Projeções da Honeywell indicam 8.500 novas entregas de jatos executivos na próxima década, em 17.10.22


Em artigo postado no dia 16 intitulado “Honeywell sees strong growth ahead for Bizav” (Honeywell vê forte crescimento pela frente para aviação executiva), Curt Epstein, para a mídia AIN, explora os resultados recém-divulgados de relatório anual de projeção de mercado – o 31º Global Business Aviation Outlook – da Honeywell Aerospace.

Epstein escreve que o mercado de aviação executiva pode receber até 8.500 novas entregas de jatos no valor de US$ 274 bilhões na próxima década, de acordo com relatório anual de projeção de mercado da Honeywell. Além de 8.500 novas entregas de jatos na próxima década, Epstein aponta que a Honeywell também prevê 700 entregas de jatos executivos neste ano e um aumento de 17% no próximo ano (2023), além de um aumento de 20% em relação ao faturamento de 2022.

Do total de 8.500 novas entregas de jatos executivos no valor de US$ 274 bilhões na próxima década, 71% do valor serão de aeronaves cabine larga (uma alta de 38% no volume previsto), 19% do valor serão de aeronaves cabine média (uma alta de 326%) e 10% do valor serão de jatos leves (uma alta de 36%).
Com base nos resultados da projeção deste ano e nas listas de carteiras de encomendas (backlog) de aeronaves, essa tendência de crescimento continuará na próxima década.

“Eu diria que o mais surpreendente foi o salto de 15% na previsão de 10 anos, não apenas em termos de unidades, mas também em termos de dispêndio”, disse Javier Jimenez Serrano, gerente de estratégia e pesquisa de mercado da Honeywell Aerospace, para o artigo da AIN.

O articulista indica que as entregas e valores dos jatos novos devem crescer a uma taxa média anual de 2%, acompanhando o crescimento econômico mundial. A previsão extrapola os resultados diretos da pesquisa anual de operadores escolhidos do pool global com base no segmento de mercado, área geográfica e tipo de aeronave usada para a primeira metade da janela de previsão de 10 anos e, em seguida, amplia dados econométricos para os cinco restantes anos.

Os planos de aquisição de operadoras de cinco anos aumentaram três pontos percentuais em comparação com os resultados da pesquisa do ano passado, atingindo níveis pré-Covid 2019 e equivalendo a uma substituição de 17% da frota atual, aponta o articulista.

“A demanda por novos jatos executivos é a mais alta que vimos desde 2015, e esperamos altos níveis de demanda e dispêndio por novas aeronaves por vários anos”, disse Heath Patrick, presidente da divisão de pós-venda da Honeywell Aerospace nas Américas, para o artigo da AIN.

Com base nos resultados da pesquisa, as operadoras estão expressando forte otimismo em 2022, com esmagador contingente de 96% acreditando que voarão tanto ou mais no próximo ano, aponta o articulista.

“O setor de aviação executiva está se beneficiando muito de uma onda de usuários e compradores de primeira vez [entrantes] devido, em parte, à mudança de hábitos provocada pela pandemia de Covid-19”, explicou Patrick (presidente da divisão de pós-venda da Honeywell nas Américas) para o artigo da AIN. “Espera-se que o setor de aviação executiva recupere os níveis de entrega e faturamento de 2019 até 2023, o que é muito mais cedo do que o esperado anteriormente”, disse Heath.

Esses usuários/compradores de primeira vez (entrantes) ajudaram a impulsionar a indústria em alguns momentos deste ano para taxas de utilização de vôos não vistas desde 2007, a “marca d’água” para a aviação executiva.

Do total de 8.500 novas entregas de jatos executivos no valor de US$ 274 bilhões na próxima década, 71% do valor serão de aeronaves cabine larga (uma alta de 38% no volume previsto).

“Isso é impulsionado pelas novas ofertas em projetos [de aeronaves] novos que entram em serviço lá: o [Gulfstream] G700 e G800, [Dassault] Falcon 10x e o recentemente anunciado [Bombardier] Global 8000”, disse Jimenez Serrano (gerente de estratégia e pesquisa de mercado da Honeywell) para o artigo da AIN. “Também vemos crescimento no nicho da categoria de cabine larga onde atualmente estão o [Bombardier] Challenger 650 e o [Dassault] Falcon 2000. É uma área que tem sido francamente negligenciada, esses designs são dos anos 90. Vimos essa área do mercado começando a crescer com o G400, mas esperamos que haja mais atualizações de projetos [de aeronaves] novos nesse segmento, e o mercado as apoiará”, disse Serrano.

Entre as perguntas da pesquisa, a Honeywell também questionou os entrevistados sobre seus esforços de sustentabilidade, com metade indicando que estão implementando pelo menos um método para reduzir sua “pegada” de carbono, uma taxa 30% maior do que no ano passado. Entre os métodos citados, o uso de combustível de aviação sustentável (SAF) ficou em terceiro lugar atrás de “menos ou mais lentas viagens de jatos particulares” e “aumento da capacidade de passageiros”, com muitos operadores observando desafios na disponibilidade de SAF. No entanto, 37% dos entrevistados dizem acreditar que o SAF será a maneira mais comum de operar de maneira mais ecológica no futuro. Com base nos resultados da pesquisa/projeção deste ano da Honeywell, mais de 60% das operadoras planejam adotar ou aumentar seus esforços de sustentabilidade. [EL] – c/ fontes