Gulfstream G550 HALO, da DLR, operando na Amazônia, no projeto CAFE-Brazil, em pesquisa de camada de gases de aerossóis em alta altitude – a 15 km de altura, em 16.12.22
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou que está acompanhando o experimento científico inédito na Amazônia, que está sendo feito por uma aeronave alemã dotada de sondas e antenas especiais.
Segundo a FAB, por dois meses, dezembro e janeiro, no projeto-experimento CAFE-Brazil (Chemistry of the Amazonian Atmosphere-Field Experiment in Brazil), a atmosfera amazônica será analisada em detalhes, com o avião especial, um barco da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), medidas na torre ATTO (Amazon Tall Tower Observatory) e um novo radar em Balbina, localizada a cerca de 150 km ao norte de Manaus.
O experimento CAFE-Brazil é uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a Universidade de São Paulo (USP) e a UEA, tendo do lado alemão a coordenação do Instituto Max Planck de Química.
Para atender e dar suporte ao projeto, a FAB recebeu solicitação do Ministério da Defesa para autorizar o sobrevôo, em território nacional, da aeronave alemã HALO (High Altitude and Long Range Research Aircraft), do Centro Aeroespacial Alemão (DLR). Após análise minuciosa do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), assessorou-se pela continuidade dos aspectos operacionais, relacionados ao vôo.
Os vôos, que cobrirão toda a Amazônia, seguirão padrões definidos para medir perfis verticais do solo à alta atmosfera e com extensos transectos horizontais. O plano também inclui os chamados “vôos em hélice”, durante os quais o avião alemão irá ‘espiralar’ de baixas altitudes até uma altitude de 15 km (49.200 pés).
O avião é um jato Gulfstream G550 – de matrícula D-ADLR (registro de produção sn 5093, do Centro Aeroespacial Alemão – DLR) – designado de HALO, abreviação de High Altitude Long Range Aircraft, que significa, “Aeronave de Longo Alcance em Alta Altitude”.