Airbus fecha parceria com montadora automobilística para desenvolvimento de -baterias para futuras aeronaves híbridas-elétricas, em 02.12.22
A montadora de automóvel francesa Renault assinou um acordo de pesquisa e desenvolvimento com a fabricante aeronáutica também francesa Airbus com o objetivo de aprimorar o que as empresas chamam de roteiros de eletrificação por meio de melhorias na tecnologia de baterias.
A parceria foi anunciada na quarta dia 30 durante a Cúpula de Sustentabilidade da Airbus, em Toulouse, na França.
A colaboração, que abrange os chamados blocos de tecnologia relacionados ao gerenciamento de energia e peso da bateria, ajudará a Airbus a desenvolver tecnologias associadas a futuras aeronaves híbridas-elétricas.
O acordo também exige estudos conjuntos sobre os melhores esquemas para passar da química aplicada em baterias de dispositivos eletrônicos como celular atual, como íons de lítio, para todos os projetos de estado sólido que devem dobrar a densidade de energia das baterias até 2030.
O trabalho conjunto também estudará o ciclo de vida completo das futuras baterias, desde a produção até a reciclabilidade, para preparar a industrialização de projetos futuros enquanto avalia sua “pegada” de carbono em todo o seu ciclo de vida.
“Esta parceria cruzada setorial com o Grupo Renault nos ajudará a amadurecer a próxima geração de baterias como parte do roteiro de eletrificação da Airbus”, disse Sabine Klauke, diretora-técnica da Airbus. “Alcançar emissões líquidas de carbono zero até 2050 é um desafio único que requer cooperação entre setores, começando hoje. Reunir a experiência do Grupo Renault em veículos elétricos com nosso próprio histórico em demonstradores de vôo elétricos nos permitirá acelerar o desenvolvimento das tecnologias disruptivas necessárias para futuras arquiteturas de aeronaves híbridas na década de 2030 e além”, Klauke acrescentou.
A diretora-técnica também explicou que a parceria Airbus-Renault promoverá o surgimento de padrões técnicos e regulatórios comuns para ajudar a atingir as metas climáticas do setor.
“Pela primeira vez, duas [indústrias] líderes européias de diferentes setores estão compartilhando conhecimento de engenharia para moldar o futuro das aeronaves híbridas-elétricas”, acrescentou o vice-presidente de engenharia do Grupo Renault, Gilles Le Borgne. “A aviação é um campo extremamente exigente em termos de segurança e consumo de energia, assim como a indústria automobilística. No Grupo Renault, nossos 10 anos de experiência na cadeia de valor de veículos elétricos nos fornecem alguns dos mais fortes feedbacks [respostas da experiência] do campo e experiência no desempenho de sistemas de gerenciamento de bateria. Impulsionados pela mesma ambição de inovar e reduzir a pegada de carbono, nossas equipes de engenharia estão trocando com as da Airbus para convergir tecnologias transversais que permitirão tanto a operação de aeronaves híbridas quanto o desenvolvimento dos veículos de amanhã”, disse Le Borgne.
Nesta terça dia 29, a Airbus juntou-se a outros quatro grandes grupos aeroespaciais ao anunciar planos para desenvolver um novo sistema de propulsão elétrico-híbrido que poderia reduzir a queima de combustível e as emissões de aeronaves de fuselagem estreita. O programa Turbofan de injeção de água sustentável que compreende o programa Hybrid-Electrics é apoiado pela MTU Aero Engines, Pratt & Whitney, Collins Aerospace e GKN Aerospace. É baseado na adaptação do atual motor turbofan com tecnologia GTF (Geared Turbofan) da Pratt & Whitney.
Os desenvolvedores de novas aeronaves elétricas, como projetos eVTOL destinados a serviços de táxi-aéreo urbano, estão se voltando cada vez mais para o setor automotivo em busca de suporte com a tecnologia de baterias. Empresas-fabricantes como Hyundai, Toyota, Stellantis e Geely estão investindo no setor. [EL] – c/ fontes