ACSF introduz programa de monitoramento de dados de vôo (FDM) de baixo custo para operadores taxi-aéreo de pequeno-médio porte, em 24.10.22


A ACSF – Air Charter Safety Foundation (fundação de segurança do setor de fretamento aéreo), em parceria com a AirSync e a CloudAhoy, está oferecendo um programa FDM – Flight Data Monitoring (monitoramento de dados de vôo) de baixo custo para mais de 300 operadores regidos pelo regulamento PART-135 (do transporte aéreo público não-regular, por fretamento) de pequeno e médio porte que são membros da organização. O programa foi anunciado durante a feira da aviação executiva NBAA-BACE 2022 na segunda dia 17.

Este movimento ocorre quando o NTSB recomenda que a FAA imponha programas FDM em todas as operações de transporte de passageiros; o Conselho de segurança considera o FDM tão benéfico que incluiu a recomendação de advento de programa em sua lista mais recente de melhorias de segurança prioritárias – de metas almejadas.

Por meio da parceria, as operadoras terão acesso a hardware do AirSync – um dispositivo do tamanho de um smartphone – e a software da CloudAhoy, a um custo anual de pouco menos de US$ 4.000, disse o presidente da ACSF, Bryan Burns, para a mídia AIN.

Segundo Burns, três empresas completaram um teste beta de um ano do programa FDM da ACSF.

“[Com] o monitoramento de dados de vôo, você obtém parâmetros, pontos de dados do avião”, disse Burns, para completar: “Então, se você estendeu os flapes, superou a velocidade ou fez algo, existem vários parâmetros que você pode monitorar”.

O FDM registra – ‘documenta’ – um vôo inteiro, do desempenho no vôo, permitindo que os usuários definam parâmetros limites para serem verificados de excedência no vôo pelo operador – pela operação do vôo. Nesses casos, um parâmetro que foi excedido aparece como uma bandeira vermelha.

“Muitos proprietários, operadores e presidentes de fretamento fazem a pergunta: como você sabe o que o piloto está fazendo?”, acrescentou Burns, para esclarecer: “Isso captura os dados”.

Burns enfatizou que as informações derivadas dos monitores de dados de vôo não pretendem ser punitivas e não devem ser usadas para ação disciplinar por gerentes de empresas ou pela FAA. “Você faz e a coisa toda vai bombar. Isso é tudo sobre coaching, isso é educar”.

O FDM trabalha em conjunto com o programa de plano de ação de segurança da aviação (ASAP – Aviation Safety Action Plan) da ACSF administrado em colaboração com a FAA.

O ASAP oferece uma via não punitiva para os funcionários/colaboradores de uma organização — incluindo pilotos, mecânicos, comissários de bordo, assistentes de solo e outros — relatarem violações e deficiências de segurança. Esses relatórios são revisados ​​e usados ​​para resolver problemas e os dados são acumulados para descobrir problemas de segurança mais sistêmicos.

“Você está aprendendo com os outros”, explicou Burns. “Você está compartilhando erros, não apenas internamente, mas com colegas e a indústria. E é uma riqueza de informações, uma riqueza de dados, que você pode analisar e, com sorte, corrigir”, destacou Burns.

Assim como o banco de dados ASAP da ACSF, as operadoras poderão comparar dados FDM com outras empresas membros da ACSF.

No acumulado do ano, houve mais de 2.000 relatórios arquivados no banco de dados ASAP da ACSF.

“Se você está fazendo apenas cultura, SMS, padrões de auditoria do setor, ASAP e FDM, na minha opinião você está gerenciando e mitigando o risco em seus níveis mais altos”, concluiu Burns. [EL] – c/ fontes