CAE e Piper formam parceria para desenvolver CST (STC) para monomotor PA-28-181 Archer com remotorização elétrica, em 21.07.22


A canadense CAE (uma líder mundial em centro de instrução de aviação) e a americana Piper Aircraft anuciaram a formação de uma parceria para desenvolver um Certificado Tipo Suplementar (CST/STC) para versão do monomotor Piper PA-28-181 Archer com remotorização elétrica, nesta terça dia 19, em meio à programação da feira aeronáutica Farnborough Airshow.

Para o projeto, a Safran Electrical & Power fornecerá seu motor elétrico EngineUs 100, com capacidade de potência máxima de 150 kW na decolagem e incorporando um controlador de motor integrado. A empresa suíça H55 fornecerá o sistema de bateria para o projeto da remotorização do modelo. A H55 forneceu a tecnologia usada no avião-demonstrador Solar Impulse.

O projeto conta com o apoio de um programa Project Resilience, no qual a CAE planeja investir C$ 1 bilhão nos próximos cinco anos em inovação, por meio de uma parceria com os governos do Canadá e Quebec.

Ao anunciar a parceria, o presidente e CEO da CAE, Marc Parent, disse que o projeto combina o “espírito inovador da CAE e nosso compromisso com a sustentabilidade” e ocorre no momento em que a empresa comemora seu 75º aniversário. Quanto à mudança para eletrificação de um Piper Archer, Marc observou que a nova tecnologia de propulsão estimulou o desenvolvimento ao longo da história da aviação. “Estamos vendo isso aqui hoje”, disse Marc, para emendar: “Este é um salto em frente para o CAE”.

Observando que a Piper produziu mais de 28.000 aparelhos Archer, Marc acrescentou que a seleção desse modelo faz sentido para a CAE por ser uma das maiores operadoras da aeronave da Piper. “Temos literalmente centenas de aeronaves e uma grande parte são aeronaves Piper Archer”, disse Marc. Nesta condição, Marc acrescentou que a Piper está “absolutamente posicionada para reunir os líderes em eletrificação … para desenvolver uma modificação para a aeronave”. Marc acrescentou que a modificação (de remotorização elétrica) serpa importante para a CAE não somente por tornar mais sustentável a atividade de treinamento em vôo mas também para ajudar na instrução de pilotos na operação de aeronaves elétricas, o que Marc vêm como uma necessidade importante para o futuro. Marc disse que ainda não estava pronto para revelar um cronograma para o projeto, e limitou-se a comentar: “Não estamos falando de anos”. O preço ainda está por vir.

Os planos na parceria requerem que a CAE disponibilize o STC não apenas para suas escolas de vôo, mas para utilização por outras operadoras em todo o mundo. E sob o acordo para parceria, a Piper terá a capacidade de alavancar o STC para seus outros produtos e para a linha de produção.

Ron Gunnarson, vice-presidente de vendas, marketing e suporte ao cliente da Piper, disse que a abordagem é semelhante à que foi adotada com o motor Continental CD-155 que pode funcionar com diesel ou JET-A (QAv) para uma versão da linha Archer. Gunnarson acrescentou que a Piper planeja avançar com essas avaliações.

A linha Archer é oferecida em cinco variantes:
1 – DLX: de quatro assentos, com motorização Continental CD-155, com potência limitada a 155 HP, com hélice MT tripá de velocidade constante, e suíte aviônica Garmin G1000NXi, com duas telas GDU 1050 (Ground Data Unit) de 10,4” (26,4 cm) como PFD e MFD, com sistema de piloto-automático Garmin GFC-700 e sistema ativo AFCS – Automatic Flight Control System – avançado, sistema de visão sintética (SVT),sistema de segurança AoA (Angle of Attack), de aviso de tráfego GTS-800 e radar meteorológico por satélite GDL 69A SXM, com itens opcionais dos sistemas ESP (Electronic Stability Protection/Proteção de Estabilidade Eletrônica) e USP (Underspeed Protection/Proteção contra velocidade abaixo da mínima). Velocidade de cruzeiro máxima é de 123 KTAS e o alcance máximo de 848 MN, com altitude máxima aprovada de 16.000 pés.
2 – DX: variação do DLX com interior (acabamento) mais simples.
3 – LX: de quatro assentos, com motorização Lycoming IO-360-B4A, de 180 HP, com hélice bipá Sensenich de passo fixo, e suíte aviônica Garmin G1000NXi, com duas telas GDU 1050 (Ground Data Unit) de 10,4” (26,4 cm) como PFD e MFD, com sistema de piloto-automático Garmin GFC-700 e sistema ativo AFCS – Automatic Flight Control System – avançado, sistemas de visão sintética (SVT), de aviso de tráfego GTS-800, de alerta de proximidade de terreno (TAWS) e de segurança AoA (Angle of Attack), radar meteorológico por satélite GDL 69A SXM, com itens opcionais dos sistemas ESP (Electronic Stability Protection/Proteção de Estabilidade Eletrônica) e USP (Underspeed Protection/Proteção conta velocidade abaixo da mínima). Velocidade de cruzeiro máxima de 128 KTAS e alcance máximo de 522 MN, com altitude máxima aprovada de 14.100 pés.
4 – TX: variação do LX com interior (acabamento) mais simples.
5 – Pilot 100i: variante de avião-treinador, de três assentos, com motorização Lycoming e suíte aviônica Garmin G3X Touch, com uma tela PDF de 10,6” (26,9 cm), configurável para partilhamento PFD/MFD, com sistema de piloto-automático Garmin GFC-500 com sistema ESP e sistema SVT (opcional).

O monomotor Archer é um projeto com fuselagem metálica, asa baixa e trem de pouso fixo, com dimensões de comprimento de 24 pés (7,3 m.) e altura de 7 pés e 3 polegadas (2,2 m.), com asa de envergadura de 35 pés e 6 pol. (10,80 m.), com capacidade de combustível utilizável de 48 galões (182 litros). O peso vazio (padrão) é de 1.764 lb. (800 kg) e o MTOW de 2.550 lb. (1.157 kg); a carga-útil (padrão) é de 794 lb. (360 kg). [EL] – c/ fontes