Bombardier reporta resultado anual “forte” – com receita de US$ 6,1 bi (+14%), EBITDA ajustado de US$ 930 mi (+45%), com redução de dívida em US$ 1,1 bi, e 123 aeronaves entregues (+2,5%) – e planeja aumento de produção e entrega de 12% em 2023, em 13.02.23


A Bombardier está preparando sua produção para um aumento de pelo menos 12% nas entregas em 2023, para o plano de 138 aeronaves (15 aeronaves a mais do que em 2022), e prevê um aumento de receita de mais de 10%, para US$ 7,6 bilhões, anunciaram executivos da empresa no dia 09, durante a divulgação e apresentação dos resultados financeiros de 2022 da fabricante canadense.

A fabricante prevê entregar 20 aeronaves no primeiro trimestre.

Durante um encontro com analistas de mercado, o presidente e CEO da Bombardier, Éric Martel, disse que a fabricante está “operando em um ponto ideal que nos permite permanecer previsíveis” e acrescentou que 2023 “parece ser um ano muito bom pela frente”. Martel disse que as metas de produção levam em consideração os riscos potenciais da cadeia de suprimentos e uma possível recessão econômica globalmente, mas destacou que sua carteira de pedidos de US$ 14,8 bilhões – que cresceu US$ 2,6 bilhões (21%) em 2022 – é “super sólida”.

“Agora que vemos o mercado se estabilizando, não vamos ajustar demais nossas taxas”, disse Martel, para completar: “Vamos manter o plano e garantir que nossa produção permaneça sem risco”.

Martel acrescentou que a cadeia de suprimentos está “cada vez melhor” e, embora ainda exija maior atenção, é uma “situação mais administrável”.

Martel observou discussões anteriores sobre ter uma relação book-to-bill (relação encomenda : faturamento/entrega] que se ajusta em cerca de 1:1. “É onde estamos hoje”, com o dado que a Book-to-bill para todo o ano de 2022 foi de 1,4:1.

Martel disse que o ano começou com resiliência com algum crescimento adicional nos negócios na Ásia.

Quanto ao exercício de 2022, a Bombardier confirmou seus resultados preliminares divulgados no mês passado, de que as entregas atingiram 123 jatos executivos e as receitas terminaram em US$ 6,9 bilhões. As entregas do ano passado foram três aeronaves a mais (+2,5%) do que em 2021, enquanto as receitas aumentaram 14% na comparação ano a ano, de pouco menos de US$ 6,1 bilhões. O EBITDA ajustado disparou para US$ 930 milhões, um aumento de 45%.

O salto nos ganhos foi resultado de uma mistura de entregas de aeronaves que tenderam para o segmento superior do portfólio, incluindo 70 jatos Global (57%), 50 jatos Challenger (41%) e três Learjet 75 (2%) em 2022, contra 66 jatos Global (55%), 44 jatos Challenger (37%) e 10 Learjet (8%) em 2021. Também impulsionando os resultados foi um crescimento de 22% nos negócios de pós-venda, para US$ 1,5 bilhão.

Martel chamou os resultados de “uma culminação extremamente positiva de um ano forte”.

Em paralelo ao desempenho operacional, a Bombardier, como muito importante, continuou a eliminar dívida, reduzindo seu elevado endividamento, amortizando mais US$ 1,1 bilhão – marcando uma redução de 15% da dívida e elevando a conta para uma redução de 40% desde dezembro de 2020. A economia anual apenas com a redução da dívida do ano passado é de US$ 80 milhões, estimou a Bombardier. [EL] – c/ fontes