Após recompra junto do governo da Arábia Saudita, Boeing “desmancha” B.747-8 BBJ com 10 anos de fabricação e cerca de apenas 50 horas de vôo em serviço, em 21.12.22


Dez anos após a entrega e com serviço com menos de 50 horas de vôo, o primeiro Boeing 747-8 a ser descartado foi desmontado a partir desta segunda dia 19, de acordo com o hub de aviação digital Aerotime.

Trata-se de B.747-8 na variante BBJ (Boeing Bussiness Jet) encomendada pelo governo da Arábia Saudita, ora com matrícula N458BJ.

O jato deveria ser usado pelo príncipe herdeiro saudita Sultan Abdul Aziz, que morreu inesperadamente em 2011, cerca de nove meses antes da entrega programada. Cinco meses após a fabricação, em 2012, a aeronave foi transportada para o Aeroporto Euro Basel Mulhouse Freiburg (LFSB) – um aeroporto binacional, encontra-se no limite de Saint-Louis e Hésingue, na França, que serve as cidades de Basiléia, na Suíça, Mulhouse, na França, e Friburgo, em Brisgóvia, na Alemanha -, para a conclusão programada do interior.

Nenhum relatório sobre a extensão do trabalho realizado posteriormente foi divulgado, e o jato permaneceu no “Euro Basel Mulhouse Freiburg” (LFSB) pela década, sendo oferecido para venda esporadicamente por cerca de US$ 95 milhões; os sauditas supostamente pagaram mais de US$ 300 milhões pela aeronave “verde”.

Em abril de 2022, a Boeing comprou o B.747-8 da família real saudita e na sequência (em três dias do negócio fechado) transportou o jato para o Aeródromo Pinal Airpark (KMZJ), em deserto do Arizona (EUA), um dos maiores “cemitérios” de aeronaves do mundo.

Os quatro motores turbofan General Electric GEnx teriam sido removidos logo em seguida. Os flapes das asas e algumas partes da empenagem e da fuselagem do jato, na cor toda branca, também podem ter sido removidos.

A Boeing interrompeu a fabricação do B.747 neste mês após uma produção de 54 anos.

As peças do “desmonte” do B.747-8 BBJ provavelmente serão utilizadas (reaproveitadas) para suprimento de serviços de MRO de clientes da Boeing. [EL] – c/ fontes