Presidente da RTCA sustenta a indústria da aviação trabalhando em conjunto com outros segmentos de indústria já a partir a fase de desenvolvimento, não da fase de implementação, para inclusão da necessidade de consumo a mais do espectro de radiofrequência disponível para facilitar a comunicação entre aeronaves diferentes e seus respectivos sistemas, tomando a lição de erros para a implementação da rede 5G no EUA, em 21.02.23
A RTCA – Radio Technical Commission for Aeronautic (uma organização americana voltada para padrões aeronáuticos de sistemas de rádio-frequência) acredita que a indústria da aviação pode tirar muitos ensinamentos e evitar uma repetição do “debacle” produzido pela introdução da rede 5G no EUA pelo setor das telecomunicações, pelo problema de interferência da rede 5G Banda C em rádio-altímetros aeronáuticos, quando para tratar do desenvolvimento e a implementação das operações de “vôo digital” necessárias para a viabilização do modal da mobilidade aérea avançada (AAM), tripulada e autônoma.
Durante um recente webinar organizado pela HAI – Helicopter Association International, o presidente-executivo da RTCA, Terry McVenes, disse que a controvérsia em curso sobre a implementação da 5G produziu “muitas lições aprendidas”, a principal delas é que a indústria não pode mais “pensar na aviação operando isoladamente”.
McVenes disse que já era e é necessário planejar coisas “além da aviação tradicional” para incluir a necessidade de consumir mais do espectro de radiofrequência disponível para facilitar a comunicação entre aeronaves diferentes e seus respectivos sistemas. “Se quisermos fazer isso com sucesso e evitar o que passamos com a 5G, precisamos que nossas indústrias trabalhem juntas imediatamente, durante a fase de desenvolvimento, não na fase de implementação. Esperamos muito tempo com a 5G. Todos efetivamente seguiram em sua própria direção. Agora estamos tentando colocar o gênio de volta na garrafa e seguir em frente”, disse McVenes.
De acordo com McVenes, o tempo está se esgotando para desenvolver e implementar a tecnologia digital de controle de tráfego aéreo para acomodar a AAM. “Não se fala muito sobre como vamos integrar [veículos AAM] ao [NAS – Sistema Nacional de Espaço Aéreo] e obter escalabilidade. Temos que descobrir como podemos fazer isso, já que um número crescente de usuários deseja acesso”, pontuou McVenes. [EL] – c/ fontes