Sem desfecho, processo para internacionalização do aeroporto de Sorocaba (SP), iniciado em 2013, se aproxima de uma década, mas concessionária VOA-SP informa que assumiu e está dando continuidade ao processo, em 11.08.22
Fonte: g1 – 04/08/2022
Os primeiros passos para a internacionalização do Aeroporto Bertram Luiz Leupold (SDCO), de Sorocaba (SP), estão prestes a completar uma década, e ainda sem um desfecho positivo para a cidade.
Agora, com a concessão dos serviços à iniciativa privada, a concessionária que assumiu afirma que está dando continuidade ao processo. A concessionária VOA-SP informou que se juntou à Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (CONAERO) “com o propósito de dar continuidade ao processo de internacionalização dos aeroportos de Ribeirão Preto e Sorocaba, este último como centro de manutenção e serviços de aeronaves”.
“A Rede VOA realizou reunião com a Delegacia Regional da PF, com o propósito de sanar pendências reportadas no relatório daquele órgão em 2019, dentre outros, versando sobre ações mitigadoras na vulnerabilidade de acesso ao aeroporto, incluindo a separação de área privada da operacional, recuperação de muros, alambrados e cercas, bem como melhoria de procedimentos de segurança, por meio de vigilância eletrônica de pontos sensíveis [RBAC 107 – de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita – Operador de aeródromo”]”, destaca a VOA SP.
Ainda conforme as respostas, a empresa está em fase de contratação dos serviços de ambulância, gerenciamento de resíduos, manutenção de ar-condicionado, supressão e raspagem de leucenas, câmeras perimetrais, reforma do terminal de passageiros, colocação de câmera interna e portão de controle de acesso à área operacional, entre outros. Essa fase deve ser encerrada no final deste ano.
“O processo de internacionalização já foi retomado desde abril, com andamento de ações internas e externas pela Rede VOA, devendo estar totalmente encerrado até fevereiro de 2023”, finaliza.
A ANAC informa que “até o momento, não foi localizada solicitação de pedido de internacionalização do aeródromo de Sorocaba (SP) por parte de seu operador”.
As primeiras tratativas a internacionalização do aeroporto foram feitas no início de 2013, quando o economista Geraldo de Almeida era secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Sorocaba. Uma viagem a Brasília chegou a ser realizada para tratar do tema. Com sucessivas trocas de secretários durante as gestões municipais, o assunto deixou de ser prioridade e voltou à pauta com mais ênfase somente no final da década passada.
O Aeroporto Catarina (SBJH), na cidade de São Roque (18 MN a NE-E de Sorocaba/SDCO), que é da iniciativa privada, não existia quando houve as primeiras tratativas de internacionalização de Sorocaba, começou a operar e já tem, desde 2021, autorização para operações internacionais de chegada e saída de aeronaves, atendendo aeronaves de matrícula brasileira e estrangeira.
A Rede VOA-SP assumiu a operação dos 11 aeroportos estaduais do bloco sudeste a partir do dia 1º de abril de 2022, que inclui Sorocaba.
O portal da VOA-SP divulga os seguintes planos para o Aeroporto Bertram Luiz Leupold (SDCO):
– adequação do terminal e instalações aeroportuárias,
– provisão de sistemas de sinalização e iluminação, sistema de indicador de rampa de aproximação (PAPI),
– adequações na infraestrutura para habilitação de vôos visuais sem restrição noturna,
– implementação de áreas de segurança (RESA) nas cabeceiras,
– investimentos em recapeamento, pintura e iluminação das pistas principais e de taxiamento,
– homologação para operações de vôo IFR, e,
– regularização de licenciamento ambiental.
O Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupold (SDCO), em Sorocaba, dista cerca de 50 MN a oeste-noroeste de São Paulo/Congonhas (SBSP). O aeroporto de Sorocaba consolidou-se como um pólo de manutenção de aeronaves, com várias organizações de manutenção aeronáuticas instaladas no aeroporto, incluindo unidade de serviços da fabricante brasileira EMBRAER.
O aeroporto Bertram Luiz Leupold (SDCO) está na ATZ Sorocaba, de raio de cerca de 5 MN, do solo até 1.500 pés, na TMA-SP (setor 1), que consiste em espaço aéreo Classe C de 5.500 pés ao FL145 e Classe A do FL145 até FL245, e na FIR Curitiba, em ponto próximo do limite da FIR Brasília. O aeroporto dista 6,4 MN na radial 306 do VOR Sorocaba/SCB.
