do obstáculo (distante 194 m.) à uma altitude de cerca de 772 pés, resultando um gabarito sobre o topo do obstáculo de 469 pés.
[2] torre metálica, não-iluminada, elevação de 252 pés (167 pés/51 m. AGL), com locação nas coordenadas 02º38’34,96”S / 056º44’54,67”W (um ponto a 2,1 MN no RM 058º do ARP, ou 2 MN da cabeceira 24 no RM 061º).
[3] rede de alta tensão de 9,15 m. (30 pés) de altura, distante 240 m. da cabeceira 24, no sentido transversal ao eixo (prolongado) da pista (06/24).