Atividade de aeronaves executivas compartilhadas bate recorde em 2022 e deve continuar em alta em 2023, aponta analista de mercado, em 16.03.23
Os vôos de aeronaves compartilhadas (“fracionadas”) atingiram um novo recorde e superaram o crescimento dos vôos fretados e de propriedade individual em 2022, e devem continuar uma trajetória ascendente em 2023, de acordo com a SherpaReport, uma analista do segmento de propriedade de bens compartilhada.
“Os próximos 12 meses continuarão sendo muito movimentados para o mercado fracionário”, disse o presidente da SherpaReport, Nick Copley. “As razões são multifacetadas, mas as principais tendências para o aumento da atividade estão relacionadas a uma variedade maior de aeronaves, tempos de espera mais curtos para obter acesso à propriedade compartilhada, um mercado comprador mais favorável, estruturas flexíveis e um foco maior na sustentabilidade”.
Todos os provedores de soluções de aeronave e operação de aeronaves compartilhada fizeram pedidos de novas aeronaves a serem entregues a partir de 2023, apontou Copley, provando uma maior variedade de opções, desde helicópteros e turboélices até jatos de longo alcance. “As empresas fracionadas não estão apenas substituindo as aeronaves existentes, elas estão aumentando suas frotas”, Copley disse, para emendar com um exemplo: “A NetJets, por exemplo, pretende ter 1.000 aeronaves em sua frota até o final de 2023 – acima das 750 antes da pandemia”.
À medida que as frotas se expandem, as listas de espera para comprar novas cotas de participação diminuem. A SherpaReport observou que os tempos de espera variaram de vários meses a vários anos, mas a adição prevista de centenas de aeronaves permitirá que novos proprietários/cotistas entrem no mercado.
“Fornecedores fracionários menores, que oferecem aeronaves menores, geralmente tiveram tempos de espera mais curtos”, observou Copely. “Enquanto na NetJets, para obter uma cota de participação em um jato leve básico como um EMBRAER Phenom 300 significava uma espera de mais de um ano, obter uma participação em um Pilatus PC-24 na PlaneSense seria muito mais rápido”, Copely exemplificou.
Copley também prevê que um mercado de compradores comece a surgir neste ano à medida que o mercado de aeronaves executivas usadas se estabiliza e a oferta aumenta. Além disso, ele espera que novos financiamentos e estruturas de custo se tornem mais disponíveis e favoráveis ao proprietário/cotista.
Além disso, Copley disse que os esforços da indústria para abordar a sustentabilidade podem amenizar potenciais clientes que tiveram preocupações ambientais.
“Embora as preocupações com uma economia em mudança e taxas de juros mais altas em muitas partes do mundo possam afetar o número de pessoas dispostas a comprar uma fração de uma aeronave, a propriedade compartilhada deve continuar crescendo em 2023 e além”, concluiu Copley. “O número de pessoas com patrimônio líquido ultraelevado continua a aumentar globalmente. Além disso, os vôos comerciais sofrem com mais dores de cabeça e atrasos agora do que antes do Covid-19”, argumenta Copely. [EL] – c/ fontes