Em elevação de 2.083 pés, o Estadual Bertram Luiz Leupolz (SDCO), tem pista (01/19) de 30 x 1.630 m., de asfalto, com resistência de pavimento PCN 36 e resistência de subleito média, para pressão máxima de pneus até 1,75 MPa (253 psi). As duas cabeceiras são deslocadas, a THR 01 em 50 m. e a THR 19 em 100 m., e as distâncias declaradas são:
TORA (m.) ASDA (m.) TODA (m.) LDA (m.)
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RWY 01 1.530 1.630 1.530 1.580
[=1.630 -100] [=1.630 -50]
RWY 19 1.580 1.630 1.580 1.530
[=1.630 -50] [=1.630 -100]
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ROTAER informa a existência de um “Obstáculo de Aeródromo” de um mastro sem iluminação com altitude de topo de 2.262 pés/689,5 m. (ie, 179 pés/55 m. AGL), com locação nas coordenadas 23º29’19,92”S/047º28’30,28”W (a 1,1 MN do RM 150º do ARP).
O aeroporto tem homologação para operação VFR diurna/noturna e opera com serviços de controle de tráfego aéreo, no expediente de 11:00-21:00Z (08:00-18:00LT), diariamente, ou com serviços de informação de tráfego aéreo controle de tráfego aéreo, nos expedientes de 09:15-10:59Z (06:15-07:59LT) e de 21:01-01:45Z (18:01-23:45LT), diariamente. O balizamento funciona no horário de 09:15-01:45Z (06:15-23:45LT), ou em outro horário mediante prévia solicitação junto da Rede VOA.
A pista é dotada de sistemas de luzes de cabeceira, de laterais ao longo da pista principal (a cada 60 m.) e das laterais de taxiways, e também de sistema de indicação de rampa de aproximação PAPI (com rampa de ângulo de 3,30º, para MEHT de 64 pés) na cabeceira 01.
A operação de vôo no aeroporto conta com carta de tráfego visual (VAC), prevendo tráfego padrão à altitude mínima de 3.100 pés (1.017 pés AGL) para aviões CAT A/B e de 3.600 pés (1.517 pés AGL) para aviões CAT C. Saídas e chegadas são por quatro Portões exclusivos – “Industrial” – a 3,9 MN do RM 078º do ARP -, “Raposo” – a 4,3 MN do RM 133º do ARP -, “Hospital” – a 3,3 MN do RM 231º do ARP -, e “Ipanema” – a 3,6 MN do RM 320º do ARP.
Para aeronaves em chegada (em SDCO) em operação em rota IFR com previsão de alteração de regra de vôo, para vôo VFR (PLN “Y”), uma regra é o planejamento de descida para chegar na posição “Capela” (a 14,9 MN do RM 292º do ARP, ie, a oeste do aeroporto) à altitude de 6.000 pés (3.917 pés AGL), ou menos), para entrada na ATZ Sorocaba pela Portão “Ipanema” (a 3,6 MN do RM 320º do ARP, e a 11,8 MN no RM 108º), com uso de FCA na transição para contato como Torre “Sorocaba”.
Adicionalmente, para aeronaves com destino em Sorocaba (em SDCO) procedendo pelas aerovias (RNAV) RNAV UZ2 ou UZ30, deverão cumprir a seguinte rota (RTE):
– no fixo “ENTIT” (a 78,6 MN do RM 057º do ARP), aeronaves deverão seguir para passagem no VOR Campinas/CPN (44,1 MN da radial 058), seguir para fixo a 34,7 MN da radial 196, seguir para o auxílio VOR Sorocaba/SCB (17,8 MN no curso 306), ponto de mudança de regra de IFR para VFR (altitude de 4.500 pés), e seguir para o Portão “Raposo” (2,2 MN na radial 296).
Para aeronaves em partida, uma regra é o planejamento para saída da ATZ pelo “Hospital” (a 3,3 MN do RM 231º do ARP) para seguir para posição “Través de Pirapora” (a 15,1 MN do RM 244º do ARP, e a 11,1 MN no RM 249º), restrito a 6.500 pés, com uso de FCA na transição para contato como Centro Curitiba.
Adicionalmente, para aeronaves em partida de com rotas (RNAV) UZ14, UZ23, UZ37 e UZ42, a saída deverá ser iniciada para o fixo “SEGVO”, a 17,9 MN no RM 187º do ARP (15,8 MN na radial 208 do VOR SCB) e seguir para o fixo “IRUPU”, a 27,9 MN no RM 064º (a 23,5 MN no RM 104º do ARP e 17,8 MN na radial 095 do VOR SCB).