Bombardier reporta resultados trimestrais com números estáveis, em 06.08.22

A Bombardier entregou 28 aeronaves no segundo trimestre, uma a menos do que há um ano, e as receitas ainda aumentaram ligeiramente com a força de seus negócios de serviços, informou a fabricante canadense nesta quinta dia 04, na divulgação de seus resultados financeiros trimestrais.

Ao mesmo tempo, a carteira de pedidos (backlog) da Bombardier continuou em crescimento, chegando a US$ 14,7 bilhões, um aumento de 37% na comparação ano a ano – e o valor “mais saudável … que tivemos em um longo tempo”, segundo o presidente e CEO Eric Martel.

Mantendo sua meta em mais de 120 entregas para o ano, a Bombardier reportou uma relação book-to-bill [encomenda : entrega/faturamento] de 1,8:1 no segundo trimestre.

Martel ressaltou como importante que a carteira de pedidos representa uma mistura de clientes e está “bastante bem distribuída em todos os setores. Cada programa está contribuindo”. Isso ressalta a força da backlog e dá melhor visibilidade ao planejamento da produção, salientou Martel.

No entanto, Martel apontou a cadeia de suprimentos como um “vento cruzado” que, segundo ele, “está contribuindo para manter o aumento da entrega em um ritmo conservador e estável”. Martel acrescentou que a Bombardier permaneceu “meticulosa” no planejamento detalhado na alavancagem da produção e levou em consideração os riscos da cadeia de suprimentos no seu planejamento e metas (guidance). Martel citou os motores como uma área que a Bombardier está observando, mas ele também comentou os problemas espalhados pelos outros níveis de fornecedores. A Bombardier trouxe internamente vários “pacotes de trabalho que estavam em risco” e isso a ajudou a gerenciar melhor a escassez da cadeia de suprimentos, disse ele, observando que isso resultou no aumento de 500 empregos.

Mesmo assim, Martel disse que a Bombardier está de olho em um aumento de 15 a 20% na produção no próximo ano e estimou a carteira de pedidos (backlog) em termos de produção em cerca de dois anos.

As entregas do segundo trimestre refletiram a descontinuação da produção do modelo do jato leve Learjet. Três aeronaves LJ foram entregues no segundo trimestre do ano passado, contra nenhuma no trimestre mais recente. No 2T22, foram entregues 16 jatos Global, uma unidade abaixo do segundo trimestre de 2021, e as entregas do Challenger foram de 12 jatos, um aumento de três aparelhos.

No acumulado no ano (no 1S22), as entregas caíram em seis aeronaves, incluindo cinco jatos Global a menos (para um total de 28) e um Learjet a menos (três foram entregues no primeiro trimestre), enquanto as entregas do Challenger permaneceram estáveis ​​em 18 nos primeiros seis meses.

Enquanto isso, à medida que a Bombardier continua a expandir sua capacidade de manutenção, as receitas de serviços aumentaram 22%, para US$ 359 milhões. Isso levou as receitas totais para US$ 1,557 bilhão no trimestre, ante US$ 1,524 bilhão um ano atrás (um aumento de US$ 33 milhões, ou 2,2%). O EBITDA ajustado aumentou 41% para US$ 201 milhões no trimestre, mas com os custos de financiamento, à medida do trabalho em sua dívida, a Bombardier registrou um prejuízo líquido de US$ 129 milhões. [EL] – c/ fontes