Gulfstream G650 faz primeiro vôo com combustível 100% SAF, em 19.12.22
Na semana passada, a Gulfstream tornou-se a primeira fabricante de jato executivo a operar vôo com um de suas aeronaves abastecidas com combustível 100% SAF. O vôo foi preparado em conjunto pela Gulfstream e a Rolls-Royce, fabricante de motor envolvido.
Na sexta dia 16, o vôo partiu da base da fabricante em Savannah (Geórgia) com um jato G650, dfe motorização Rolls-Royce BR725, modificado. Durante cerca de 02h30m, os dois motores RR consumiram SAF consistindo de misturas de combustível fornecidas pela World Fuel, de plantas de Paramount, na Califórnia, e de Virent, no Wisconsin.
No caso do primeiro combustível (World Fuel – Paramount) tratou-se de SAF derivado de gorduras residuais e óleos vegetais usando o processo de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados (HEFA – Hydroprocessed Esters and Fatty Acids). O segundo combustível (World Fuel – Virent) tratou-se de SAF sintetizado a partir de açúcares vegetais usando a via de produção de querosene aromático sintetizado (SAK – Synthesized Aromatic Kerosene).
Estes combustíveis em desenvolvimento e totalmente sustentáveis eliminam a necessidade de adição de outros componentes à base de petróleo (combustível fóssil) e permitem um abastecimento 100% SAF, em troca “pura”, que pode ser usado em motores a jato e infraestrutura existentes sem nenhuma modificação. Este combustível sustentável tem o potencial de reduzir as emissões líquidas do ciclo de vida de CO2 em quase 80% em comparação com o combustível de aviação convencional, com possibilidade de reduções adicionais.
A utilização (abastecimento) de SAF é atualmente aprovado em misturas de até 50% com querosene aeronáutico fóssil (QAv – JET-A) devido à necessidade da maioria dos motores de geração passada projetados para compostos aromáticos do QAv/JET-A que expandem vedantes, resultando selantes apertados.
No passado, a Rolls-Royce esclareceu a mídia AIN que nos seus motores modernos, como o turbofan BR725, os selos nitrílicos tradicionais foram suplantados por aqueles de materiais sintéticos, como fluorocarbono e silício fluorado, que não são afetados por conteúdo aromático, permitindo que sejam utilizados com SAF puro com segurança.
“Na Gulfstream, levar nosso setor para mais perto da descarbonização é uma prioridade de longa data, e testar, avaliar e promover novos desenvolvimentos em SAF nos leva a mais um passo em direção a esse objetivo”, disse o presidente da fabricante americana Mark Burns. “Somos gratos por nossa parceria com a Rolls-Royce para poder demonstrar mais um marco nesses esforços”, completou Burns.
A estratégia de sustentabilidade da Gulfstream abrange três ‘pilares’ — energia e emissões, operações e cultura e aprendizagem/educação — e apóia as metas da indústria estabelecidas pela NBAA (National Business Aviation Association), GAMA (General Aviation Manufacturers Association) e e IBAC (International Business Aviation Council). As metas são uma melhoria de 2% na eficiência de combustível ao ano de 2010 a 2020, crescimento neutro em carbono a partir de 2020 e emissões líquidas zero de dióxido de carbono até 2050.
“A Gulfstream há muito prioriza produtos e práticas sustentáveis por meio de inovações em aerodinâmica, tecnologias de aeronaves, engenharia, fabricação e infraestrutura, bem como em operações de instalações e nossos investimentos em pesquisa e desenvolvimento SAF”, disse Burns. [EL] – c/ fontes