EMBRAER anuncia venda de 15 jatos E195-E2 para cliente não revelado em contratos de US$ 1,17 bi, em 17.01.23


A fabricante brasileira EMBRAER anunciou nesta segunda (16) a venda de 15 aeronaves comerciais E195-E2, em “pedido firme”, em contratos avaliados em US$ 1,17 bilhão ao preço de lista de produtos, para cliente(s) não revelado(s); o cronograma de entregas das aeronaves também não foi informado.

A EMBRAER informou ainda que o pedido será adicionado à carteira de encomendas (backlog) do 4T22.

Em dezembro do ano passado, EMBRAER divulgou que a carteira de pedidos 4T22 estava avaliada em cerca de US$ 18,2 bilhões, o nível mais alto desde o 1T18.

Em breve nota, a corretora Bradesco BBI destacou que a EMBRAER já começou o ano com força, destacando que o novo pedido firme de 15 aeronaves representa 21% da previsão da corretora – de 70 pedidos firmes para este ano.

A Bradesco BBI tem recomendação para o ADR (American Depositary Receipt, na prática, a ação da EMBRAER negociada na Bolsa de Nova York), de código ERJ, é de US$ 22, um potencial de valorização de 78% em relação ao fechamento do mercado na sexta dia 13.

O Itaú BBA destaca também a notícia como positiva. “Este pedido deve levar a um bom aumento na carteira de pedidos do 4T22. Isso se somaria ao pedido de US$ 389 milhões da Binter anunciado em 30 de novembro. Em uma nota mais cautelosa, a EMBRAER e seus pares têm se orientado para os desafios em 2023 causados por problemas na cadeia de suprimentos devido a: (i) falta de componentes vindos da China por causa de sua política de Covid zero, (ii) falta de matérias-primas e (iii) aumento dos custos de energia e mão de obra”, avalia o banco.

O BBA também tem recomendação outperform (desempenho acima da média de mercado) para os ativos, com preço-alvo de US$ 21 para o papel ERJ, ou um upside de 70% em relação ao fechamento de sexta (13).

Na última semana, analistas do banco UBS BB iniciaram a cobertura da ação/ADR da Embraer com recomendação de “compra” e preço-alvo de US$ 14, de acordo com relatório a clientes, citando o boom da aviação executiva e preço atrativo do papel. No caso da aviação executiva, os analistas do UBS BB acreditam que a EMBRAER pode se beneficiar de um “ciclo de reciclagem”, acrescentando que o setor está com o estoque em uma mínima de pelo menos 17 anos (base histórica do UBS BB) e uma frota “envelhecida”. 

A equipe do banco (liderada por Alberto Valerio) também vê potencial de valorização de longo prazo na EVE, empresa de aeronaves elétricas controlada pela EMBRAER, conforme o relatório com data de domingo (15).

Desde sua fundação, em 1969, a EMBRAER soma mais de 8 mil aeronaves entregues. A fabricante mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.