Força-tarefa de entidade de consultoria e dez cias. aéreas mundiais para levantar fundos para pesquisa e desenvolvimento de trabalho em tecnologia para descarbonização da aviação, em 20.12.22


Dez cias. aéreas globais uniram forças com o BCG – Boston Consulting Group (BCG) para levantar fundos para pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para reduzir as emissões de carbono do transporte aéreo.

A ACT – Aviation Climate Taskforce (Força-tarefa em Clima da aviação), uma organização beneficente e sem fins lucrativos, que pretende explorar fontes de capital públicas, privadas e filantrópicas, foi lançada pelas seguintes cias. aéreas em parceria com o BCG: Air Canada, Air France-KLM, American Airlines, Cathay Pacific Airways, Delta Air Lines, JetBlue Airways, Lufthansa, Southwest Airlines, United Airlines e Virgin Atlantic Airways.

O BCG – Boston Consulting Group é uma empresa de consultoria empresarial fundada em 1963. A empresa é uma das três consultorias estratégicas de maior receita no mundo, considerada por muitos como a de maior prestígio dentro da indústria de consultoria empresarial.

De acordo com o executivo-chefe Tom Light, a ACT visa construir uma rede global de inovação distribuindo subsídios para financiar trabalhos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que, de outra forma, não atrairia financiamento de capital investidor, bem como um fórum para colaboração da indústria para dar escala na sua adoção futura.

O objetivo é começar com a emissão de aproximadamente US$ 2 milhões em doações no primeiro semestre de 2023 e também convidar outros líderes da aviação de todo o mundo a se juntarem ao grupo, que foi lançado com uma quantia não revelada de financiamento privado.

“O desafio agora é que, se você deseja que coisas como hidrogênio verde e combustíveis sintéticos líquidos estejam prontos para uso em uma escala mais ampla até 2030, precisamos reconhecer que muitos desses projetos ainda não estão prontos para investimento privado, e devemos ajudar a prepará-los nos próximos três a cinco anos”, disse Light para a mídia AIN. “Cerca de metade das tecnologias de que precisamos ainda não foram concebidas ou estão presas em um laboratório. O futuro da aviação requer uma grande quantidade de investimento, por isso nossa missão é financiar pesquisas de classe mundial que reduzam os riscos da tecnologia, tirando-a do vale da morte tecnológico e alcançando níveis mais altos de prontidão tecnológica para atrair financiamento institucional o mais rápido possível”, explicou Light.

Ao começar a avaliar os destinatários dignos de seu financiamento, a equipe do ACT está usando uma ferramenta própria de mapeamento de rede fornecida pelo BCG. “À medida que tentamos expandir a linha [de ideias de descarbonização], teremos uma tolerância ao risco diferente das equipes corporativas de P&D”, disse Daniel Matuszak, diretor de tecnologia do novo grupo.

A ACT pretende operar no seu esforço de angariação e distribuição de financiamento.

Light está procurando se conectar com fundações de caridade bem financiadas do Vale do Silício que, segundo ele, estão procurando novas maneiras de investir em trabalhos focados em lidar com a crise das mudanças climáticas.

Light atua de sua base na área da baía de São Francisco, Matuszak é baseado no Reino Unido.

Light indicou que a ACT provavelmente não estará diretamente envolvida nos esforços de lobby em torno da descarbonização da aviação, vendo isso como um trabalho já sendo abordado por associações de cias. aéreas e outros grupos da indústria.

“Queremos ser muito enxutos, com pelo menos 70% de nosso financiamento indo para P&D de tecnologia”, concluiu. “A indústria está em um ponto de capitulação em termos da necessidade de abordar a mudança climática, pois vemos os concorrentes se transformarem em colaboradores para alcançar um efeito de rede em uma indústria que é geralmente conhecida por sua competição acirrada”, explicou Light. [EL] – c/ fontes